Economia

ECONOMIA

Índice de Confiança do Empresário Industrial fica estável pelo 3º mês

Índice de Confiança do Empresário Industrial fica estável pelo 3º mês

AGÊNCIA BRASIL

18/10/2019 - 13h07
Continue lendo...

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) ficou praticamente estável em 59,3 pontos em outubro, pelo terceiro mês consecutivo, informou hoje (18) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Para a entidade, esse resultado mostra que a confiança do empresário industrial segue elevada.

Com a queda de apenas 0,1 ponto frente a setembro, o ICEI está 4,7 pontos acima da média histórica e 5,6 pontos superior ao registrado em outubro do ano passado. Os indicadores da pesquisa variam de zero a cem pontos. Quando estão acima dos 50 pontos mostram que os empresários estão confiantes.

O indicador de condições atuais alcançou 52,1 pontos e está, pelo terceiro mês consecutivo, acima da linha divisória dos 50 pontos, que separa da avaliação favorável para a desfavorável. O indicador de expectativas subiu para 62,8 pontos e está 5 pontos acima do registrado em outubro do ano passado, mostrando que os industriais estão otimistas com o desempenho das empresas e da economia nos próximos seis meses.

Índice sobe nas grandes indústrias

A confiança é maior entre as grandes indústrias. Nesse segmento, o índice ficou em 60,2 pontos. Nas médias empresas foi de 59,1 pontos e, nas pequenas, de 57,5 pontos. Nas regiões geográficas, o ICEI é maior entre os empresários do Norte (62 pontos) e do Centro-Oeste (61 pontos). No Nordeste, o indicador ficou em 59,8 pontos, no Sul em 59,2 pontos e, no Sudeste, em 57,9 pontos.

O ICEI antecipa tendências da economia. Empresários confiantes têm mais propensão a fazer investimentos, aumentar a produção e contratar trabalhadores. Tudo isso é fundamental para acelerar o crescimento da economia, explica a CNI.

Esta edição do ICEI foi feita entre 1º e 11 de outubro, com 2.452 empresas. Dessas, 978 são pequenas, 892 são médias e 582 são grandes.

serviço público

Com lucro diário de R$ 1,65 milhão, Energisa quer mais 30 anos em MS

Empresa teve Lucro líquido de R$ 603 milhões em 2024 e em seu balanço, divulgado neste sábado (22), oficializou o interesse em renovar a concessão

22/03/2025 11h05

A Energisa atua em 74 municípios de Mato Grosso do Sul e fechou 2024 com 1.152.666 clientes residencias, comerciais e industriais

A Energisa atua em 74 municípios de Mato Grosso do Sul e fechou 2024 com 1.152.666 clientes residencias, comerciais e industriais

Continue Lendo...

Com o contrato de concessão de 30 anos prestes a vencer, a Energisa fechou 2024 com lucro líquido diário de R$ 1,65 milhão e sob esta condição deixou claro que pretende renovar por mais três décadas, conforme balanço anual divulgado neste sábado (22). 

A concessão, assinada em 4 de dezembro de 1997, vence no dia 3 de dezembro de 2027. Porém, a renovação precisa ser feita pelo menos dois anos antes desta data para não haver o risco de o serviço ficar sem empresa responsável pela manutenção.

E, conforme as informações divulgadas pela Energisa neste sábado, “em junho de 2024, foi publicado pela Presidência da República, o Decreto 12.068/2024, autorizando a prorrogação das concessões de distribuição de energia elétrica cujo prazo final dos contratos se extinguem entre os anos de 2025 e 2031”. 

Mais adiante, em outubro de 2024, a ANEEL abriu período de consulta pública para coletar informações do setor para aprimoramentos da minuta dos contratos. Agora, em 25 de fevereiro, o processo foi concluído e os termos da prorrogação das concessões com a redação final dos contratos encaminhado para apreciação do Ministério de Minas e Energia. 

Depois disso, as concessionárias passaram a ter 30 dias para apresentarem para a ANEEL e Ministério de Minas e Energia o pedido de prorrogação. E, conforme o documento oficial divulgado neste sábado pela Energisa, “a Companhia mantém o interesse nas respectivas prorrogações de concessões”, que devem ser por um novo período de 30 anos. 

NOVO ÍNDICE

Depois da renovação do contrato, o índice de correção das tarifas deixa de ser o IGPM e passa a ser o IPCA, o que pode colocar um freio nos seguidos aumentos das contas de energia. Entre  2017 e 2022, por exemplo, o IGPM acumulado foi de 61,21%. No mesmo período, os preços corrigidos pelo IPCA subiram 28,42%. 

Mas, ao contrário daquilo que ocorreu em 1997, quando Escelsa (Espírito Santo Centrais Elétricas), desembolsou o equivalente a 570 milhões de dólares pela concessão (o equivalente a R$ 3,2 bilhões na cotação atual), desta vez ela deve ser gratuita. 

No contrato original, a concessionária tinha o direito de recuperar todo o investimento, o que foi pago pelos consumidores. E, como agora não haverá pagamento de outorga, os 1,152 milhão de consumidores que a Energisa tem nos 74 municípios nos quais atua ficarão livres desta conta. 

Depois de passar pelo controle da empresa capixaba, a antiga Enersul passou pelas mãos de mais dois grupos empresariais e somente em 2014 foi adquirida pelo grupo Energisa, uma empresa que nasceu no interior de Minas Gerais em 1905 e desde então atua no setor de energia. 

LUCRO 

Embora estratosférico, o lucro da concessionária em 2024 encolheu em 0,88% na comparação com o ano anterior, recuando de R$ 609 milhões para R$ 603,5 milhões. A queda no lucro do quarto trimestre, que em 2023 havia sido influenciado pelo aumento no consumo decorrente do forte calor, é uma das explicações. 

Além disso, a contabilidade da empresa destinou fatia maior para o pagamento de juros e despesas decorrentes das variações cambiais. Em 2023 haviam sido R$ 266 milhões, ante R$ 513 milhões contabilizados ao longo de 2024, quando o dólar chegou a superar os seis reais.

 

Dor de cabeça

Insatisfeitos, donos de carros da chinesa BYD vão à Justiça em Mato Grosso do Sul

Casos envolvem veículos de alto valor, além de atendimento frustrado e tentativas fracassadas de resolução com a fábrica

22/03/2025 08h30

Veículo BYD Song, híbrido similar ao que dois clientes insatisfeitos compraram e tiveram de conviver com alguns defeitos

Veículo BYD Song, híbrido similar ao que dois clientes insatisfeitos compraram e tiveram de conviver com alguns defeitos Gerson Oliveira / Correio do Estado

Continue Lendo...

Problemas nos carros da fábrica chinesa Build Your Dreams (BYD) já estão batendo na porta do Poder Judiciário em Mato Grosso do Sul. O Correio do Estado encontrou várias ações judiciais de clientes insatisfeitos com os automóveis da montadora, que produz carros elétricos e híbridos.

Nessas ações, os pedidos são dos mais variados: desfazimento do negócio e restituição do valor pago, substituição do veículo defeituoso por um automóvel novo e indenizações por danos morais.

Na ação mais recente, o empresário José Rodolfo Gadotti, de Sidrolândia cidade distante 60 km de Campo Grande , pede a substituição de seu SUV BYD Song Plus GS DMi, versão top de linha do veículo híbrido, o qual conta com dois propulsores, um a combustão e outro elétrico, interdependentes.

O motivo do pedido ajuizado na Justiça neste mês são as tentativas frustradas de resolver o problema do automóvel, cuja chave eletrônica por aproximação não funciona.

Em condições ideais, o equipamento que utiliza a tecnologia NFC (a mesma dos cartões de crédito) abriria ou fecharia o veículo simplesmente com a aproximação do dono, desde que ele esteja com a chave habilitada em seu celular ou smartwatch. Para piorar, o veículo apresentava ruídos no painel problema, aliás, também relatado por outros proprietários.

A modernidade do sistema de abertura NFC, contudo, não valeu de nada para o empresário de Sidrolândia. Ele fez o primeiro contato com a concessionária da marca em Campo Grande, a Original Xangai Veículos, em 18 de setembro de 2024. 

Na ocasião, o problema não foi resolvido, e os técnicos da montadora, em São Paulo (SP), tiveram de entrar em ação.

Foram vários telefonemas, além de videochamadas entre os técnicos de São Paulo e de Campo Grande, e nada do problema ser resolvido. Até mesmo a fábrica na China foi comunicada.

A gota d'água que transbordou toda a insatisfação de Gadotti caiu no dia 7 de fevereiro, quando as peças que vieram da China e que prometiam resolver o problema foram trocadas e instaladas. Mas nada foi resolvido.

Agora, Gadotti vai à Justiça. Ele quer a substituição do veículo por outro com as mesmas características ou mais equipado, além de pelo menos R$ 20 mil de indenização. O veículo custou a ele R$ 209 mil.

RUÍDO E MAU CHEIRO

O advogado Pedro Henrique Negrão Lourenço também teve problemas com o mesmo modelo de SUV híbrido da BYD. Ele quer a devolução dos R$ 189,8 mil que pagou no modelo Song Pro GL DM.

Em 26 de novembro de 2024, ele procurou a concessionária para comunicar um defeito no amortecedor esquerdo, além de ruídos no painel. O veículo ficou inutilizado por quase 20 dias, tendo sido devolvido com o amortecedor substituído em 17 de dezembro.

Quando pegou o carro de volta, o ruído persistia. Ainda, um novo problema surgiu: um mau cheiro saindo do ar-condicionado. Em janeiro deste ano, o problema no amortecedor voltou, e uma nova substituição só foi agendada para fevereiro.

O advogado Pedro Henrique Negrão Lourenço, que advoga em causa própria, cansou do atendimento e dos problemas não resolvidos. Agora, pede o valor pago à empresa chinesa e à concessionária de volta. Ainda, solicita mais R$ 50 mil em indenização por danos morais.

VIRAL

O terceiro caso envolvendo um cliente sul-mato-grossense insatisfeito com os carros chineses da BYD é o do dentista Leonardo Corrêa Miranda. Ele tinha uma caminhonete híbrida BYD Shark e teve a sua primeira surpresa desagradável no dia 22 de novembro do ano passado.

Quando viajava de Campo Grande para Cuiabá (MT), o motor a combustão sofreu um dano gravíssimo ao passar perto da cidade de Coxim. Ali, a caminhonete dele praticamente chegou ao fim.

Até o fim daquele ano, ele teve muitas dificuldades com a empresa chinesa e sua equipe de pós-venda. O problema só foi resolvido quando ele postou um vídeo no Instagram que viralizou, obtendo mais de 70 mil curtidas.

A BYD, então, procurou Leonardo e firmou uma transação, com cláusula de confidencialidade, para desfazer o negócio. O dinheiro da picape com o motor fundido foi devolvido  um total de R$ 379,8 mil.

A empresa chinesa, porém, contestou a ida de Leonardo à Justiça, que agora cobra R$ 10 mil de indenização por danos morais. No contrato em que recebeu o dinheiro de volta e devolveu a picape defeituosa, o dentista assinou uma cláusula de confidencialidade que também afirmava que todas as pendências relativas ao negócio estavam encerradas. Na contestação, a BYD pede que o processo tramite em sigilo.

Em nenhum dos três processos mencionados nesta reportagem há decisões terminativas.

Fábrica no Brasil

A BYD iniciou suas operações no Brasil em 2015, com a instalação de uma fábrica de montagem de chassis de ônibus elétricos em Campinas, no interior de São Paulo. No mesmo ano, a empresa também inaugurou um centro de pesquisa e desenvolvimento voltado à energia solar.

Em 2017, passou a operar uma segunda planta voltada à produção de módulos fotovoltaicos. A presença da BYD no País cresceu com a abertura de concessionárias e com o início das importações de veículos elétricos e híbridos plug-in, ampliando o seu portfólio no setor automotivo brasileiro.

Em 2023, a empresa anunciou a construção de um complexo industrial na cidade de Camaçari (BA), no espaço antes ocupado pela fábrica da Ford. 

O projeto previa três unidades: uma voltada à produção de veículos elétricos e híbridos, outra para fabricação de chassis de ônibus elétricos e uma terceira para o processamento de lítio e ferro fosfato, matérias-primas essenciais para a produção de baterias.

O investimento estimado ultrapassa os R$ 3 bilhões, com geração de aproximadamente 5 mil empregos diretos e indiretos, segundo projeções da própria montadora e do governo baiano.

Para o futuro, a BYD planeja expandir a sua participação no mercado brasileiro, por meio da nacionalização de sua produção, com expectativa de iniciar a montagem de veículos ainda neste ano. A empresa também pretende ampliar a rede de concessionárias, consolidando-se como fornecedora de soluções em mobilidade elétrica.

Paralelamente, a marca chinesa mantém foco em parcerias para fomentar a cadeia produtiva de componentes estratégicos e na integração entre seus setores de transporte, energia renovável e armazenamento energético no País.

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).