Economia

Crescimento

A+ A-

Estado tem 37,9 mil trabalhadores formais a mais que antes da pandemia

Estoque de empregos com carteira assinada cresceu 7,2% em Mato Grosso do Sul, saindo de 522,5 mil em fevereiro de 2020 para 560,5 mil em outubro de 2021

Continue lendo...

O número de trabalhadores com emprego formal já superou em 7,2% o pré-pandemia. 

Conforme os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), em fevereiro de 2020 o estoque de empregos com carteira assinada em Mato Grosso do Sul era de 522.584. 

Já em outubro de 2021 o número de trabalhadores chegou a 560.523, aumento de 37.939 postos de trabalho.

De acordo com o doutor em economia Michel Constantino, o emprego formal é um indicador muito importante de recuperação econômica. 

“Os empregos formais são bem importantes porque quando o empresário está contratando formalmente ele está confiante da recuperação econômica." 

"[Esse avanço do número de contratados] indica que os empresários estão acreditando que vai melhorar agora e para 2022 também”, avalia.

Em outubro de 2019 o número de pessoas empregadas com carteira assinada em Mato Grosso do Sul era de 524.606, passou a 522.584 em fevereiro de 2020, caindo a 515.592 em março (mês em que a pandemia chegou ao Estado), e a 522.641 em outubro de 2020.

OUTUBRO

Mato Grosso do Sul registrou em outubro 3.415 novas vagas criadas, saldo de 24.227 admissões e 20.812 desligamentos.

 No comparativo com o mesmo mês do ano passado houve uma queda de 13%, no ano passado o resultado entre contratações e demissões foi de 3.946 postos de trabalho.  

Entre os setores o destaque para o mês foi nos serviços, responsáveis por 1.287 vagas, seguido do comércio (1.159), construção (565), agropecuária (212) e indústria (192).  

A economista do Instituto de Pesquisa da Fecomércio (IPF-MS) Regiane Dedé de Oliveira, explica que a recuperação gradativa dos setores faz com que o setor terciário se destaque na geração de empregos. Ela ainda destaca que a chegada de datas comemorativas estimulam o setor.

“Acredito que o movimento na economia em relação as compras de Natal e final de ano, associado as comemorações e a retomada gradativa do turismo, contribuem para o saldo ser positivo”, analisa.

Para Constantino o aumento da intenção de compras e as expectativas positivas de empresários são fundamentais na geração de emprego. 

“As festas também são importantes para o aumento das contratações, porque criam expectativa positiva nos empresários e consequentemente contratam mais." 

"Além disso temos a vacinação, o avanço corrobora com isso. E temos a volta de muitos setores que também estão impactando como os serviços e o comércio”.  

ANUAL

De janeiro à outubro, Mato Grosso do Sul teve saldo positivo em 37.268 empregos, resultado de 239.439 contratações e 202.171 desligamentos. 

O saldo é mais de seis vezes o total de empregos formais gerados no mesmo período de 2020, quando 5.773 postos de trabalho foram criados.  

Os setores do comércio e dos serviços juntos foram responsáveis por 66% do total. 

Conforme os dados do Caged, divulgados ontem, sozinho o setor de serviços apresentou resultado de 15.313 vagas, o comércio por 9.409, indústria (4.626), construção (4.268) e agropecuária (3.652).

A economista Daniela Dias frisa que  a própria pandemia fez com que o setor terciário se destacasse na geração de empregos. 

“O segmento surgiu em meio a pandemia como uma oportunidade para diversas pessoas que perderam suas rendas ou tiveram que buscar uma alternativa. "

"Diante dessas circunstâncias a gente percebe que diversas áreas passaram a ser demandadas como a comunicação, marketing, tecnologia, alimentação, educação à distância, etc. Por isso o setor continua se destacando”, considera.

É o décimo mês consecutivo que o Estado registra saldo positivo na geração de empregos.

Assine o Correio do Estado

Economia

Em meio à crise, presidente da Petrobras descarta aumento de preços dos combustíveis

Na última semana, o presidente Jean Paul Prates confirmou que as etapas para conclusão da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN3), em Três Lagoas, devem ser retomadas no fim deste ano.

18/04/2024 17h23

Presidente da Petrobras, Jean Paul Prates Thomaz Silva/ Agência Brasil

Continue Lendo...

Durante um evento no Rio de Janeiro, com foco em "O Fortalecimento da Indústria Naval Nacional e o Setor Energético Offshore", o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, descartou um aumento nos preços dos combustíveis no Brasil a curto prazo.

"Estamos avaliando as condições de mercado. Não há razão nenhuma para aumento agora. Não está sendo avaliado (aumento para as próximas semanas). Estamos monitorando o cenário internacional. Por enquanto não há nada que faça mover. E o preço do petróleo indica isso", relatou ao jornal O Globo, na manhã de hoje (18).

Conforme divulgado pelo Correio do Estado, no início desta semana, a Petrobras anunciou que as etapas para a conclusão da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN3), em Três Lagoas, devem ser retomadas até o final deste ano. A estatal informou que o processo licitatório para o reinício das obras será aberto em dezembro de 2024.

A expectativa inicial é que a unidade comece a operar até o fim de 2023.

Na semana passada, o governador Eduardo Riedel (PSDB) pediu ao presidente Lula que "olhasse com carinho" para a fábrica, que está com as obras paradas desde 2014. O pedido foi feito durante visita do presidente a Campo Grande.

Nesta segunda-feira (15), o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, confirmou as falas do presidente, em entrevista à CNN, que as obras serão retomadas em breve.  
   

A UFN3, em Três Lagoas, está com as obras paralisadas - ReproduçãoA UFN3, em Três Lagoas, está com as obras paralisadas - Reprodução

Investimentos

De acordo com o presidente da Petrobras, rebateu um dossiê feito na semana passada, contra a permanência dele no comando da estatal e que apontava que Prates resistia em concluir a UFN3, que precisa de investimento de R$ 5 bilhões.

Durante a conversa, Jean Paul afirmou que sempre defendeu a importância da inclusão do projeto da fábrica no Planejamento Estratégico da Petrobras, o que foi feito em novembro do ano passado, após demonstração técnica de viabilidade financeira e decisão da estatal de voltar ao setor de fertilizantes.

O secretário da Semadesc, Jaime Verruck, reafirmou que o dossiê sobre a não retomada da UFN3 não correspondia à realidade

"Estamos acompanhando o assunto junto com a ministra Simone Tebet e temos inclusive a previsão que a licitação ocorra no final de ano", disse.

Quando concluída, a UFN3 deve reduzir em 15% a dependência brasileira dos nitrogenados, contribuindo para a autonomia nacional no setor de fertilizantes.

A obra da UNF3 foi paralisada no fim de 2014, com 81% da construção realizada.

A fábrica de fertilizantes foi projetada para consumir diariamente 2,3 milhões de metros cúbicos de gás natural, fazendo a separação e os transformando em 3.600 toneladas de ureia e outras 2.200 toneladas de amônia por dia.
 

Valor do petróleo 

Na tarde desta quinta-feira (18), o preço do petróleo Brent, usado como referência internacional, está em queda de 0,22%, a US$ 87,10. Na semana passada, chegou a passar os US$90. Segundo dados da Abicom, que reúne os importadores, o preço da gasolina cobrado pela estatal está 20% menor em relação ao cenário internacional. No caso do diesel, a diferença hoje é de 10%

Declarações 

Conforme informações do governo brasileiro, os preços feitos pela  Petrobras ocorreram em outubro do ano passado, quando a estatal reduziu o valor da gasolina nas refinarias, quando passou de R$2,93 para R$2,81. No caso do diesel, a queda foi em dezembro (caindo de R$3,78 para R$3,48).

Durante o evento nesta quinta-feira, o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que o impacto do conflito no Oriente Médio não deve intervir sobre os valores dos combustíveis no Brasil.

As declarações de Prates ocorrem em momento de crise na estatal, que se estendeu  ao Conselho de Administração da estatal, após falas de Silveira. 

A crise chegou até o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), com sede em São Paulo, que derrubou a decisão em primeira instância e reconduziu à presidência do Conselho de Administração da Petrobras, Pietro Mendes, um dos representantes da União no colegiado. Ele foi afastado na última semana. Logo em seguida, a Advocacia-Geral da União (AGU) recorreu.

Questionado como estava no clima dentro da Petrobrás, Prates disse estar tranquilo.

"Eu estou tranquilo. O presidente Lula está na Colômbia. Eu não fui a Brasília para isso. Temos agendas em Brasília constantemente. Por exemplo, eu passei o dia inteiro no TCU (Tribunal de Contas da União). Fui ver as lideranças no Senado. São meus amigos afirmou Prates".

 

Assine o Correio do Estado

Orçamento

Com previsão de R$ 6,8 bilhões, orçamento da Capital deve ser 4% maior em 2025

Dentre as novidades deste ano, a possibilidade de destinar 5% do valor das emendas impositivas para a primeira infância

18/04/2024 12h00

Divulgação

Continue Lendo...

A Câmara Municipal de Campo Grande recebeu, nesta segunda-feira (16), o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o ano de 2025, com previsão de aproximadamente R$ 6,8 bilhões.

Esse número representa um aumento de cerca de 4% em relação ao orçamento de 2024, que foi de R$ 6,5 bilhões.

O processo de tramitação agora se inicia, permitindo que os vereadores apresentem emendas à proposta. Além disso, está prevista a realização de uma audiência pública para ouvir a opinião da população.

A expectativa é que o projeto seja votado até o final do primeiro semestre.

Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2025

Dentre as novidades deste ano, a possibilidade de destinar 5% do valor das emendas impositivas para a primeira infância, com foco especial na educação infantil é uma delas.

O relator da proposta é o presidente da Comissão de Finanças e Orçamento do Legislativo, vereador Betinho.

"Os vereadores têm agora o prazo regimental para apresentar suas emendas, incluindo esta nova opção para beneficiar a educação infantil. A LDO é crucial porque estabelece as diretrizes para a elaboração da Lei Orçamentária Anual, que será detalhadamente analisada no segundo semestre", ressalta o vereador.

Em 2024, estabeleceu-se a destinação de 25% da receita para aprimorar o ensino, reservando 1% para iniciativas culturais e 15% de acordo com as diretrizes do Conselho Municipal de Saúde.

Quanto às Emendas Impositivas, diferenciam-se das ordinárias por serem de cumprimento obrigatório pelo Executivo. Em Campo Grande, metade do valor dessas emendas é destinada à saúde, enquanto o restante é direcionado a outras áreas. Com a nova medida, pretende-se destinar 5% para programas relacionados à primeira infância no próximo orçamento.

 

ASSINE O CORREIO DO ESTADO 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).