Economia

INADIMPLENTES

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Durante a pandemia, 12,6 mil pessoas "limparam" o nome em Campo Grande

O total de inadimplentes caiu de 45,2 mil, em fevereiro, para 32,6 mil, em setembro

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Durante a pandemia da Covid-19, o número de pessoas inadimplentes em Campo Grande foi reduzido 27,93%. 

Em fevereiro, 45.261 pessoas estavam com dívidas em atraso e sem condições de pagar, ou seja, com o nome sujo. Já em setembro, o total de inadimplentes caiu para 32.619. 

Os dados constam na Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), desenvolvida pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

O levantamento aponta que no período houve aumento no número de endividados na Capital. 

Em fevereiro, o porcentual de pessoas com débitos chegou a 58,1%, 181.023 pessoas, enquanto em setembro, o índice subiu para 61,1%, total de 191.451 pessoas.

O número pode ser reflexo do aumento no consumo. De acordo com a economista do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio, Daniela Dias, o índice de pessoas que não vão ter condições de pagar as contas recuou.  

“Apesar de ter aumentado o número de endividados, o que significa dívidas com o cartão de crédito, com financiamentos de casas e carros, não tivemos um crescimento do número de famílias inadimplentes [sem condições de pagar]. Esse aumento do endividamento pode estar relacionado a dois fatores, que são a questão de desequilíbrio financeiro e a alteração comportamental”, explicou a economista, que ainda detalhou.

“Mesmo tendo uma melhora da empregabilidade, a gente tem uma alta taxa de desemprego, isso leva um tempo para que haja recuperação e pode ser que as pessoas acabem se endividando para pagar algumas contas para garantir a sobrevivência, mas isso já reduziu. Além disso, temos a questão que se volta à alteração de comportamento. Tivemos uma melhora da intenção de consumo das famílias e isso pode estar refletindo em novos gastos, ou seja, com o otimismo um pouco maior as pessoas acabam gastando mais diante dessa melhora de perspectiva”, considerou Daniela.

A economista ainda ressalta que o fator psicológico pode induzir o aumento de despesas.

 “As pessoas estão mais irritadas e ansiosas, então isso reflete em um consumo que não estava planejado, o que pode não caber no bolso. A questão comportamental também interfere”.  

O número de devedores que limparam o nome com os credores também aumentou em relação ao mês imediatamente anterior. 

Em agosto, 34.372 pessoas não tinham condições de honrar com as contas, 1.753 a mais que em setembro.

Contas em atraso aumentaram

O número de pessoas com contas em atraso também subiu em relação a fevereiro. No segundo mês do ano, 103.491 pessoas tinham dívidas atrasadas em até três meses. No mês passado foram 107.657 pessoas, 4.166 a mais.  

Em setembro, o cartão de crédito continua sendo o principal meio de endividamento, citado por 56,9% dos entrevistados, seguido dos carnês (25,8%), financiamentos de casas (14,3%) e carros (12,2%). 

A pesquisa também mostra que o maior índice de devedores está entre os que recebem até 10 salários mínimos. Nesta faixa de renda, 66,8% informaram ter compromissos parcelados, contra 31,6% dos que estão acima do índice.

O número de pessoas com contas em atraso também cresceu de 106.111 em agosto para 107.657 em setembro. 

“A principal variação mensal é no índice de famílias com contas em atraso, que passou de 33,9% para 34,4%. Mas um dado importante é que o índice das que não terão condições de pagar recuou, de 11% para 10,4%. Ainda estamos sentindo os efeitos da pandemia, que continua, mas aos poucos vamos percebendo uma melhora nas condições de endividamento da população”, disse Daniela.

A pesquisa ainda aponta que entre as pessoas que admitem terem dívidas, 16,9% estão muito endividadas; 18,5% estão “mais ou menos” comprometidos com débitos; e outros 25,7% se consideram pouco devedores.

Ainda conforme o levantamento, 18% dos entrevistados têm total condição de honrar com as contas; 20,8% vão arcar parcialmente com as dívidas; e outras 30,3% não terão condições de quitar as dívidas neste mês.

Economista indica cuidados para não se endividar

A economista ainda alerta para a necessidade do controle de despesas e receitas. 

“Se a pessoa estiver desempregada e entrou para essa lista de contas em atraso, assim que ela conseguir emprego deve renegociar as dívidas. O nome é muito importante diante de alguma necessidade de crédito, de financiamento, etc. É importante fazer essa renegociação, inclusive nas taxas de juros”, indica Daniela, que ainda diz que é preciso focar em um consumo consciente.  

“O cuidado que devemos ter é que as pessoas com contas em atraso, que estão se endividando, tenham um consumo consciente, que caiba no bolso e não se tornem pessoas inadimplentes. Equilíbrio financeiro é para sempre, independentemente do período, se é pandemia, crise ou em meio ao crescimento econômico. Ele deve permanecer”, finalizou a economista.

IBGE-Pesquisa

Rendimento médio per capita de MS é o maior da série histórica

Em 2023, ocorreu um crescimento de (6,5%), estimado em R$ 1.990,00

19/04/2024 16h20

Conforme a pesquisa (64%) da população tinha algum rendimento, colocando o Estado como 8º maior no ranking entre as Unidades da Federação Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou nesta sexta-feira (19) os valores dos rendimentos domiciliares per capita, referentes ao ano de 2023, com base nas informações referentes a Pesquisa Nacional por Amostra e Domicílios Contínua - PNAD Contínua.

O rendimento médio per capita domiciliar em Mato Grosso do Sul é o maior da série histórica (6,5%), estimado em R$ 1.990.

Durante a pandemia de Covid-19, o rendimento per capita diminuiu para (5,6%), em 2020 e (8,3%) em 2021, estimado em R$ 1.639, o 2º menor valor da série. Em 2022, o rendimento médio domiciliar apresentou crescimento (12,3%) sendo estimado em R$ 1.868.

Conforme a pesquisa (64%) da população tinha algum rendimento, colocando o Estado como 8º maior no ranking entre as Unidades da Federação. Com relação à renda em 2023, o indicativo apontou 2,8 milhões de pessoas residentes em Mato Grosso do Sul desempenham alguma atividade, enquanto em 2022 o quantitativo era de 2,5 milhões. 

Rio Grande do Sul lidera com (70,3%) e em nove oportunidades apresentou a maior estimativa da série histórica iniciada em 2012, enquanto Acre e Amazonas, as menores (51,5% e 53,0%, respectivamente). 

Rendimento

O levantamento aponta que em 2023, o número de pessoas que possuíam rendimento, levando em consideração todas as modalidades de trabalho, em Mato Grosso do Sul correspondia a  50,4% da população residente (1,4 milhão de pessoas).

"Rendimento relacionado a outras fontes foram de  22,3% (631 mil) dos residentes possuíam, em 2023, alguma fonte de rendimento diferente de trabalho, enquanto, em 2022, essa estimativa era de 21,3% (595 mil)". 

 

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Crédito rural

Prazo para renegociação de dívida de investimento vai até 31 de maio

A renegociação autorizada abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar o valor de R$ 20,8 bilhões

19/04/2024 15h00

Em MS, podem renegociar os produtores de soja, milho e bovinocultura de leite e de carne. Arquivo/Correio do Estado

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Os produtores rurais que foram prejudicados por intempéries climáticas ou queda de preços agrícolas têm prazo até 31 de maio para renegociar dívidas do crédito rural para investimentos. A informação é do Ministério da Agricultura e Pecuária, com base em medida aprovada, com apoio do Ministério da Fazenda, pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), em março passado.

Segundo o comunicado, com a iniciativa, as instituições financeiras poderão adiar ou parcelar os débitos que irão vencer ainda em 2024, relativos a contratos de investimentos dos produtores de soja, de milho e da pecuária leiteira e de corte. Neste contexto, as operações contratadas devem estar em situação de adimplência até 30 de dezembro de 2023.

A renegociação autorizada abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar o valor de R$ 20,8 bilhões em recursos equalizados, R$ 6,3 bilhões em recursos dos fundos constitucionais e R$ 1,1 bilhão em recursos obrigatórios.

Caso todas as parcelas das operações enquadradas nos critérios da resolução aprovada pelo CMN sejam prorrogadas, o custo será de R$ 3,2 bilhões, distribuído entre os anos de 2024 e 2030, sendo metade para a agricultura familiar e metade para a agricultura empresarial. O custo efetivo será descontado dos valores a serem destinados para equalização de taxas dos planos safra 2024/2025.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, disse na nota: "Problemas climáticos e preços achatado trouxeram incertezas para os produtores. Porém, pela primeira vez na história, um governo se adiantou e aplicou medidas de apoio antes mesmo do fim da safra".

Confira abaixo as atividades produtivas e os estados que serão impactados pela medida:

soja, milho e bovinocultura de carne: Goiás e Mato Grosso;

bovinocultura de carne e leite: Minas Gerais;

soja, milho e bovinocultura de leite: São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina;

bovinocultura de carne: Rondônia, Roraima, Pará, Acre, Amapá, Amazonas e Tocantins;

soja, milho e bovinocultura de leite e de carne: Mato Grosso do Sul;

bovinocultura de leite: Espírito Santo e Rio de Janeiro.

Para enquadramento, os financiamentos deverão ter amparo do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e dos demais programas de investimento rural do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), bem como das linhas de investimento rural dos fundos constitucionais.

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