Economia

CUSTO DE VIDA

Gás de cozinha fica R$ 5 mais mais caro em Mato Grosso do Sul

Preço médio do botijão em Campo Grande é de R$ 75

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O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás) anunciou ontem (21), que a Petrobras reajustou o GLP residencial, o gás de cozinha com embalagem de 13 kg, entre  4,8% e 5,3%. O valor do GLP empresarial ficará entre 2,9% e 3,2% mais caro nas distribuidoras. Em Mato Grosso do Sul a alta de R$ 5 já começa a ser sentida pelo consumidor.

Conforme o presidente do Sindicato das Micro, Pequenas Empresas e Revendedores Autônomos de GLP, Gás Canalizado e Similares do Estado (Simpergasc-MS), Vilson de Lima, a alta já foi repassada hoje tanto para revendedoras quanto para os consumidores. “Nós fomos pegos de surpresa com este anúncio no final da tarde de ontem, que já passou a valer hoje. O impacto é negativo para todo mundo e deve chegar a R$ 5 em média”, explicou Lima. 

A partir de hoje (22) a estatal passou a cobrar um preço médio de R$ 1.943,34 por tonelada, contra R$ 1.850,84 anteriormente. Com o reajuste, o preço médio do botijão de 13 kg nas refinarias passará de R$ 24,06 para R$ 25,26. 
Levantamento realizado pela reportagem do Correio do Estado indentificou que o preço médio praticado, nas revendedoras em Campo Grande, é de R$ 75. Há locais em que o produto era comercializado a R$ 70 até ontem e hoje passou para R$ 75.

“O preço praticado na Capital vai de R$ 57 a R$ 85. Com o acréscimo pode ir de R$ 62 até R$ 90. É ruim para todos, porque o gás é uma necessidade básica, não tem como ficar sem, então será um impacto no bolso de todos”, explicou o presidente do Simpergasc-MS.

O último levantamento de preços da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aponta que o preço médio do gás de cozinha em Mato Grosso do Sul, registrado entre os dias 13 e 19 de outubro, era de R$ 71,45. Ainda de acordo com o levantamento,  o preço médio se mantém entre R$ 70 e R$ 71 desde janeiro deste ano. O maior valor praticado foi de R$ 71,85 no mês de maio, conforme comparativo da ANP.

Segundo o Sindigás os aumentos são médias, pois o valor terá variação, para maior ou menor, dependendo da área de distribuição nacional. O preço para o consumidor final poderá ser diferente, pois as distribuidoras acrescem ao percentual de aumento os custos com mão de obra, logística, impostos e margem de lucro. O último aumento de GLP praticado pela Petrobras foi no dia 5 de agosto.

BNDES

MS recebe R$ 40 mi de crédito para construção de armazém e fábrica de açúcar

Amazém terá capacidade para até 50 mil toneladas de açúcar e a produção diária estimada da fábrica é de até 850 toneladas, junto da usina de etanol

24/03/2025 09h16

Mato Grosso do Sul bateu recorde na produção de cana em 2024

Mato Grosso do Sul bateu recorde na produção de cana em 2024 Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Através da aprovação de financiamentos gerais da ordem de 216 milhões de reais, por parte do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Mato Grosso do Sul recebe uma parcela de crédito de R$40 milhões que vai beneficiar o desempenho do chamado setor sucroenergético do Estado.

Esses R$40 milhões de crédito, segundo o BNDES em nota, são voltados para construção de armazém e fábrica de açúcar na região leste do interior do Estado, mais especificamente no município de Nova Andradina. 

Concedido à Energética Santa Helena, o crédito representa 90,6% do total de recursos a serem investidos no município a receber as edificações. 

O armazém terá capacidade para até 50 mil toneladas de açúcar e, conforme previsto, a fábrica terá uma produção diária de até 850 toneladas junto da usina de etanol. 

Com esse empreendimento, a Santa Helena estima ampliação do quadro de funcionários (saltando de 1.280 para 1.330), estimando 100 postos de trabalhos gerados diretamente durante a implantação e outros 50 após conclusão. 

Em complemento, esse projeto deverá empregar 150 trabalhadores indiretos durante a implantação e outros 70 quando concluído, sendo parte de uma ampliação e modernização nacional que, segundo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, está "alinhada às políticas públicas do governo do presidente Lula". 

"Pois atendem aos objetivos de fortalecer a produção agrícola brasileira, além de modernizar, reformar e construir novos armazéns, ampliando a capacidade de armazenamento e gestão de estoques para enfrentar sazonalidades", completou Mercadante.

Investimentos

Recursos derivados do Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), do Plano Safra 2024/25, e da linha de crédito Financiamento a empreendimentos (Finem), o BNDES aprovou R$ 216,6 milhões, sendo: 

  • R$83,8 milhões para a Copacol - Cooperativa Agroindustrial Consolata (sendo R$ 52,84 milhões em recursos PCA e R$ 31 milhões em Finem),
     
  • R$52,84 milhões em recursos PCA para a Coamo Agroindustrial Cooperativa,
     
  • R$40 milhões para a Energética Santa Helena S.A (sendo R$ 25 milhões em recursos PCA e R$ 15 milhões em Finem), e
     
  • R$40 milhões para a Vale do Paracatu (sendo R$25 milhões do PCA e R$15 milhões do Finem).

Além de Nova Andradina, os financiamentos do Banco contemplam demais territórios, sendo as cidades de Cascavel, Jesuítas, Barbosa Ferraz, Brasilândia do Sul e Engenheiro Beltrão, no Paraná, além de Paracatu (MG).

Esse PCA é um dos chamados programas agropecuários do Governo Federal (PAGFs), financiando produtores e cooperativas rurais em busca da ampliação, modernização, reforma e construção de armazéns e câmaras frias.

Tanto o Programa para Construção e Ampliação de Armazéns como os demais PAGFs contam com juros equalizados pelo Tesouro Nacional, que são operados pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social. 

Vale lembrar que, apesar do cenário de déficit hídrico que prejudica as plantações de cana-de-açúcar, há cerca de um ano Mato Grosso do Sul bateu recorde na produção, ultrapassando pela primeira vez a marca de R$ 50,5 milhões de toneladas na safra, que representou crescimento cíclico anual de 17%.
**(Com assessoria)

 

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SEGUNDA SAFRA

Mato Grosso do Sul deve plantar 40 mil hectares de trigo na safra de inverno

Área projetada para este ano é similar à do ano passado; cultivo de trigo está em expansão no Brasil, que teve boa colheita em 2024

24/03/2025 08h30

Colheita do trigo no sul de Mato Grosso do Sul; Estado deve repetir área plantada no ano passado e torcida é para o clima ajudar

Colheita do trigo no sul de Mato Grosso do Sul; Estado deve repetir área plantada no ano passado e torcida é para o clima ajudar Foto: Divulgação/Embrapa

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Com expectativa de repetir a mesma área plantada de trigo do ano passado, Mato Grosso do Sul se prepara para cultivar 40 mil hectares do cereal nesta safra de inverno, que se inicia em abril e maio. Atualmente, o Estado ocupa a sétima posição no ranking nacional de produção, mas, na década de 1980, despontava no cenário como terceiro maior produtor do País, com área superior a 400 mil hectares. 

Segundo o pesquisador Cláudio Lazzarotto, da Embrapa Agropecuária Oeste, de Dourados, 90% do cultivo deve ser de sequeiro e se estender pelo sul do Estado, tradicional região produtora que compreende os municípios de Dourados, Ponta Porã, Laguna Carapã, Antônio João, Aral Moreira e Maracaju, principalmente.

“É uma região onde o solo e o clima é mais propício a uma triticultura rentável”, analisa Lazzarotto.

Segundo o pesquisador, nesta safra não deveremos ter novas cultivares recomendadas para MS.

“O elenco de cultivares recomendadas, quer seja da Embrapa, quer seja de outras empresas, é de excelente qualidade, tanto agronômicas quanto industriais. Mas os trabalhos de geração de novas cultivares está em pleno andamento e, para 2026, deveremos ter recomendação de cultivares que, até o momento, mostram-se grandes produtoras [mais de 3.200 quilos por hectare] e de alto valor industrial”, compara Lazzarotto.

RISCOS CLIMÁTICOS E SANITÁRIOS

Segundo o pesquisador, apesar de a região sul de MS ter enfrentando este ano condições climáticas adversas na produção de verão, principalmente pouca chuva e calor intenso, a cultura do trigo será beneficiada por condições climáticas favoráveis.

“O maior risco continua sendo a ocorrência de brusone, doença fúngica muito destrutiva se acontecer em momento favorável a ela”, explica.

Em Mato Grosso do Sul, segundo a Embrapa Agropecuária Oeste, o trigo enfrenta uma forte concorrência com o milho, que está mais valorizado, principalmente com a demanda criada pela indústria de etanol.

“Apesar disso, temos cultivares suficientes para tornar MS um grande produtor de trigo”, reforça Lazzarotto. 

Na década de 1980, o Estado chegou a cultivar 413 mil hectares de trigo, mas uma série de fatores provocou o desmonte da atividade. 

Entre os fatores, o pesquisador cita problemas causados pelo sistema de produção da época, em que a dobradinha soja e trigo começou a causar problemas fitossanitários, tal como está acontecendo hoje com soja e milho. Além disso, o custo de produção elevado do trigo não resistiu à cultura do milho na época.

Para completar o quadro desfavorável à triticultura, Cláudio Lazzarotto relaciona outros dois fatores: a grande valorização do milho, em função da expansão da avicultura e da suinocultura na região, e a comercialização do trigo local inviabilizada pela indústria moageira de MS, que preferia o trigo importado de outros países.

Em 2024, o Brasil atingiu a segunda melhor colheita de trigo da história, com 8 milhões de toneladas – o consumo interno gira em torno de 12 milhões de toneladas a 13 milhões de toneladas. Portanto, o desafio é o de reduzir as compras e aumentar a produção.

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