O índice de desigualdade de renda mensal per capita (por pessoa) em Mato Grosso do Sul bateu recorde de queda, segundo a pesquisa realizada pela PNAD Contínua, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua e divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.
O índice de Gini é uma forma de visualizar a desigualdade das rendas, comparando a divisão dos rendimentos que são considerados ideais com os reais. A distância entre as duas é medida por um número que vai de 0 a 1, onde, quanto mais perto do 0, mais próximo da distribuição ideal de renda.
Em Mato Grosso do Sul, de 2012 e 2015 houve redução da desigualdade do rendimento médio mensal real domiciliar per capita, saindo de 0,476 para 0,449. A situação foi invertida em 2016, quando o número aumentou para 0,470, atingindo o maior valor até então, em 2018, de 0,490.
Após uma pequena queda em 2019 (0,483) e redução em 2020 (0,470), o índice voltou a aumentar em 2021, batendo um novo recorde chegando a 0,496. Em 2022 e 2023, o índice de Gini voltou a cair, atingindo 0,478 e 0,477, respectivamente. Em 2024, atingiu o menor número registrado desde então, de 0,455.
Brasil
Três dos principais indicadores de desigualdade de renda no Brasil registraram, em 2024, os menores níveis desde o início da série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012, segundo dados divulgados pelo IBGE.
A diferença de rendimento entre os 10% mais ricos e os 40% mais pobres da população caiu para 13,4 vezes – o menor valor da série. Em 2018, essa relação chegou ao pico de 17,1 vezes. Já entre o 1% com maior renda e os 40% mais pobres, a razão também atingiu o menor patamar: 36,2 vezes. O maior nível foi registrado em 2019, quando essa diferença chegou a 48,9 vezes.
Outro destaque foi o índice de Gini, que mede a concentração de renda no país. O indicador recuou para 0,506, o menor da série. O valor mais alto até então havia sido registrado em 2018, com 0,545.
Apesar da melhora, os níveis de desigualdade ainda são considerados elevados, refletindo os profundos contrastes socioeconômicos do país.
