ADRIANA MOLINA
Mato Grosso do Sul registrou em março incremento de 4.204 postos de trabalho − saldo 1,07% superior ao verificado no mesmo período do ano passado e 6,7% maior que em fevereiro, quando foram admitidos 3.940 trabalhadores. Isso equivale dizer que por dia foram criadas em média 135 vagas. Com esse resultado, o Estado atingiu seu terceiro melhor desempenho trimestral em geração de empregos dos últimos 14 anos, com 9.833 admissões, equivalente a média diária de 109 empregos, e se coloca em oitavo lugar no ranking nacional da empregabilidade, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados ontem, pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
No mês, o índice foi puxado basicamente pela indústria de transformação, responsável por 39% ou 1.633 dos postos criados. “O início da safra de cana-de-açúcar impulsionou o emprego na indústria do etanol em Mato Grosso do Sul, fazendo os empregos dispararem nessa área”, justificou o economista Áureo Torres.
Em seguida, destacou-se o setor de serviços, com o acréscimo de 1.328 vagas − cerca de 31,6% do volume total constatado pelo Caged. Em terceiro, o que mais empregou no mês passado, o agropecuário, que em março, abriu 886 vagas, apresentando decréscimo de 43% ante fevereiro, quando foram abertos 1.555 novos postos de trabalho.
A queda no índice de geração de empregos no setor é reflexo do final da colheita, principalmente da soja, que começou abril com 95% colhida, tendo seu pico de retirada dos campos em fevereiro. Também registraram crescimento pequeno os serviços industriais de utilidade pública, com apenas 25 vagas; o extrativismo mineral, com 40; a administração pública, com 75; e, surpreendentemente, o comércio, que tradicionalmente é um dos maiores geradores de emprego no Estado, que abriu somente 87 novas vagas.
Capital
Em Campo Grande, o saldo também foi positivo, com a abertura de 816 vagas, a maior parte, cerca de 69%, ou 562 no setor de serviços. “Na Capital tivemos o 4º melhor trimestre em 14 anos e o 3º melhor mês de março para o emprego no mesmo período”, avalia Torres.
Tiveram acréscimo ainda os setores de indústria da transformação, com 183 vagas e o comércio, com 137. Registraram déficit a construção civil, com o fechamento de 82 postos de trabalho, e o setor agropecuário, com 10 vagas extintas.