Por conta da pandemia do coronavírus, muitas empresas e repartições públicas adotaram a modalidade de trabalho remoto como alternativa para enfrentar o vírus. Mato Grosso do Sul viu os casos e mortes aumentarem exponencialmente a partir de maio e isto refletiu no número de pessoas que passou a trabalhar em casa.
Conforme pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), de maio para junho, cerca de 14 mil pessoas adotaram ao home office no Estado.
Mato Grosso do Sul, no mês de maio, tinha o correspondente a 75 mil pessoas ocupadas e não afastadas que trabalham de forma remota, o que corresponde a 7,5% da população ocupada à época.
Contudo, em Junho, esse número aumentou para 89 mil pessoas (8,4% da pop. ocupada). A porcentagem em maio era de 7,2% que aumentou para 8,4% no mês seguinte.
Já a população informal - aqueles que não tem emprego fixo - caiu de 387 mil para 370 mil no mês passado. Entre os desempregados que gostariam de trabalhar, mas não procuraram trabalho por causa da pandemia houve aumento de 17,5% para 19,2%.
Entre as pessoas que estavam ocupadas, mas foram afastadas do trabalho devido ao distanciamento houve expressiva da queda entre maio e junho. Em maio eram 97 mil e em junho 69 mil.
O número de pessoas ocupadas e afastadas por motivos que não fossem a pandemia diminuiu - em maio era 49 mil, em junho, 43 mil.
Dentre as pessoas que foram afastadas do trabalho, em maio, 58 mil deixaram de receber, mas em junho, esse número caiu para 37 mil.
A pesquisa ainda mostrou o número de pessoas ocupadas e não afastadas do emprego, mas que tiveram as horas de trabalho reduzidas por causa da pandemia, no mês de junho.
Em MS, 27 mil pessoas experimentaram a redução da carga horária em suas jornadas de trabalho, número 3,9% maior que o mês anterior (26 mil), o que representa 13,2% das pessoas ocupadas no Estado.
Na contramão desta realidade, são 289 mil pessoas ocupadas e não afastadas com horas normalmente trabalhadas maiores durante a pandemia.
SALÁRIO
Em relação ao rendimento médio real de todos os trabalhos (calculado para as pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência), o valor habitualmente recebido por um mês completo de trabalho foi de R$ 2.307.
Já o rendimento efetivo dos trabalhadores (R$ 2.006) ficou 10,1% abaixo do rendimento habitual.
Em junho, 307 mil pessoas ocupadas tiveram rendimento efetivo menor do que o normalmente recebido antes da pandemia.
Esse dado é 2% maior do que o mês anterior e representa 26,4% no total de pessoas ocupadas e com rendimento do trabalho.
Além disso, 2,2% dos trabalhadores ocupados obtiveram um rendimento efetivo maior do que o normalmente recebido durante o período de referência, o que, em números, são 25 mil pessoas.