Economia

IMPACTOS DA PANDEMIA

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Falta de materiais pode prejudicar a retomada da construção civil em Mato Grosso do Sul

Representantes temem que a falta de insumos e a alta dos custos resultem na paralisação de obras

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Devido a pandemia da Covid-19, o setor da construção civil em Mato Grosso do Sul tem enfrentando dificuldades para se recuperar, tanto por falta de material, quanto por aumento de custos.

 

Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no intervalo de 12 meses, o metro quadrado foi de R$ 1.206,70, em junho de 2020, para R$ 1.436,37, no mês passado. 

Segundo a Associação dos Construtores de Mato Grosso do Sul (Acomasul), os insumos sofreram reajustes que vão de 70% no cimento a 150% nos fios de cobre. 

“Campo Grande sofreu muito com a falta de materiais e insumos, os produtos que ficaram mais escassos foram tijolo, ferro e fios elétricos, por conta da falta de cobre no mercado internacional. Todos os derivados do aço tiveram alta de 100%, o que atinge a retomada do setor imobiliário”, explicou Canzi.

A reclamação nos custos vem se arrastando desde o início da pandemia, e a situação passou de preocupante para gravíssima na avaliação da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic).

O Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi-IBGE) aponta que somente o material para construção subiu 27,89%. O valor desembolsado, considerando o metro quadrado, era de R$ 613,77 no ano passado e passou a R$ 785,01 neste ano.  

Outro indicador de aumento nos preços é o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), calculado e divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que aponta alta de 2,16% em junho.

O custo com material e equipamentos cresceu 1,84%, e o custo com a mão de obra registrou alta de 2,69%. No primeiro semestre deste ano foi observado um incremento de 9,73% no INCC, o que correspondeu à maior variação para o período nos últimos 26 anos.

O construtor Marcelo Campos aponta que no caso do aço e dos materiais ferrosos, por exemplo, tem-se um aumento de preços de mais de 60% em período curto de tempo. 

“Produtos, como louça e pisos cerâmicos, que antes as fábricas tinham à pronta-entrega, hoje estão com prazo médio de 90 dias para entrega. Na maioria das vezes é complicado explicar para o cliente o produto que ele espera ter a pronta entrega, hoje pode atrasar a obra dele em quase três meses”, alegou. 

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Orçamento

Com previsão de R$ 6,8 bilhões, orçamento da Capital deve ser 4% maior em 2025

Dentre as novidades deste ano, a possibilidade de destinar 5% do valor das emendas impositivas para a primeira infância

18/04/2024 12h00

Divulgação

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A Câmara Municipal de Campo Grande recebeu, nesta segunda-feira (16), o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o ano de 2025, com previsão de aproximadamente R$ 6,8 bilhões.

Esse número representa um aumento de cerca de 4% em relação ao orçamento de 2024, que foi de R$ 6,5 bilhões.

O processo de tramitação agora se inicia, permitindo que os vereadores apresentem emendas à proposta. Além disso, está prevista a realização de uma audiência pública para ouvir a opinião da população.

A expectativa é que o projeto seja votado até o final do primeiro semestre.

Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2025

Dentre as novidades deste ano, a possibilidade de destinar 5% do valor das emendas impositivas para a primeira infância, com foco especial na educação infantil é uma delas.

O relator da proposta é o presidente da Comissão de Finanças e Orçamento do Legislativo, vereador Betinho.

"Os vereadores têm agora o prazo regimental para apresentar suas emendas, incluindo esta nova opção para beneficiar a educação infantil. A LDO é crucial porque estabelece as diretrizes para a elaboração da Lei Orçamentária Anual, que será detalhadamente analisada no segundo semestre", ressalta o vereador.

Em 2024, estabeleceu-se a destinação de 25% da receita para aprimorar o ensino, reservando 1% para iniciativas culturais e 15% de acordo com as diretrizes do Conselho Municipal de Saúde.

Quanto às Emendas Impositivas, diferenciam-se das ordinárias por serem de cumprimento obrigatório pelo Executivo. Em Campo Grande, metade do valor dessas emendas é destinada à saúde, enquanto o restante é direcionado a outras áreas. Com a nova medida, pretende-se destinar 5% para programas relacionados à primeira infância no próximo orçamento.

 

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DESENVOLVIMENTO

Programa Precoce MS: novo sistema de cadastramento de estabelecimentos rurais já está em vigor

Os profissionais devem completar um Curso de Capacitação e anexar o certificado

18/04/2024 10h30

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O Programa Precoce MS implementou um novo sistema informatizado para facilitar cadastros e recadastramentos de estabelecimentos rurais, profissionais responsáveis técnicos e classificadores, visando valorizar aqueles que contribuem para a produção de animais de qualidade superior.

Com objetivo de promover práticas agropecuárias sustentáveis e melhorar aspectos como biosseguridade, bem-estar animal e gestão sanitária, o sistema agora está disponivel no Portal e-Fazenda.

Segundo o secretário de Desenvolvimento Sustentável da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Rogério Beretta, o sistema foi modernizado para melhor desempenho. 

Novas medidas

As novas medidas exigem o recadastramento dos profissionais responsáveis técnicos e classificadores, além de estabelecimentos rurais. Os profissionais devem completar um Curso de Capacitação no Precoce/MS via Escolagov e anexar o certificado.

Os estabelecimentos rurais já cadastrados permanecerão no nível "Obrigatório" até a renovação do cadastro. Os classificadores de carcaças bovinas também precisam ser recadastrados e formalizar uma ART com a empresa contratante.

As novas regras também afetam a condição legal dos estabelecimentos para cadastro no sistema, exigindo regularidade perante várias entidades, incluindo o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul).

Para estabelecimentos que praticam confinamento, é necessário apresentar documentação ambiental adequada.

O cálculo do incentivo para animais abatidos considerará o impacto tanto do processo produtivo quanto do produto obtido. A modernização inclui a implantação de protocolos de produção e avaliação através do "Protocolo Precoce em Conformidade", enfatizando a segurança alimentar, sustentabilidade e tecnologia nos sistemas produtivos.

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