A inflação oficial medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 0,22% em agosto para 0,54% em setembro, segundo informou nesta quarta-feira (7) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano, o indicador acumulado está em 7,64%, o mais elevado para o período desde 2003, quando atingiu 8,05%. Em 12 meses, avanço é de 9,49%.
O que mais pesou no bolso do consumidor brasileiro foi o aumento de quase 13% no preço do botijão de gás. O impacto poderia ter sido ainda maior se as distribuidoras tivessem aplicado o percentual máximo permitido pela Petrobras, de 15%. De janeiro a setembro, a alta do produto é de 17,56%.
Influenciado pelo aumento do gás, os preços relativos a habitação registraram a taxa mais alta entre os grupos analisados pelo IBGE, de 1,30%. O custo de água e esgosto também influenciou o resultado, com avanço de 1,48%.
Além do gás de cozinha ter puxado o avanço geral de preços, as tarifas de ônibus (2,59%) e as passagens aéreas (23,13%) também pesaram sobre o IPCA, levando o grupo de transportes subir 0,71%, depois de ter recuado em agosto.
A estimativa dos economistas dos bancos é de que o IPCA feche o ano de 2015 em 9,53% – na semana anterior, a taxa esperada era de 9,46%. Se confirmada a estimativa, representará o maior índice em 13 anos, ou seja, desde 2002 – quando somou 12,53%. Essa foi a terceira alta seguida no indicador. O BC informou recentemente que estima um IPCA de 9,5% para este ano.