Economia

ECONOMIA

Governo usa maioria em comissão e nova taxa para o BNDES vai a plenário

Governo usa maioria em comissão e nova taxa para o BNDES vai a plenário

Mariana Carneiro, Folhapress

23/08/2017 - 14h32
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A comissão que analisa a TLP aprovou a criação da nova taxa de juros para os empréstimos do BNDES na manhã desta quarta (23). A proposta segue agora para o plenário da Câmara.

Os governistas têm pressa para votar a medida, uma vez que a medida provisória que cria a TLP vence em 6 de setembro. Se não votar até a data, a medida perde a validade.

A votação na comissão foi acompanhada pela equipe econômica em peso. O Ministério da Fazenda e o Banco Central enviaram secretários e diretores para seguir o debate e esclarecer dúvidas de parlamentares.
A criação da taxa recebeu 17 votos a favor e seis contra.

Para os integrantes da equipe econômica, a mudança reduzirá os subsídios às empresas, o que ajudará a diminuir os gastos do governo no futuro, e contribuirá para a redução das taxas de juros no país.

Os críticos da medida, entre os quais o senador José Serra (PSDB-SP), argumentam que a nova taxa será mais alta, o que vai encarecer os empréstimos e desestimulará os investimentos.

No primeiro embate da manhã, os parlamentares rejeitaram questionamento de Serra, que sustentava que a nova taxa representará gastos extras do governo, não descritos na medida provisória, como manda a constituição.

O argumento de Serra é que, com uma taxa mais alta nos empréstimos do banco, os subsídios para bancar taxas ainda mais baixas para o setor agrícola vão aumentar.

"Ou aumentará a despesa do governo ou aumentará o juro cobrado ao setor agrícola", disse Serra.
O senador criticou ainda o fato de a nova taxa ter sido proposta por meio de medida provisória, o que não permitiu uma discussão mais alentada do tema no Congresso.

Segundo o economista José Roberto Afonso, especialista em contas públicas e ex-funcionário do BNDES, a nova taxa será mais elevada e isso aumentará o custo do Tesouro para bancar taxas mais baixas ao setor agrícola.

"Só diminuirá o gasto [com subsídios] se o governo diminuir o total emprestado, não duvido que travem o crédito rural. É a única hipótese de não aumentar o custo", disse Afonso. "Precisa contar isso para a bancada ruralista".

Membros da equipe econômica argumentam que a hipótese não se sustenta.

Os gastos com subsídios ao setor agrícola são discutidos anualmente e aprovados no Congresso, no Plano Safra. Ou seja, não haveria risco de aumento de gastos sem passar pelo Orçamento.

Além disso, não se pode afirmar que a TLP será mais alta, uma vez que ela largará no mesmo valor da atual TJLP (hoje em 7% ao ano) e a sua fixação seguirá o título NTN-B, cuja trajetória tem sido descendente.

Vencido nesse ponto, Serra apresentou proposta alternativa de manter a atual taxa do BNDES, a TJLP, para empréstimos com recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), e adotar a TLP apenas para remunerar o Tesouro sobre os quase R$ 500 bilhões que injetou no banco.

Outro a apresentar proposta alternativa foi o deputado Afonso Florence (PT-BA), que sugeriu ao governo elevar a TJLP como forma de reduzir os subsídios, porém mantendo a existência do atual instrumento.
Ambas as sugestões não prosperaram e o texto original do governo segue para o plenário da Câmara. Governistas querem colocar o tema em votação ainda nesta quarta.

A oposição tentou medidas para obstruir a votação, mas o governo usou sua maioria e votou a favor da proposta de criação da nova taxa.

Presidente da comissão, o senador Lindberg Farias (PT-RJ) disse que nova taxa cria "insegurança" à retomada do investimento, após a recessão.

"Parece que este governo está sem rumo", disse. "Vamos travar o país".

Ex-presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), o senador Armando Monteiro (PSB-PE) voltou a defender que pequenas e médias empresas tenham condições mais favoráveis nos empréstimos do BNDES, mas defendeu que todos os subsídios sejam explícitos no Orçamento, o que não ocorre nos empréstimos do banco.

"Eu voto favoravelmente à proposta do governo imaginando a contribuição para a redução dos juros estruturais", disse Monteiro.

LOTERIA

Resultado da Lotomania de ontem, concurso 2731, quarta-feira (05/02): veja o rateio

A Lotomania tem três sorteios semanais, às segundas, quartas e sextas, sempre às 20h; veja quais os números sorteados no último concurso

06/02/2025 08h35

Confira o resultado da Lotomania

Confira o resultado da Lotomania Foto: Divulgação

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 2731 da Lotomania na noite desta quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025, a partir das 20h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 1,9 milhão. Nenhuma aposta saiu vencedora e o prêmio acumulou para R$ 2,6 milhões.

  • 20 acertos - Não houve acertador;
  • 19 acertos - 6 apostas ganhadoras (R$ 35.704,27 cada);
  • 18 acertos - 71 apostas ganhadoras (R$ 1.885,79 cada);
  • 17 acertos - 516 apostas ganhadoras (R$ 259,47 cada);
  • 16 acertos - 3154 apostas ganhadoras (R$ 42,45 cada);
  • 15 acertos - 13351 apostas ganhadoras (R$ 10,02 cada);
  • 0 acertos - Não houve acertador;

Confira o resultado da Lotomania de ontem!

Os números da Lotomania 2731 são:

  • 01 - 11 - 24 - 36 - 26 - 93 - 30 - 31 - 58 - 06 - 41 - 53 - 37 - 10 - 15 - 45 - 72 - 88 - 95 - 50

O sorteio da Lotomania é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal oficial da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: Lotomania 2732

Como a Lotomania três sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na sexta-feira, 7 de fevereiro, a partir das 20 horas, pelo concurso 2732. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Lotomania é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 3,00 para um jogo simples. 

O apostador  marca entre 50  números, dentre os 100 disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 20, 19, 18, 17, 16, 15 ou nenhum número.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 2, 4 ou 8 concursos consecutivos através da Teimosinha.

Outra opção é efetuar uma nova aposta com o sistema selecionando os outros 50 números não registrados no jogo original, através da Aposta-Espelho.

Como jogar na Lotomania

Os sorteios da Lotomania são realizados às segundas, quartas e sextas-feiras, sempre às 19h (horário de MS).

O apostador  marca entre 50  números, dentre os 100 disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 20, 19, 18, 17, 16, 15 ou nenhum número.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 2, 4 ou 8 concursos consecutivos através da Teimosinha.

Outra opção é efetuar uma nova aposta com o sistema selecionando os outros 50 números não registrados no jogo original, através da Aposta-Espelho.

O preço da aposta é único e custa  R$ 3,00.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

A aposta é única, com 50 dezenas, e a probabilidade de acertar 20 números e ganhar o prêmio milionário é de 1 em 11.372.635 segundo a Caixa.

Para 0 números, que a Lotomania também premia, a probabilidade é a mesma, de 1 em 11.372.635.

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CONTAS EM ATRASO

Lista do nome sujo em MS ganha mais 90 mil pessoas

Dados da Serasa apontam que o número de inadimplentes no Estado saiu de 1,039 milhão, em dezembro de 2023, para 1,129 milhão, no ano passado

06/02/2025 08h30

Mato Grosso do Sul terminou o ano passado com aumento de 8,6% no total de inadimplentes

Mato Grosso do Sul terminou o ano passado com aumento de 8,6% no total de inadimplentes Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Mato Grosso do Sul terminou o ano passado com aumento de 8,6% no total de inadimplentes. De acordo com os dados do Mapa da Inadimplência e Negociação de Dívidas da Serasa, enviados com exclusividade ao Correio do Estado, o número de inadimplentes saiu de 1,039 milhão, em dezembro de 2023, para 1,129 milhão, no último mês de 2024. Foram 90,2 mil pessoas a mais com o nome sujo no período de um ano. 

O número total de pessoas inadimplentes no Estado corresponde a metade da população economicamente ativa, que é de 2,147 milhões, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No comparativo bianual, a alta é ainda maior, chega a 14%. Em 2022, 991 mil pessoas estavam na lista do nome sujo.

Para os analistas ouvidos pelo Correio do Estado, o período pós-pandemia de Covid-19 agravou a situação de endividamento e inadimplência da população. O mestre em Economia Eugênio Pavão explica que muitas dessas dívidas se arrastam há alguns anos. 

“A pandemia trouxe muita dívida para a população, algumas não conseguem quitar essas contas, necessitando de recursos extras para isso, entrando em novas dívidas para pagar as antigas”, avalia.

Segundo o economista Eduardo Matos, o sistema financeiro brasileiro é bastante democrático, o que não é necessariamente ruim, mas pode ser prejudicial, em função da falta de educação financeira.

“Um acesso mais facilitado a instrumentos de crédito de alto risco, como os cartões de crédito e limite do cheque especial, que se tornam armas na mão do cidadão brasileiro. Porque, a partir do momento em que ele tem à sua disposição esse tipo de crédito, ele usará e, em muitos casos, usará até mesmo sem pensar ou vai interpretá-lo como uma extensão de sua renda, o que não é verdade”, considera Matos.

Ainda conforme os dados da Serasa, o valor médio das dívidas de cada inadimplente no Estado é de R$ 6.030, já o montante total passou para R$ 6,813 bilhões, a partir de 4,688 milhões de contas não pagas.

O relatório ainda detalha que a maioria (52,3%) dos inadimplentes em Mato Grosso do Sul são do sexo masculino, contra 47,7% do sexo feminino.

Nas faixas etárias, as pessoas com idade entre 41 anos e 60 anos são a maioria dos que têm contas em atraso (35%), seguidas da população com idade entre 26 anos e 40 anos (34,7%). Na sequência estão as pessoas acima de 60 anos (18,4%), e os que têm até 25 anos são os menos inadimplentes (11,8%). 

RENDIMENTO

Outro ponto mencionado pelos economistas é a baixa renda da população. Pavão aponta que entre os que ganham um salário mínimo o inadimplemento é ainda maior. 

“Os salários não dão conta dos pagamentos das necessidades básicas, mesmo com o aperto monetário, o salário mínimo não contempla as necessidades básicas”, conclui.

Matos ainda destaca que a inflação dos alimentos, que em Campo Grande foi a maior do País em 2024, chegando a 11,3%, ante os 8,23% registrados na média nacional. 

“Podemos, de certa forma, colocar essa culpa, por assim dizer, na inflação, em especial a de alimentos. Logicamente, as pessoas não vão deixar de se alimentar, não vão deixar de consumir alimentos, porque faz parte de algo essencial à vida humana. Então, a partir do momento em que há um aumento do preço dos alimentos, o brasileiro que já tem uma renda limitada passa a ter que decidir qual item vai consumir ou qual conta vai priorizar”, analisa o economista.

DICAS

A inadimplência ocorre quando uma pessoa ou empresa deixa de cumprir uma obrigação financeira dentro do prazo estipulado para pagamento. De acordo com a Serasa, esse atraso pode gerar diversas consequências negativas, tanto para o devedor quanto para a economia em geral.

Os economistas consultados pelo Correio do Estado apontam ser importante tanto tentar não entrar na lista de negativados quanto sair dela. Matos ressalta que o primeiro passo é o planejamento.

“É preciso se conhecer antes de qualquer tipo de atitude que deve ser tomada. E, no caso da educação financeira, é necessário ter o autoconhecimento de todas as receitas e todos os seus gastos para montar um orçamento. Dessa forma, fica mais fácil para a próxima etapa, sendo [ela] o corte de gastos”. 

“Aqueles que estão inadimplentes, infelizmente, não têm outra forma a não ser cortar gastos. Seja substituindo itens que são de uso corriqueiro por itens mais baratos, seja cortando realmente, sem qualquer tipo de substituto”, indica. 

O economista ainda pontua que só é indicado tomar um empréstimo caso os juros da linha de crédito sejam menores que os pagos para o credor original. 

“No entanto, isso é um equilíbrio. Uma taxa de juros menor geralmente implica em um prazo menor também. Então, é preciso ter essa noção do seu fluxo de entradas e saídas e adotar uma parcela que cabe no seu bolso, com uma taxa de juros atrativa. Todos esses itens devem ser pensados e devem ser pesados na hora de tomar uma decisão”, finaliza Matos.

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