Porém, não basta implantar um conjunto habitacional para garantir elevação dos preços dos imóveis. É necessário que, junto com essas moradias, venham os supermercados, farmácias, posto de saúde, enfim, toda uma infraestrutura, para que a região deixe de ser dependente da região central. O presidente do Secovi (Sindicato das Empresas Imobiliárias de Mato Grosso do Sul), Marcos Augusto Netto, defende essa visão de mercado e frisa que os negócios realmente estão aquecidos. “Mas não dá para o proprietário subir o valor do imóvel o quanto desejar. Não vai vender”, destaca.
“Sempre tivemos lotes e terrenos, bons engenheiros, demanda por imóvel e material de construção. Mas o que provocou esse boom no mercado imobiliário, foi o financiamento habitacional. As mudanças feitas nos contratos, não só atraíram os futuros mutuários, como incentivaram a maioria dos bancos a voltar com este tipo de financiamento”, diz.
Segundo Netto, “de 2004 para cá, quando foram feitos ajustes imobiliários, principalmente sobre garantia de recebimentos das parcelas aos bancos, o dinheiro apareceu. Além disso, a instituição ainda tem outro ganho: fideliza o cliente por pelo menos 20 anos. Já o mutuário também está tranquilo, porque depois de pagar a última parcela do empréstimo, não tem saldo devedor”, analisa.
Além do crescimento na comercialização de imóveis e dos financiamentos, Netto frisa que o mercado da revenda de material de construção, também está em franco crescimento. Essa é a consequência, segundo ele, da disponibilidade de recursos para a habitação durante os últimos quatro anos. De acordo com Netto, “estamos experimentando o que o mundo já fez. E quando isso acontece, temos o desenvolvimento”, avalia.