Economia

FECHANDO O CERCO

Hotéis que sonegam ISS
estão na mira da prefeitura

Esscolas particulares também estão sendo investigadas

Continue lendo...

A Prefeitura de Campo Grande iniciou a fiscalização em 120 hotéis da Capital para identificar e coibir a sonegação do pagamento de impostos. A principal fiscalização é referente ao Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN). 
De acordo com o secretário municipal de Finanças e Planejamento, Pedro Pedrossian Neto, a intenção da prefeitura não é  “amedrontar” os empresários do setor. “Não é terrorismo fiscal, mas um chamamento para os que estão faltando com o Fisco municipal. Então, já nos alinhamos com o setor e está caminhando bem. Hoje, não adianta só cortar custos dentro da prefeitura, você precisa ter mais eficiência na arrecadação. Nós estamos fazendo uma série de coisas para implementar aumentos no ISS, não o aumento de alíquota, mas aumento da fiscalização para coibir os sonegadores”, explica.

A inspeção será realizada com o cruzamento dos dados da rede hoteleira. “A fiscalização apura o faturamento efetivo dos estabelecimentos, em alguns casos cruzando a movimentação bancária e financeira com o valor declarado para o Fisco”, informou Pedrossian Neto. O secretário se reuniu com representantes do setor, os quais foram alertados sobre as visitas técnicas que serão feitas. 

“É natural que seja realizada essa fiscalização, não só no setor hoteleiro como em outros. A prefeitura está certíssima, a associação sempre orienta seus filiados a estarem em dia com os impostos. É importante ressaltar que não é uma ‘caça às bruxas’”, comentou o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Mato Grosso do Sul (Abih-MS), Marcelo Mesquita.

ORIENTAÇÃO

O presidente da Abih-MS ainda informou que a orientação, tanto da prefeitura quanto da associação, é de que os próprios empresários confessem a dívida. “Estamos supertranquilos. Mas, àqueles que não estiverem fazendo tudo certo, a gente orienta que procurem a gestão municipal e digam voluntariamente que estão com alguma pendência, para que possam resolver da melhor maneira possível”, complementou Mesquita.

A prefeitura explica que não há como dimensionar o valor que será arrecadado. “No caso, é sonegação, que é diferente de inadimplência. Não se confessa a dívida quando se omite a informação. Quando a empresa está inadimplente, ela emite uma nota e, na hora de pagar, não paga. Sonegação é quando diz não faturei, ele omite do Fisco esse faturamento. Não é generalizado, não se pode tratar todos da mesma forma, mas há casos de sonegação”, exemplifica o secretário.

ESCOLAS

Uma investigação da mesma natureza é realizada desde o mês de agosto junto às escolas particulares. A expectativa do município é de que, com o recolhimento do tributo por todas as instituições de ensino privadas da cidade, a arrecadação municipal anual possa ter um incremento de até R$ 6 milhões. 

São cerca de 94 escolas que contam com 43 mil alunos na rede privada. Nos últimos meses, a Prefeitura de Campo Grande cruzou os dados do Censo Escolar do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) com as informações declaradas pelas escolas privadas. Houve incompatibilidade entre os números declarados pelas instituições de ensino ao governo federal e ao Fisco municipal. Em alguns casos, não houve recolhimento de imposto algum para o município. 

Conforme Pedrossian Neto, há muitas instituições de ensino em dia com o Fisco, mas também existem outras que não apresentaram os dados corretos para a devida tributação. Os nomes das escolas em que o recolhimento de impostos ao município aparentemente está irregular não foram informados pelas autoridades. Algumas delas, como as confessionais (mantidas por igrejas), estão imunes às cobranças em razão de seu status filantrópico. 

No caso dos impostos verificados em atraso, o município deverá negociar o parcelamento das dívidas. Há também situações mais sensíveis, em que os dados foram omitidos do poder público. Nesta circunstância, é esperada uma confissão de dívida por parte dos contribuintes, para que não ocorram sanções penais.

Dor de cabeça

Insatisfeitos, donos de carros da chinesa BYD vão à Justiça em Mato Grosso do Sul

Casos envolvem veículos de alto valor, além de atendimento frustrado e tentativas fracassadas de resolução com a fábrica

22/03/2025 08h30

Veículo BYD Song, híbrido similar ao que dois clientes insatisfeitos compraram e tiveram de conviver com alguns defeitos

Veículo BYD Song, híbrido similar ao que dois clientes insatisfeitos compraram e tiveram de conviver com alguns defeitos Gerson Oliveira / Correio do Estado

Continue Lendo...

Problemas nos carros da fábrica chinesa Build Your Dreams (BYD) já estão batendo na porta do Poder Judiciário em Mato Grosso do Sul. O Correio do Estado encontrou várias ações judiciais de clientes insatisfeitos com os automóveis da montadora, que produz carros elétricos e híbridos.

Nessas ações, os pedidos são dos mais variados: desfazimento do negócio e restituição do valor pago, substituição do veículo defeituoso por um automóvel novo e indenizações por danos morais.

Na ação mais recente, o empresário José Rodolfo Gadotti, de Sidrolândia cidade distante 60 km de Campo Grande , pede a substituição de seu SUV BYD Song Plus GS DMi, versão top de linha do veículo híbrido, o qual conta com dois propulsores, um a combustão e outro elétrico, interdependentes.

O motivo do pedido ajuizado na Justiça neste mês são as tentativas frustradas de resolver o problema do automóvel, cuja chave eletrônica por aproximação não funciona.

Em condições ideais, o equipamento que utiliza a tecnologia NFC (a mesma dos cartões de crédito) abriria ou fecharia o veículo simplesmente com a aproximação do dono, desde que ele esteja com a chave habilitada em seu celular ou smartwatch. Para piorar, o veículo apresentava ruídos no painel problema, aliás, também relatado por outros proprietários.

A modernidade do sistema de abertura NFC, contudo, não valeu de nada para o empresário de Sidrolândia. Ele fez o primeiro contato com a concessionária da marca em Campo Grande, a Original Xangai Veículos, em 18 de setembro de 2024. 

Na ocasião, o problema não foi resolvido, e os técnicos da montadora, em São Paulo (SP), tiveram de entrar em ação.

Foram vários telefonemas, além de videochamadas entre os técnicos de São Paulo e de Campo Grande, e nada do problema ser resolvido. Até mesmo a fábrica na China foi comunicada.

A gota d'água que transbordou toda a insatisfação de Gadotti caiu no dia 7 de fevereiro, quando as peças que vieram da China e que prometiam resolver o problema foram trocadas e instaladas. Mas nada foi resolvido.

Agora, Gadotti vai à Justiça. Ele quer a substituição do veículo por outro com as mesmas características ou mais equipado, além de pelo menos R$ 20 mil de indenização. O veículo custou a ele R$ 209 mil.

RUÍDO E MAU CHEIRO

O advogado Pedro Henrique Negrão Lourenço também teve problemas com o mesmo modelo de SUV híbrido da BYD. Ele quer a devolução dos R$ 189,8 mil que pagou no modelo Song Pro GL DM.

Em 26 de novembro de 2024, ele procurou a concessionária para comunicar um defeito no amortecedor esquerdo, além de ruídos no painel. O veículo ficou inutilizado por quase 20 dias, tendo sido devolvido com o amortecedor substituído em 17 de dezembro.

Quando pegou o carro de volta, o ruído persistia. Ainda, um novo problema surgiu: um mau cheiro saindo do ar-condicionado. Em janeiro deste ano, o problema no amortecedor voltou, e uma nova substituição só foi agendada para fevereiro.

O advogado Pedro Henrique Negrão Lourenço, que advoga em causa própria, cansou do atendimento e dos problemas não resolvidos. Agora, pede o valor pago à empresa chinesa e à concessionária de volta. Ainda, solicita mais R$ 50 mil em indenização por danos morais.

VIRAL

O terceiro caso envolvendo um cliente sul-mato-grossense insatisfeito com os carros chineses da BYD é o do dentista Leonardo Corrêa Miranda. Ele tinha uma caminhonete híbrida BYD Shark e teve a sua primeira surpresa desagradável no dia 22 de novembro do ano passado.

Quando viajava de Campo Grande para Cuiabá (MT), o motor a combustão sofreu um dano gravíssimo ao passar perto da cidade de Coxim. Ali, a caminhonete dele praticamente chegou ao fim.

Até o fim daquele ano, ele teve muitas dificuldades com a empresa chinesa e sua equipe de pós-venda. O problema só foi resolvido quando ele postou um vídeo no Instagram que viralizou, obtendo mais de 70 mil curtidas.

A BYD, então, procurou Leonardo e firmou uma transação, com cláusula de confidencialidade, para desfazer o negócio. O dinheiro da picape com o motor fundido foi devolvido  um total de R$ 379,8 mil.

A empresa chinesa, porém, contestou a ida de Leonardo à Justiça, que agora cobra R$ 10 mil de indenização por danos morais. No contrato em que recebeu o dinheiro de volta e devolveu a picape defeituosa, o dentista assinou uma cláusula de confidencialidade que também afirmava que todas as pendências relativas ao negócio estavam encerradas. Na contestação, a BYD pede que o processo tramite em sigilo.

Em nenhum dos três processos mencionados nesta reportagem há decisões terminativas.

Fábrica no Brasil

A BYD iniciou suas operações no Brasil em 2015, com a instalação de uma fábrica de montagem de chassis de ônibus elétricos em Campinas, no interior de São Paulo. No mesmo ano, a empresa também inaugurou um centro de pesquisa e desenvolvimento voltado à energia solar.

Em 2017, passou a operar uma segunda planta voltada à produção de módulos fotovoltaicos. A presença da BYD no País cresceu com a abertura de concessionárias e com o início das importações de veículos elétricos e híbridos plug-in, ampliando o seu portfólio no setor automotivo brasileiro.

Em 2023, a empresa anunciou a construção de um complexo industrial na cidade de Camaçari (BA), no espaço antes ocupado pela fábrica da Ford. 

O projeto previa três unidades: uma voltada à produção de veículos elétricos e híbridos, outra para fabricação de chassis de ônibus elétricos e uma terceira para o processamento de lítio e ferro fosfato, matérias-primas essenciais para a produção de baterias.

O investimento estimado ultrapassa os R$ 3 bilhões, com geração de aproximadamente 5 mil empregos diretos e indiretos, segundo projeções da própria montadora e do governo baiano.

Para o futuro, a BYD planeja expandir a sua participação no mercado brasileiro, por meio da nacionalização de sua produção, com expectativa de iniciar a montagem de veículos ainda neste ano. A empresa também pretende ampliar a rede de concessionárias, consolidando-se como fornecedora de soluções em mobilidade elétrica.

Paralelamente, a marca chinesa mantém foco em parcerias para fomentar a cadeia produtiva de componentes estratégicos e na integração entre seus setores de transporte, energia renovável e armazenamento energético no País.

Assine o Correio do Estado

LOTERIA

Resultado da Lotofácil de ontem, concurso 3348, sexta-feira (21/03): veja o rateio

A Lotofácil é uma das loterias mais populares no Brasil, com sorteios realizados seis vezes por semana, de segunda a sábado; veja números sorteados

22/03/2025 08h25

Confira o resultado da Lotofácil

Confira o resultado da Lotofácil Divulgação

Continue Lendo...

A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 3348 da Lotofácil na noite desta sexta-feira, 21 de março de 2025, a partir das 20h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 1,7 milhão. Duas apostas acertaram as 15 dezenas e dividiram o prêmio máximo.

  • 15 acertos - 2 apostas ganhadoras (R$ 706.399,78 cada);
  • 14 acertos - 262 apostas ganhadoras (R$ 1.615,22 cada);
  • 13 acertos - 9.375 apostas ganhadoras (R$ 30,00 cada);
  • 12 acertos - 127.751 apostas ganhadoras (R$ 12,00 cada);
  • 11 acertos - 638.567 apostas ganhadoras (R$ 6,00 cada);

Três apostas de MS acertaram 14 números.

Confira o resultado da Lotofácil de ontem!

Os números da Lotofácil 3348 são:

  • 05 - 13 - 07 - 22 - 18 - 25 - 09 - 10 - 23 - 20 - 02 - 21 - 04 - 24 - 08

O sorteio da Lotofácil é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal oficial da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: 3349

Como a Lotofácil tem seis sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre no sábado, 22 de março, a partir das 20 horas, pelo concurso 3349. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Lotofácil é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 3,00 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 15 dente as 25 dezenas disponíveis, e fatura prêmio se acertar 11, 12, 13, 14 ou 15 números.

Como apostar na Lotofácil

Os sorteios da Lotofácil são realizados diariamente, às segundas, terças, quartas, quintas, sextas-feiras e sábados, sempre às 19h (horário de MS).

O apostador marca entre 15 e 20 números, dentre os 25 disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 11, 12, 13, 14 ou 15 números.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 12, 18 ou 24 concursos consecutivos através da Teimosinha.

A aposta mínima, de 15 números, custa R$ 3,00.

Os prêmios prescrevem 90 dias após a data do sorteio. Após esse prazo, os valores são repassados ao Tesouro Nacional para aplicação no FIES - Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior.

É possível marcar mais números. No entanto, quanto mais números marcar, maior o preço da aposta.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

Para a aposta simples, com 15 dezenas, que custa R$ 3,00, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 3.268.760, segundo a Caixa.

Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 211, ainda segundo a Caixa.

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).