Economia

BENEFÍCIO

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Sem Auxílio Emergencial em 2022, novo programa vai beneficiar 171,8 mil famílias de MS

Novo benefício vai ajudar mais famílias e será permanente, diferente do Auxílio Emergencial

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Em Mato Grosso do Sul, 171.818 famílias terão direito de receber o Auxílio Brasil, em 2022, após o Auxílio Emergencial ter sido cancelado. O montante para o Estado chega a R$ 69.997.854. As informações foram repassadas pelo Ministério da Cidadania.

Em Campo Grande são 45.964 famílias beneficiadas, recebendo o total de 18.657.465.

Agora sem o Auxílio Emergencial, o novo benefício surgiu de forma permanente para ajudar mais pessoas.  

A Caixa Econômica Federal informa que este benefício não se trata do emergencial.

Em outubro de 2021, o ministro da Economia, Paulo Guedes, falou sobre a extensão do Auxílio Emergencial 2022.

Em um evento no Palácio do Planalto, na época, Guedes disse que o Auxílio Emergencial seria estendido pelo Ministério da Cidadania.

No entanto, após a fala, a assessoria de imprensa do Ministério da Economia corrigiu e disse que o ministro da Economia estava se referindo ao Auxílio Brasil.

O economista Michel Constantino fala sobre a retirada do Auxílio Emergencial e a chegada de um auxílio permanente.

"Como a pandemia ainda não acabou e seus efeitos na economia são ainda fortes, o Auxílio Brasil é fundamental para manter milhões com a ajuda do governo, passando de um auxílio emergencial para permanente, o que deixa as famílias mais tranquilas para manter seus custos do dia a dia e poder buscar novas formas de renda", ressaltou.

Foi aprovado a extensão do Auxílio Emergencial ?

A extensão do Auxílio Emergencial não está mais em vigor, e passou a ser substituído pelo Auxílio Brasil, um programa de transferência de renda para famílias que estão em situação de pobreza e extrema pobreza no Brasil.

No Brasil são 17.566.127 famílias, com investimento que ultrapassa os R$ 7,1 bilhões.

No dia 2 de dezembro, o Senado Federal aprovou a Medida Provisória (MP) 1061/2021 que cria o Auxílio Brasil.

Segundo Constantino, o Auxílio Brasil não pode ser considerado como uma extensão do Auxílio Emergencial para 2022.

"O Auxílio Emergencial foi criado para atender um momento “emergencial” com características da pandemia. O Auxílio Brasil é uma extensão do “Bolsa Família”, que é permanente, mas agora o valor é maior e abrange mais pessoas", explicou.

"Em tempos de pandemia é importante que o governo garanta um mínimo de renda para as pessoas com dificuldade de manutenção de emprego e desempregados, pois, fica mais difícil conseguir manter a família e principalmente a alimentação nestes períodos", completou o economista Michel Constantino.

Calendário Auxílio Emergencial

A primeira parcela deste ano foi paga no dia 18 de janeiro, para beneficiários com o NIS final 1.

Confira abaixo o calendário do Auxílio Brasil.

 

Consulta Auxílio Emergencial Dataprev

Segundo o Ministério da Cidadania, a consulta não está mais sendo realizado pelo Dataprev, já que não existe a extensão do Auxílio Emergencial 2022.

Agora, a consulta pode ser realizada pelo aplicativo Auxílio Brasil, aplicativo CAIXA Tem ou pelo telefone 111.  

Como funciona a extensão do Auxílio Emergencial?

O núcleo básico do Auxílio Brasil é formado por diversos benefícios, sendo os três principais: 'Primeira Infância', 'Composição Familiar' e 'Superação de Extrema Pobreza'.

O 'Primeira Infância', são para famílias que tenham crianças com idade entre zero e 3 anos incompletos.

'Composição Familiar' para famílias que tenham gestantes ou pessoas com idade entre 3 e 21 anos incompletos.

O benefício de 'Superação da Extrema Pobreza' terá o valor mínimo calculado por integrante e pago por família beneficiária do programa.

Ao todo são dez benefícios que compõem o programa. Para conferir os demais benefícios (clique aqui).

Parcelas

Segundo consta no calendário divulgado pelo Ministério da Cidadania, as parcelas do Auxílio Brasil serão pagas até dezembro deste ano.

Os pagamentos serão realizados nos últimos 10 dias úteis de cada mês, dependendo do final do Número de Identificação Social (NIS) de cada beneficiário.

As parcelas mensais do Auxílio Brasil ficam disponíveis para saque por 120 dias após a data disponível para saque.  

Qual o valor a ser recebido com a extensão do Auxílio Emergencial?

Conforme explicado pela Caixa Econômica Federal, o valor a ser recebido varia de acordo com a situação socioeconômica das famílias informadas no Cadastro Único.  

O valor mínimo por cada família será de R$ 400. Como alguns benefícios tem o valor mínimo por integrante, o que muitas vezes pode não atingir os R$ 400, o valor será complementado com o Benefício Extraordinário.

Para o benefício Primeira Infância será pago R$ 130 por integrante da família que se enquadre nesse benefício.

Para composição familiar será pago o valor de R$ 65 por integrante da família.

Para o benefício superação da Extrema Pobreza será pago o mínimo de R$ 25 por pessoa, não tendo limite no número de benefícios por família.

A família pode receber, de uma vez, os três benefícios básicos, que são: Primeira Infância, Composição Familiar e Superação da Extrema Pobreza.

Para conferir os valores dos demais benefícios (Clique aqui).

Quem vai receber?

Podem participar do Programa as seguintes famílias:

Em situação de pobreza ou extrema pobreza que tenham gestantes, mães que amamentam, crianças, adolescentes e jovens entre 0 e 21 anos incompletos.

As famílias extremamente pobres são as que têm renda familiar per capita mensal igual ou inferior a R$ 105.  

Já as famílias pobres aquelas que têm renda familiar per capita de R$ 100,01 a R$ 200.

Para participar do programa é necessário estar inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, além de os dados cadastrais estarem atualizados nos últimos 2 anos.

Caso atenda aos requisitos de renda e não esteja inscrito, é preciso ir até a prefeitura para realizar o cadastramento no Cadastro Único.

Quem não pode receber?

Não poderão receber o benefício, famílias que não estejam em situação de extrema pobreza ou pobreza; famílias que recebam renda familiar per capita de mais de R$ 200 e famílias que não tenham gestantes ou pessoas com idade até 21 anos incompletos.

Como saber se terei direito?

As famílias beneficiárias que atendam as regras, receberão o Auxílio Brasil automaticamente, sem precisar realizar outra inscrição.

Caso seja uma nova família beneficiária, a Caixa irá enviar uma correspondência para a residência comunicando a seleção para o Programa e, posteriormente será enviado o cartão para usar o valor.

Além disso, a consulta da situação do benefício pode ser feita pelo telefone 111 (Atendimento Caixa Auxílio Brasil) ou pelo aplicativo Auxílio Brasil Caixa e Caixa Tem.

Como receber o Auxílio Emergencial?

Ao entrar no programa, os beneficiários recebem via Correios, o Cartão Auxílio Brasil, gerado automaticamente em nome do responsável familiar.

Com o cartão, é possível sacar o valor integral ou fazer saques parciais.  

O pagamento pode ser realizado também pela Poupança Social Digital, Poupança CAIXA Fácil ou fazer o saque com o cartão social.

Além disso, o aplicativo CAIXA Tem pode ser utilizado para movimentar o valor, quando for depositado na Poupança Social Digital.

Conclusão

O Auxílio Emergencial não foi estendido para 2022, por ter sido criado para atender uma emergência na pandemia.

Agora, o Auxílio Brasil será um programa permanente, sendo possível ajudar mais pessoas financeiramente.

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ECONOMIA

Lucro ao fim da Expogrande é cinco vezes maior que no ano passado

Entre 4 e 14 de abril a Exposição faturou R$ 576 milhões, frente aos 110 milhões de reais arrecadados em 2023

16/04/2024 11h05

Balanço da Acrissul aponta que aproximadamente 114 mil pessoas visitaram a Exposição entre 04 e 14 de abril Gerson Oliveira/ Correio do Estado

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Entre os dias 04 e 14 de abril, a tradicional Exposição Agropecuária Internacional de Campo Grande (Expogrande) faturou em sua 84ª edição cerca de cinco vezes mais do que o lucro registrado em 2023, com os valores mais recentes passando da casa de R$ 576 milhões. 

Conforme balanço da entidade que promove o evento, a Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), a soma do faturamento interno bateu R$ 576.801.968,00. 

Enquanto isso, o fechamento após exposição de 2023 atingiu R$ 110 milhões, representando um crescimento anual de mais de cinco vezes no faturamento Expogrande, sendo que a previsão era que 2024 atingisse cerca de R$ 150 milhões. 

Diante do balanço final, contabilizando aproximadamente a visita de 114 mil pessoas, o presidente da Acrissul, Guilherme Bumlai, destacou a "captação de recursos para investimentos com taxas especiais e exclusivas para a Exposição", como um dos grandes atrativos. 

Ao todo, foram 16 leilões realizados durante a Expogrande, gerando faturamento de R$ 22 milhões, segundo a Acrissul, com a venda de mais de cinco mil animais. 

Esses números também representam avanços, já que no último ano foram 12 leilões; quatro mil animais vendidos e R$ 18 milhões de faturamento. 

2024 de mudanças

Diversas ações aconteceram no Parque de Exposições Laucídio Coelho para que o espaço sedia-se a 84ª edição da Expogrande, como a área de julgamentos que voltou a receber os animais para avaliação, já que no ano passado havia sido transformada em arena de shows. 

Também, a Acrissul detalha que a realocação do estacionamento de associados deu espaço para a arena de shows, que dentre as oito atrações recebidas neste 2024 cabe destacar os nomes de: Simone Mendes, Ana Castela, Launa Prado, e as duplas Henrique & Juliano e Victor & Leo.

Além disso, onde ano passado era a pista de julgamentos, neste 2024 recebeu o "Projeto Fazendinha Acrissul", onde as crianças tiveram contato com os mais diversos animais do campo. 

Em nota divulgada pela Acrissul, Bumlai complementa que, ainda que os preços da pecuária "andem de lado, principalmente com o valor da arroba estagnado", nota-se um esforço do produtor sul-mato-grossense em melhorar o rebanho; diminuir o tempo de abate pela tecnologia e capacitação da mão-de-obra, visando sempre uma melhor lucratividade.
**(Com assessoria)

 

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DIVERSIFICAÇÃO

Com R$ 500 milhões em investimentos, MS pode se tornar polo na produção de laranjas

Conforme divulgado pelo governo do Estado, a plantação da fruta cítrica saltará de 2 mil hectares para mais de 10,3 mil

16/04/2024 08h30

Dois grupos passam a investir na citricultura no Estado Foto: Vinicius Vignato / Divulgação

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Rumo a expansão da diversificação agrícola, Mato Grosso do Sul pode ser tornar um novo polo da citricultura. Com investimento privado de R$500 milhões na plantação de laranjas a área cultivada saltará de 2 mil hectares para 10.300 hectares.

O Grupo Cutrale anunciou o investimento de R$ 500 milhões no plantio de 5 mil hectares de laranja. A plantação será realizada na Fazenda Aracoara, propriedade localizada às margens da rodovia BR-060, na divisa de Sidrolândia com Campo Grande.

Segundo o grupo,  serão 5 mil hectares irrigados com o plantio de 1,730 milhão de pés de laranja, considerando a média de 346 árvores por hectare. O doutor em Economia Michel Constantino aponta como positiva a notícia. 

“Vai gerar novas oportunidades com o aumento de investimentos. Emprego, renda e arrecadação de impostos são os primeiros impactos na economia”, avalia.

Tradicionalmente conhecido por sua produção agrícola concentrada em culturas como soja, milho e cana-de-açúcar, o mestre em economia Lucas Mikael acrescenta que o investimento em laranjas pode trazer uma série de benefícios econômicos.

“A diversificação das culturas reduz a dependência de uma única commodity, o que torna a economia do estado mais resiliente a flutuações de preços e demanda no mercado internacional. Isso proporciona uma maior estabilidade econômica e ajuda a mitigar os riscos associados a choques em setores específicos”, analisa Mikael.

O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, revela que a previsão é de que, em alguns anos, o plantio da Cutrale alcance 30 mil hectares em um raio de 150 quilômetros, viabilizando uma indústria processadora de laranja em Mato Grosso do Sul.

Inicialmente a laranja viajará para uma fábrica de suco da empresa em São Paulo.

De acordo com Verruck, o governo trabalha nessa estratégia há alguns anos, após observar o crescimento de uma praga em São Paulo.

“Com o greening [doença que afeta laranjais] afetando a citricultura paulista, identificamos essa oportunidade de produzir a laranja em Mato Grosso do Sul. Nosso trabalho começou com um decreto de defesa vegetal para evitar que a doença entrasse em nosso Estado.”

Ainda durante o processo, o governo iniciou contato com investidores de São Paulo.

“A Cutrale já havia iniciado, há dois anos, o plantio de 145 hectares de laranja em Sidrolândia, a fim de verificar o comportamento das variedades. Agora, a previsão é de que lancemos, ainda neste mês de abril, nosso plano de ação para a citricultura. Acredito que as políticas públicas irão colocar Mato Grosso do Sul no mapa da citricultura nacional”, disse Verruck.

Conforme apurou o Correio do Estado, há a expectativa que uma indústria de processamento de cítricos seja anunciada na região de Sidrolândia. 

Com apoio do Governo do Estad, o acordo foi firmado oficialmente na sexta-feira (12). O acordo prevê a cooperação técnica, científica e de mobilidade entre as instituições visando o desenvolvimento e execução de programas e projetos e o intercâmbio de informações, dados técnicos, experiências, pesquisas e o estabelecimento de mecanismos para sua realização, que visem o desenvolvimento da Citricultura no Estado, de forma sustentável e economicamente viável.
 

Verruck ainda disse que há um ano o governo do Estado iniciou as tratativas com ações para atrair os investidores. 

“Nossa ideia assim como a captação de indústria, foi a de buscar neste momento a base produtiva da citricultura no MS por entendermos que temos grandes potencialidades”, detalha

MIGRAÇÃO

Afetados pelo greening, doença que afeta os laranjais, citricultores do estado de São Paulo estão migrando os pomares para Estados livres da praga. No País, atualmente a maior concentração da citricultura estão nos seguintes estados: São Paulo, com 77% da produção nacional; Minas Gerais e Paraná estão na sequência.

Pressionada pelo alastramento da doença causada por uma bactéria transmitida pelo psilídeo, inseto parecido com uma cigarrinha, produtores estão migrando para regiões livres da praga e que possuam condições climáticas para receber as plantações da fruta, visto que ataque da bactéria reduz a produção e, em casos extremos, exige a erradicação dos pomares.

O grupo Junqueira Rodas, produtor de laranja em municípios do interior de São Paulo, também migrou parte da produção para o Mato Grosso do Sul, como conta o secretário executivo de Meio Ambiente, Rogério Beretta.

“O grupo já tem 1,5 mil hectares plantados em Paranaíba, e agora temos a confirmação de um novo plantio na região de Naviraí, mais ao sul do Estado. Esta semana vamos nos reunir com outro grupo paulista que pretende trazer novos cultivos para a região de Bataguassu, na divisa com São Paulo”, relata.

CEO do Grupo Junqueira Rodas, Sarita Junqueira Rodas, confirmou ao Estadão o investimento anunciado pelo governo sul-mato-grossense. 

“Estamos migrando nossa citricultura para áreas mais seguras ou até livres do greening, como é o caso de Paranaíba”, disse. Ela conta que o plantio das mudas de laranja já foi iniciado. 

30 MIL HECTARES

Laranjais da Cutrale podem alcançar 30 mil hectares em um raio de 150 km em MS.

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