Economia

ENERGIA LIMPA

Indecisão da Aneel inviabiliza a expansão do mercado de energia solar

Projeto quer regulamentar cobranças de taxas para incentivar crescimento

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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)  abriu em outubro de 2019, consulta pública para alterar as regras sobre a distribuição da energia solar fotovoltaica. Com a mudança, o mini e o microgerador de energia solar seria taxado em até 68%, e passaria a pagar pelo uso da rede da distribuidora e também pelos encargos cobrados na conta de luz. A Agência ainda não chegou a uma decisão quase oito meses depois. A indefinição da reguladora freou o crescimento do setor no Estado e em todo o País.

A energia solar representa 1,6% da matriz solar brasileira, conforme dados da agência. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o Brasil alcançou a marca de 200 mil instalações de geração distribuída da energia solar fotovoltaica. O número representa 0,3% dos 84,4 milhões de consumidores de energia do país.

Segundo o empresário Hewerton Martins, presidente do Movimento Solar Livre (MSL), a indecisão sobre o tema impactou em retração no segmento. “Para este ano havia projeção de mais de 240 mil empregos na cadeia, agora devemos repetir os números de 2019 em 150 mil empregos no setor solar. Para a retomada do crescimento é essencial a aprovação do Projeto de Lei  2215/2020”, frisou Martins.

PROJETO DE LEI

O deputado federal por Mato Grosso do Sul, Beto Pereira (PSDB), é autor do projeto que é tratado como marco regulatório da energia solar no País. Segundo o deputado, caso a resolução da Aneel prosperasse  aconteceria a inviabilização do setor que vinha em franco desenvolvimento. “O setor que estava tendo investimentos fortes por parte da iniciativa privada deixaria de ser interessante. Com a taxação, em um investimento que você iria começar a ter algum tipo de lucro depois de quatro, cinco anos, você só passaria a ter vantagem depois de 15 ou 20 anos, com uma placa que tem validade de 25, a conta não batia. Os que pretendiam fazer investimentos do meio do ano passado para cá, ninguém começou o negócio”, explicou o deputado.

O PL2215/2020 foi apresentado em março pelo deputado. O intuito é criar uma regulamentação para a mini e microgeração de energia para garantir e incentivar a geração de energia limpa. “O projeto dá garantias que até que a geração de energia fotovoltaica do País atinja o percentual de 15%, não haverá nenhum tipo de taxa. Apenas a partir do momento em que se alcance 15,01%, comece uma progressividade de cobrança na distribuição. Enquanto for até 15% a distribuição vai ter que suportar sozinha”, explicou Pereira.

O deputado ainda justificou que é uma política de incentivo, porque hoje ainda existe um déficit energético que é suprido pelas termoelétricas, que são movidas a carvão, gás natural ou óleo diesel, que além de poluentes são caras.  

TRAMITAÇÃO

Sobre a tramitação, Beto Pereira explica que na semana passada foi apresentado requerimento de urgência para que o projeto seja apreciado mais rapidamente. “O requerimento exigia 257 assinaturas de deputados ou líderes e mediante o documento que contou com 354 assinaturas, agora o presidente da casa, Rodrigo Maia, pode pautar o projeto no Plenário e não nas comissões. O líder do governo já me pediu o projeto para discutir o tema como ministério da Minas e Energia, Casa Civil e o Ministério da Economia, para que aí a gente tenha um acordo entre líderes para que possamos começar a apreciar o projeto”, ressaltou o deputado.  

ENERGIA

O presidente do MSL, defende a importancia da aprovação do projeto para ajudar as pequenas e médias empresas  a reduzirem seus custos de energia. “Sabemos que o setor elétrico recebeu mais de R$ 15 bilhões que serão pagos por nós consumidores, a partir de 2021, com os reajustes tarifários. Os pequenos negócios precisam de segurança jurídica para investirem na energia solar e manterem empregos”, completou Martins.

Durante live organizada pelo movimento, o titular da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, ressaltou a importância da aprovação da proposta, em especial para pequenos e médios negócios e para a agricultura.  

“O Governo de Mato Grosso Sul tem apoiado o uso da energia solar por entendê-la como estratégica para o desenvolvimento sustentável e o debate sobre o PL 2215. Bem como o trabalho junto aos deputados federais para conseguir a sua aprovação é fundamental para a retomada da economia no pós-covid”, disse Verruck.

Com a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) houve uma desestruturação na lógica de custo das empresas. “O cenário futuro aponta para uma recomposição tarifária que pode chegar a 30%. Por isso, para a retomada da economia no pós-covid é fundamental que asseguremos a energia solar, mas primeiro temos de resolver a questão do capital de giro das empresas para que elas se mantenham. Em seguida, atuar na questão do crédito para compra de placas. O problema, no momento, não é recurso, mas fazer com que ele chegue efetivamente ao empresário”, reforçou.

O secretário ainda destacou que a agricultura em Mato Grosso do Sul tem avançado no uso da energia solar. “Nosso entendimento é de que a pauta da energia solar é estratégica para o país. Temos o apoio da ministra Tereza Cristina, de órgãos do governo federal e de instituições do setor privado. Sabemos que há um lobby contrário à aprovação do PL 2215, mas ele é pontual, passível de convencimento. No médio e longo prazo, nenhum país pode prescindir do uso de energia solar. Não há como ser contra ao incentivo à energia solar”, finalizou Verruck.

INDEFINIÇÃO

A Aneel ainda discute o assunto. A agência concluiu a audiência pública sobre o assunto em dezembro de 2019 e inicialmente publicaria a resolução nos primeiros meses de 2020. “A consulta pública sobre o tema continua em fase de análise de contribuições e, não temos data prevista ainda para deliberação do assunto em reunião de diretoria da Aneel”, informou ao Correio do Estado em nota. 

MATO GROSSO DO SUL

Indústria de MS fecha trimestre com o melhor valor de receita da série histórica

Com cerca de 669 milhões de dólares em março, montade desde janeiro soma cerca de 6,3 bilhões na moeda nacional

17/04/2025 11h00

Exportações industriais deste ano já somam US$1,83 bilhão entre janeiro e março

Exportações industriais deste ano já somam US$1,83 bilhão entre janeiro e março Reprodução/Fiems

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Após o melhor começo de ano da série histórica, a receita gerada em março da exportação de industrializados em Mato Grosso do Sul mantém o índice crescente observado neste ano, com o balanço do Observatório da Indústria registrando recorde também para esse terceiro mês. 

Ferramenta da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul (Fiems), o Observatório indica que a exportação de produtos industriais do Estado alcançou US$669,1 milhões em março, o que corresponde a quase quatro bilhões de reais. 

Sendo esse o melhor desempenho para o mês de março em toda a série histórica, o aumento percentual na comparação com o mesmo período de 2024 representa um crescimento de 52% do índice. 

O acumulado do trimestre também representa um aumento de 34%, em comparação com o mesmo período de 2024, com as exportações industriais deste ano já somando US$1,83 bilhão Entre janeiro e março, cerca de 6,3 bilhões na moeda nacional. 

Diante desses valores, a Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul indica que o valor de U$1,83 bilhão ficar marcado como o maior já registrado para o período de janeiro a março da série histórica.

Cabe lembrar que, segundo a Fiems, a receita com exportações de industrializados registrou o melhor resultado da série histórica em janeiro deste ano: US$703,3 milhões e um crescimento de 48% em relação ao mesmo mês de 2024. 

Análise do desempenho

Economista-chefe da Fiems, Ezequiel Resende aponta que, em participação relativa, a indústria representa 60% da receita dos exportados sul-mato-grossenses no mês de março, volume que cresce para 73% no acumulado do ano.

"Em relação aos segmentos, os principais destaques ficaram por conta da fabricação de celulose; complexo frigorífico; das indústria de processamento da soja e do milho; da extração do minério de ferro e manganês e das usinas de açúcar e etanol, que somados responderam por 95% de toda a receita de exportação da indústria sul-mato-grossense até aqui", expõe o economista. 

Conforme a Federação em nota, a receita acumulada no grupo celulose e papel foi de US$922,5 milhões, um total de 1,79 milhão de toneladas exportadas, com preço médio em US$514 por tonelada. 

Entre  carnes desossadas congeladas e refrigeradas de bovino e peito de frango desossado e congelado, o complexo frigorífico somou US$473,2 milhões em exportações na atividade do trimestre. 

O embarque de 131,4 mil toneladas no período entre janeiro e março, com preço médio de US$3.600 por tonelada, representou crescimento de 34% na receita gerada com essas exportações. 

Nos produtos, há seis itens que lideram a pauta de exportação e proporcionaram receita de U$ 1,7 bilhão até o momento, sendo: 

  •  U$920 milhões - celulose 
  •  U$337 milhões - Carne bovina congelada ou refrigerada
  •  U$168 milhões - farelos e óleos de soja e milho 
  •  U$83 milhões  - frango congelado inteiro ou pedaços
  •  U$76 milhões  - açúcar
  •  U$72 milhões  - minério de ferro. 

Das parcerias comerciais, apesar de vender para 124 países, Ezequiel indica que 12 países que foram responsáveis por 76% de tudo o que a indústria vendeu até agora em 2025:  China, Chile, EUA, Holanda, Itália, Índia, Uruguai, Turquia, Indonésia, Bangladesh, Argentina e Alemanha. 
**(Com assessoria)

 

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LOTERIA

Resultado da Lotofácil de ontem, concurso 3370, quarta-feira (16/04): veja o rateio

A Lotofácil é uma das loterias mais populares no Brasil, com sorteios realizados seis vezes por semana, de segunda a sábado; veja números sorteados

17/04/2025 10h15

Resultado da Lotofácil

Resultado da Lotofácil Divulgação

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 3370 da Lotofácil na noite desta quarta-feira, 16 de abril de 2025, a partir das 20h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 8 milhões. Duas apostas acertaram tudo e dividiram o prêmio máximo.

  • 15 acertos - 2 apostas ganhadoras (R$ 4.192.450,97 cada);
  • 14 acertos - 540 apostas ganhadoras (R$ 2.111,95 cada);
  • 13 acertos - 19.374 apostas ganhadoras (R$ 30,00 cada);
  • 12 acertos - 242.585 apostas ganhadoras (R$ 12,00 cada);
  • 11 acertos - 1.348.591 apostas ganhadoras (R$ 6,00 cada).

Seis apostas de MS acertaram 14 números.

Confira o resultado da Lotofácil de ontem!

Os números da Lotofácil 3370 são:

  • 09 - 05 - 25 - 12 - 06 - 11 - 17 - 08 - 14 - 07 - 18 - 24 - 02 - 23 - 10

O sorteio da Lotofácil é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal oficial da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: 3371

Como a Lotofácil tem seis sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na quinta-feira, 17 de abril, a partir das 20 horas, pelo concurso 3371. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Lotofácil é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 3,00 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 15 dente as 25 dezenas disponíveis, e fatura prêmio se acertar 11, 12, 13, 14 ou 15 números.

Como apostar na Lotofácil

Os sorteios da Lotofácil são realizados diariamente, às segundas, terças, quartas, quintas, sextas-feiras e sábados, sempre às 19h (horário de MS).

O apostador marca entre 15 e 20 números, dentre os 25 disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 11, 12, 13, 14 ou 15 números.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 12, 18 ou 24 concursos consecutivos através da Teimosinha.

A aposta mínima, de 15 números, custa R$ 3,00.

Os prêmios prescrevem 90 dias após a data do sorteio. Após esse prazo, os valores são repassados ao Tesouro Nacional para aplicação no FIES - Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior.

É possível marcar mais números. No entanto, quanto mais números marcar, maior o preço da aposta.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

Para a aposta simples, com 15 dezenas, que custa R$ 3,00, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 3.268.760, segundo a Caixa.

Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 211, ainda segundo a Caixa.

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