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Estado pode perder R$ 1 bilhão em receita do gás natural

STF decidirá se tributação do gás deve ser na origem, como quer Mato Grosso do Sul, ou no destino

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Julgamento agendado para o dia 22 de abril, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), será determinante para as finanças de Mato Grosso do Sul. A Corte julgará no mês que vem ação em que o Estado pede para que seja declarado o seu direito exclusivo de tributar o gás natural boliviano com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).  

Uma vitória na ação será garantia de uma receita que vem diminuindo a cada ano, mas que ainda é muito importante para o Estado. Se a ação não for provida, o resultado pode beirar uma catástrofe financeira: “Isso pode tirar R$ 1 bilhão do Estado”, disse no fim de semana o governador Reinaldo Azambuja (PSDB).  

Na ação, ajuizada em 2007, o governo de Mato Grosso do Sul pede a exclusividade de cobrar ICMS sobre a importação de gás da Bolívia, sob o argumento de que a transação ocorre em seu território, que completa a importação do produto pela Petrobras, desde o início do funcionamento do gasoduto da Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil S.A. (TBG).  

Esse processo já garantiu que Mato Grosso do Sul recebesse receitas bilionárias nos últimos 15 anos. É que em 2007 o ministro Ricardo Lewandowski concedeu liminar favorável a Mato Grosso do Sul no processo em que a disputa pelo tributo era com Santa Catarina. Também há uma outra liminar, de Celso de Mello, de maio de 2006, em litígio entre MS e o estado de São Paulo.

INSTABILIDADE

O gás natural já representou 30% da arrecadação tributária de Mato Grosso do Sul nas décadas de 2000 e em quase toda a década de 2010. O bombeamento de gás por meio do gasoduto Bolívia-Brasil começou a ser reduzido em 2017. Desde 2018, a importação caiu pela metade.  

Dos 30 milhões de m³ contratuais (diários) que a Petrobras tem com a estatal boliviana YPFB, a média de importação referente ao mês de fevereiro é de 13 milhões de m³ diários.  “O gás tem sido uma receita muito instável e sazonal. Por exemplo, bombeou muito gás em janeiro, mas em fevereiro já foi menos”, disse o governador Reinaldo Azambuja.  

Quando se trata de gás natural, aliás, a instabilidade existe dos dois lados do gasoduto. Do lado brasileiro, existe a expectativa de a Petrobras abrir o mercado do gás natural, permitindo que outras empresas comprem o gás da Bolívia e transporte o produto por meio do gasoduto da TBG.  

A chamada pública de abertura do mercado deveria ter sido concluída no ano passado, mas foi adiada para este ano. Enquanto o contrato da Petrobras com a YPFB chega ao fim neste primeiro semestre, a expectativa de Mato Grosso do Sul é de que a estatal brasileira use seus créditos por ter importado menos gás nos últimos anos. No mês passado, o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, chegou a afirmar que o volume dos créditos (pagos e não utilizados) poderia ser suficiente para garantir o suprimento do produto durante todo este ano. 

IBGE-Pesquisa

Rendimento médio per capita de MS é o maior da série histórica

Em 2023, ocorreu um crescimento de (6,5%), estimado em R$ 1.990,00

19/04/2024 16h20

Conforme a pesquisa (64%) da população tinha algum rendimento, colocando o Estado como 8º maior no ranking entre as Unidades da Federação Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou nesta sexta-feira (19) os valores dos rendimentos domiciliares per capita, referentes ao ano de 2023, com base nas informações referentes a Pesquisa Nacional por Amostra e Domicílios Contínua - PNAD Contínua.

O rendimento médio per capita domiciliar em Mato Grosso do Sul é o maior da série histórica (6,5%), estimado em R$ 1.990.

Durante a pandemia de Covid-19, o rendimento per capita diminuiu para (5,6%), em 2020 e (8,3%) em 2021, estimado em R$ 1.639, o 2º menor valor da série. Em 2022, o rendimento médio domiciliar apresentou crescimento (12,3%) sendo estimado em R$ 1.868.

Conforme a pesquisa (64%) da população tinha algum rendimento, colocando o Estado como 8º maior no ranking entre as Unidades da Federação. Com relação à renda em 2023, o indicativo apontou 2,8 milhões de pessoas residentes em Mato Grosso do Sul desempenham alguma atividade, enquanto em 2022 o quantitativo era de 2,5 milhões. 

Rio Grande do Sul lidera com (70,3%) e em nove oportunidades apresentou a maior estimativa da série histórica iniciada em 2012, enquanto Acre e Amazonas, as menores (51,5% e 53,0%, respectivamente). 

Rendimento

O levantamento aponta que em 2023, o número de pessoas que possuíam rendimento, levando em consideração todas as modalidades de trabalho, em Mato Grosso do Sul correspondia a  50,4% da população residente (1,4 milhão de pessoas).

"Rendimento relacionado a outras fontes foram de  22,3% (631 mil) dos residentes possuíam, em 2023, alguma fonte de rendimento diferente de trabalho, enquanto, em 2022, essa estimativa era de 21,3% (595 mil)". 

 

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Crédito rural

Prazo para renegociação de dívida de investimento vai até 31 de maio

A renegociação autorizada abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar o valor de R$ 20,8 bilhões

19/04/2024 15h00

Em MS, podem renegociar os produtores de soja, milho e bovinocultura de leite e de carne. Arquivo/Correio do Estado

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Os produtores rurais que foram prejudicados por intempéries climáticas ou queda de preços agrícolas têm prazo até 31 de maio para renegociar dívidas do crédito rural para investimentos. A informação é do Ministério da Agricultura e Pecuária, com base em medida aprovada, com apoio do Ministério da Fazenda, pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), em março passado.

Segundo o comunicado, com a iniciativa, as instituições financeiras poderão adiar ou parcelar os débitos que irão vencer ainda em 2024, relativos a contratos de investimentos dos produtores de soja, de milho e da pecuária leiteira e de corte. Neste contexto, as operações contratadas devem estar em situação de adimplência até 30 de dezembro de 2023.

A renegociação autorizada abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar o valor de R$ 20,8 bilhões em recursos equalizados, R$ 6,3 bilhões em recursos dos fundos constitucionais e R$ 1,1 bilhão em recursos obrigatórios.

Caso todas as parcelas das operações enquadradas nos critérios da resolução aprovada pelo CMN sejam prorrogadas, o custo será de R$ 3,2 bilhões, distribuído entre os anos de 2024 e 2030, sendo metade para a agricultura familiar e metade para a agricultura empresarial. O custo efetivo será descontado dos valores a serem destinados para equalização de taxas dos planos safra 2024/2025.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, disse na nota: "Problemas climáticos e preços achatado trouxeram incertezas para os produtores. Porém, pela primeira vez na história, um governo se adiantou e aplicou medidas de apoio antes mesmo do fim da safra".

Confira abaixo as atividades produtivas e os estados que serão impactados pela medida:

soja, milho e bovinocultura de carne: Goiás e Mato Grosso;

bovinocultura de carne e leite: Minas Gerais;

soja, milho e bovinocultura de leite: São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina;

bovinocultura de carne: Rondônia, Roraima, Pará, Acre, Amapá, Amazonas e Tocantins;

soja, milho e bovinocultura de leite e de carne: Mato Grosso do Sul;

bovinocultura de leite: Espírito Santo e Rio de Janeiro.

Para enquadramento, os financiamentos deverão ter amparo do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e dos demais programas de investimento rural do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), bem como das linhas de investimento rural dos fundos constitucionais.

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