Economia

Especial de aniversário

Em 72 anos, Sindicato Rural tornou-se porto seguro do produtor

O presidente Alessandro Coelho reforça que a entidade virou um polo de formação de mão de obra para o campo

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Nascido nos “anos dourados” do Brasil, como ficou conhecida a década de 1950 brasileira, 
o Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho (SRCG) foi instituído no dia 26 de junho de 1951 como fruto da política sindical do então presidente da República, Getúlio Vargas.

Na época, a entidade rural representativa era a Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), tanto que o SRCG, em seus primeiros anos de atuação, tinha a mesma diretoria.

Seu presidente era o pecuarista Paulo Coelho Machado, o qual, nos primeiros dias daquela data inaugural, foi procurado pelo emissário do Ministério do Trabalho Samuel Sabt, que lhe propôs a fundação do sindicato.

Porém, na década de 1960, o sindicato aumentou seu quadro de associados, em razão da campanha de filiação por determinação do ministério, enquanto nos anos 1970 o gabinete odontológico foi uma das grandes vitórias da entidade, com atendimento feito aos associados e funcionários.

Já nos anos 1980 teve a inauguração da sede própria construída em terreno doado pela Prefeitura de Campo Grande, sendo uma parte significativa desse recurso obtida por meio de um “livro de ouro”.

O Sindicato Rural participou de várias lutas e continua a ser um integrante do crescimento e da estruturação da sociedade, como na organização da classe produtora pela reivindicação de seus direitos na Constituição Federal de 1988.

Segundo o atual presidente do SRCG, Alessandro Coelho, em sete décadas, a entidade tornou-se o porto seguro para os produtores rurais do município e também de Corguinho e Rochedo.

“O Sindicato Rural nasceu com base nos interesses dos produtores se unirem e terem mais representatividade institucional. Ele nasceu de uma forma associativista e, a partir de então, foi adotando a estrutura sindical imposta pelo governo como uma instituição para defender os interesses trabalhistas coletivos, dentre as classes”, ressaltou.

A partir de então, conforme o líder ruralista, iniciou-se um processo de desenvolvimento.

“Na época, a principal pauta era a grande central de distribuição de produtos para o restante do Estado e para as várias regiões do Brasil, pois tudo que abastecia Cuiabá [MT] passava por Campo Grande”, explicou.

“A cidade era um polo de desenvolvimento por conta das ferrovias, se expandindo com base nelas, sempre voltada para o agronegócio como um todo. Com o amadurecimento do sistema agropecuário, o Sindicato Rural começou a atuar na preparação da mão de obra e ganhou mais representatividade junto às instituições constituídas, principalmente as governamentais”, relatou.

Alessandro Coelho salientou que foi nessa época que o SRCG ficou mais robusto, porém, sempre com o viés de todas as culturas, da pecuária de corte e leiteira até a apicultura e a piscicultura.

“O sindicato foi mais voltado a isso, e não só a parte das proteínas animais, mas também na parte vegetal, como a produção de soja e milho, pois, ainda estamos engatinhando na parte de hortaliças, frutas e flores. Até porque, na década de 1950, as propriedades eram maiores e voltadas para a pecuária extensiva, mas, com o passar do tempo, essas propriedades tiveram a divisão natural entre as pessoas fazendo com que ficassem menores, ficando mais produtivas”, assegurou.

NOVOS TEMPOS

O presidente do SRGC pontuou que Campo Grande se tornou uma cidade diferente de todas, tendo mais de 70% das propriedades na faixa de 60 hectares.

“Isso chama atenção, pois, como podemos ter propriedades rurais tão pequenas dentro em um município de mais de 800 mil hectares? Por isso, o sindicato acabou por trabalhar mais nesse segmento, trazendo mais para perto a fruticultura, as hortaliças e, agora, graças a um novo projeto, também a floricultura, na região de Rochedinho”, revelou.

Outra atividade que está ganhando força, conforme ele, é a suinocultura e a bovinocultura com os confinamentos, que são um sistema intensivo de produção.

“A pecuária leiteira está sendo resgatada com a montagem de uma nova bacia leiteira, que no passado era muito forte. A Capital tinha uma grande leiteira na região onde hoje é o Bairro Nova Campo Grande, e agora a gente espera trazer de volta, alavancando os produtores para que eles possam viabilizar projetos”, garantiu.

“Por isso, estamos levando opções produtivas aos pequenos produtores, deixando à disposição das autoridades para que possam, de uma forma totalmente gra tuita e espontânea, iniciar a produção, revertendo em benefícios para a cidade. Como? Produzindo alimentos com mais qualidade, com preço mais competitivo e não tendo que trazer de outros estados ou, quem sabe, de outros países, para que a gente possa consumir a produção do nosso município”, destacou.

Alessandro Coelho reforçou que hoje Campo Grande é um município que concentra a maior mão de obra do Estado, que vive uma fase de evolução fantástica, apesar de todas as dificuldades pelas quais o País tem passado.

“A Capital, pela sua logística, tem esse grande diferencial, e o SRCG tem buscado levar o conhecimento a quem tiver disposição de trabalhar. Dentro do segmento rural ou do agronegócio, nós estamos trabalhando, preparando a mão de obra dentro do sindicato, e esses trabalhadores já saem praticamente empregados”, argumentou.

De forma a contemplar essas novas tecnologias que a cada dia vêm evoluindo mais rápido, conforme o representante rural, o SRCG precisa fazer com que essa mão de obra conheça as novas ferramentas utilizadas no setor rural e saiba aplicá-las.

“A falta de mão de obra qualificada é o nosso grande gargalo, e o sindicato se mobilizou, instalando salas de aula, com um projeto de ampliá-las em um futuro bem próximo. Com ajuda de outras instituições, a gente espera poder ampliar para poder capacitar ainda mais trabalhadores, já que o Estado, nos próximos quatro anos, será uma referência no Brasil”, projetou.

AGRICULTURA

Se o clima ajudar, MS terá nova supersafra de soja

Semeadura da safra 2024/2025 já ultrapassou os 95% no Estado; 97,7% das lavouras estão em condições boas e regulares

30/11/2024 08h30

 A área plantada com soja até o momento é de 4,2 milhões de hectares, aponta a Aprosoja-MS

A área plantada com soja até o momento é de 4,2 milhões de hectares, aponta a Aprosoja-MS Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Com a chegada do período chuvoso em boa parte de Mato Grosso do Sul, os produtores de soja estão otimistas com a safra de soja 2024/2025. A expectativa de produção para o ciclo é de uma supersafra de 13,9 milhões de toneladas, que deve ser atingida caso as precipitações sigam cooperando.

Segundo dados do Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga MS), a projeção é de que a área plantada seja 6,8% maior que no ciclo anterior, atingindo 4,5 milhões de hectares, enquanto a produtividade estimada é de 51,7 sacas por hectare.

A previsão de chuvas mais intensas e tempestades no fim de semana em algumas regiões do Estado já anima os produtores, que veem a possibilidade de fechar a fase de plantio com bons resultados.

O engenheiro-agrônomo, doutor em Fitotecnia e pesquisador do Centro de Pesquisa e Consultoria Agropecuária Desafio Agro Danilo Guimarães relata que as lavouras tiveram um atraso no Estado, no início, em função das chuvas. 

“Principalmente na metade sul e também na metade norte de MS, as chuvas se regularizaram na última semana, então, somente em algumas áreas bem pontuais os volumes foram um pouco baixos, mas os volumes das chuvas foram satisfatórios em boa parte”, avalia Guimarães.

O pesquisador frisa que a condição das lavouras é boa, com destaque para as sementes, que têm qualidade superior, com germinação e vigor de excelência. Guimarães ressalta ainda que o momento exige cuidado por parte do produtor rural. 

“Já está próxima a fase dos manejos preventivos de pragas e doenças. Com essa chuvarada, deve haver um atraso nas aplicações, mas as lavouras de forma geral estão muito boas em questão de instalação, por conta da regularização das chuvas”, reafirma o engenheiro-agrônomo em entrevista ao Correio do Estado.

Conforme o Siga MS, a área plantada alcançou 95,3% em Mato Grosso do Sul. A região sul está com o plantio mais avançado, com média de 95,8%, enquanto a região central está com 96% e a região norte, com 92,1% de média. A área plantada até o momento é de 4,2 milhões de hectares.

“A porcentagem de área plantada em Mato Grosso do Sul na safra 2024/2025 está aproximadamente 5,4 pontos porcentuais acima da safra 2023/2024, até a mesma data”, aponta o coordenador técnico da Associação de Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja-MS), Gabriel Balta.

CONDIÇÕES

Ainda de acordo com os dados do Siga MS, apenas 2,3% das lavouras do Estado estão em condições ruins, 10,3% estão em situação regular e 87,4% têm em boas condições.

Economista do Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho (SRCG), Staney Barbosa Melo pontua que, no geral, as lavouras estão majoritariamente em boas condições de cultivo e, em algumas regiões, como no sudoeste do Estado, a taxa de lavouras boas chega a quase 99% do total.

“Com este panorama, podemos esperar uma safra maior este ano, motivada também pela volta da regularidade de chuvas. Sendo assim, as expectativas são de que tenhamos uma boa safra em Mato Grosso do Sul”, analisa Melo.

Presidente do Sindicato Rural de Dourados e produtor rural, Ângelo Ximenes pontua que as questões climáticas na região sul do Estado e em algumas outras ainda impactam o plantio, porém, a fase inicial da cultura consegue aguentar a falta de chuva, o que permitiu que as plantas se desenvolvessem.

“Com relação às previsões de precipitações, acredito que, se a chuva prevista para este fim de semana vier, deve contribuir para normalizar a operação das culturas, mantendo dessa forma o potencial produtivo histórico estimado para o ciclo 2024/2025 em Mato Grosso do Sul”, avalia Ximenes.

CLIMA

Novembro está mais chuvoso do que a média histórica, mas não é uma condição generalizada, disse o coordenador de Operação do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o meteorologista Marcelo Seluchi, em entrevista ao jornal O Globo. Os maiores acúmulos estão em uma faixa do Centro-Oeste ao Sudeste, o que é característico da estação chuvosa. 

Pesquisador agrometeorologista da Embrapa Agropecuária Oeste, Éder Comunello aponta que a semeadura da soja começou com pouca água armazenada no solo. 

“Setembro foi um mês muito quente e seco, e outubro, apesar de também muito quente, trouxe o início das chuvas, mas de forma irregular. A transição para o período chuvoso atrasou e ainda teve baixos volumes de chuva. Apesar disso, a soja, uma planta bastante adaptável, chegou a novembro com boas condições na maioria das áreas”. 

Apesar de novembro ter sido positivo para os produtores, há chances de que o fenômeno La Niña influencie o clima durante a safra de verão. 

“Nesse caso, espera-se que a região continue registrando temperaturas altas e chuvas mal distribuídas, concentradas em poucos dias. Por outro lado, há previsão de aumento nos volumes de chuva, o que pode ajudar a aliviar os efeitos do deficit hídrico enfrentado nesse momento. Outro desafio é a baixa precisão das previsões de curto prazo, que vêm falhando principalmente no centro-sul de MS. Apesar disso, as previsões de médio e longo prazo apontam para uma melhora, com chuvas próximas à média histórica, o que pode trazer alívio para os agricultores da região”, conclui Comunello.

PREÇOS

No mercado, o economista do SRCG destaca que os preços futuros podem ser impactados pela conjuntura atual.

“No fim de setembro, tínhamos uma média de preços superior a R$ 130 por saca de 60 quilos nas praças físicas de Mato Grosso do Sul. Já em outubro e novembro, esses preços médios superaram os R$ 140 por saca nessas mesmas regiões, mas voltaram a recuar na última semana, fechando com uma média de R$ 137 por saca no Estado”, detalha Melo.

Para o economista, a tendência é de que, se houver ganhos, estes serão mais tímidos e limitados, apresentando alguma correção ao longo dos próximos meses em função da oferta, conforme se aproxima o pico da colheita no Brasil.

“Mas também pode haver alguma movimentação negativa nos preços, mesmo porque a safra americana foi excelente nesta temporada e se constitui como um fator de pressão para os preços dos grãos”, explica.

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LOTERIA

Resultado da Dupla-Sena de ontem, concurso 2745, quinta-feira (29/11): veja o rateio

A Dupla-Sena tem três sorteios semanais, às segundas, quartas e sextas, sempre às 20h; veja quais os números sorteados no último concurso

30/11/2024 08h25

Confira o resultado da Dupla-Sena

Confira o resultado da Dupla-Sena Foto: Divulgação

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 2745 da Dupla Sena na noite desta sexta-feira, 29 de novembro de 2024, a partir das 20h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 400 mil. Nenhuma aposta saiu vencedora e o prêmio acumulou em R$ 550 mil.

Premiação - 1º Sorteio

  • 6 acertos - Não houve ganhadores;
  • 5 acertos - 4 apostas ganhadoras (R$ 8.074,22 cada);
  • 4 acertos - 367 apostas ganhadoras (R$ 100,57 cada);
  • 3 acertos - 7.217 apostas ganhadoras (R$ 2,55 cada);

Premiação - 2º Sorteio

  • 6 acertos - Não houve ganhadores;
  • 5 acertos - 5 apostas ganhadoras (R$ 5.813,43 cada);
  • 4 acertos - 338 apostas ganhadoras (R$ 109,20 cada);
  • 3 acertos - 6.502 apostas ganhadoras (R$ 2,83 cada);

Confira o resultado da Dupla-Sena de ontem!

Os números da Dupla Sena 2745 são:

Primeiro sorteio

  • 45 - 02 - 22 - 18 - 04 - 21

Segundo sorteio

  • 14 - 41 - 37 - 08 - 09 - 27

O sorteio da Dupla Sena é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal oficial da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: Dupla Sena 2746

Como a Dupla Sena tem três sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na segunda-feira, 2 de novembro, a partir das 20 horas, pelo concurso 2746. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Dupla Sena é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

O apostador deve marcar de 6 a 15 números dentre os 50 disponíveis no volante e torcer. Caso prefira o sistema pode escolher os números para você através da Surpresinha ou ainda pode concorrer com a mesma aposta por 2, 3, 4, 6, 8, 9 ou 12 concursos consecutivos com a Teimosinha.

Com apenas um bilhete da Dupla Sena, você tem o dobro de chances de ganhar: são dois sorteios por concurso e ganha acertando 3, 4, 5 ou 6 números no primeiro e/ou segundo sorteios.

O preço da aposta com 6 números é de R$ 2,50.

É possível marcar mais números. No entanto, quanto mais números marcar, maior o preço da aposta.

Como jogar na Dupla-Sena

A Dupla-Sena tem três sorteios semanais: às segundas, quartas e sextas, às 19h (horário de MS).

O apostador deve marcar de 6 a 15 números dentre os 50 disponíveis no volante e torcer.

Caso prefira o sistema pode escolher os números para você através da Surpresinha ou ainda pode concorrer com a mesma aposta por 2, 3, 4, 6, 8, 9 ou 12 concursos consecutivos com a Teimosinha.

Com apenas um bilhete da Dupla Sena, você tem o dobro de chances de ganhar: são dois sorteios por concurso e ganha acertando 3, 4, 5 ou 6 números no primeiro e/ou segundo sorteios.

O preço da aposta com 6 números é de R$ 2,50.

É possível marcar mais números. No entanto, quanto mais números marcar, maior o preço da aposta.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

Para a aposta simples, com seis dezenas e preço de R$ 2,50, a probabilidade de acertar 6 números e ganhar o prêmio milionário é de 1 em 15.890.700 segundo a Caixa.

Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 3.174, ainda segundo a Caixa.

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