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'Lei da Reciprocidade' passa a valer a partir desta segunda-feira (14)

No caso do Brasil, a tarifa imposta pelos EUA foi de 10% sobre todos os produtos exportados para o mercado norte-americano

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A chamada 'Lei da Reciprocidade Comercial', sancionada na última sexta-feira (11), entrou em vigor hoje (14) após ser publicada no Diário Oficial da União.

Essa legislação, em resumo, autoriza o governo brasileiro a adotar medidas comerciais contra países e blocos que imponham barreiras unilaterais aos produtos do Brasil no mercado global. A informação foi confirmada pelo Palácio do Planalto.

O texto foi aprovado pelo Congresso Nacional no início do mês e sancionado na semana passada, sem vetos, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Tarifaço

A nova lei é uma resposta à escalada da guerra comercial desencadeada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra a maioria dos países do mundo, mas que se intensificou nos últimos dias de forma mais específica contra a China.  

No caso do Brasil, a tarifa imposta pelos EUA foi de 10% sobre todos os produtos exportados para o mercado norte-americano.

A exceção nessa margem de tarifas são o aço e o alumínio, cuja sobretaxa imposta pelos norte-americanos foi de 25%, afetando de forma significativa empresas brasileiras, que constituem os terceiros maiores exportadores desses metais para os EUA.

Em discurso durante a 9ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), em Honduras, na última quarta-feira (9), Lula voltou a criticar a adoção de tarifas comerciais. 

No mesmo dia, ele também disse que usará todas as formas de negociação possíveis, incluindo abertura de processo na Organização Mundial do Comércio (OMC), para tentar reverter as tarifas, antes de adotar ações comerciais retaliatórias.

Nova Lei

Essa lei se originou do PL 2.088/2023, do senador Zequinha Marinho (Podemos-PA), que alterava a Política Nacional sobre Mudança do Clima (Lei 12.187/2009) e recebeu um substitutivo da senadora Tereza Cristina (PP). 

Ao Correio do Estado, a Senadora esclareceu que esse projeto apenas dá as ferramentas para que o Brasil possa se defender se tiver alguma contramedida desproporcional para o país, porém antecede as sanções do atual presidente dos Estados Unidos que ficaram conhecidas como "tarifaço". 

"Esse projeto tem mais de um ano, não nasceu hoje, nem por conta do presidente Trump. Esse projeto nasceu porque o agro brasileiro começou a ser atacado com as medidas antidesmatamento da Europa", lembra a Senadora. 

Hoje, através das redes sociais, a senadora campo-grandense celebrou o que chamou de "ferramenta legal para reagir quando for alvo de tarifas ou medidas abusivas contra nossos produtos". 

Segundo Tereza, Estados Unidos e a União Europeia já contavam com legislações semelhantes e agora o Brasil tem a sua: "essa não é uma lei para um governo — é uma lei de Estado, feita para proteger o Brasil", concluiu. 

A Lei da Reciprocidade Comercial estabelece critérios para respostas a ações, políticas ou práticas unilaterais de país ou bloco econômico que "impactem negativamente a competitividade internacional brasileira". 

A norma valerá para países ou blocos que "interfiram nas escolhas legítimas e soberanas do Brasil".

No Artigo 3º do texto, por exemplo, fica autorizado o Conselho Estratégico da Câmara de Comércio Exterior (Camex), ligado ao Executivo, a "adotar contramedidas na forma de restrição às importações de bens e serviços", prevendo ainda medidas de negociação entre as partes antes de qualquer decisão.

 

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Economia

Dólar tem 8º pregão consecutivo de queda com fluxo externo e fecha a R$ 5,63

Operadores e analistas voltaram a relatar entrada de fluxo estrangeiro tanto para a bolsa doméstica quanto para a renda fixa.

29/04/2025 23h00

Dólar americano

Dólar americano Marcelo Casal Jr/ Agência Brasil

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O dólar emendou nesta terça-feira, 29, o oitavo pregão consecutivo de queda no mercado local e fechou abaixo da linha de R$ 5,65, apesar do sinal predominante de alta da moeda norte-americana no exterior e da desvalorização de mais de 2% das cotações do petróleo. Operadores e analistas voltaram a relatar entrada de fluxo estrangeiro tanto para a bolsa doméstica quanto para a renda fixa, além da internalização de recursos por exportadores.

A leitura é a de queda o real se beneficia da rotação global de carteiras desencadeado pela piora das perspectivas para a economia dos EUA diante do aumento de incertezas com o tarifaço do presidente dos EUA, Donald Trump. Investidores reduzem posições em ativos americanos para buscar retorno em outros mercados.

O Brasil é atraente porque tem um mercado acionário muito descontado e taxa de juros elevada e em ascensão, dada a expectativa de que o Banco Central promova pelo menos mais uma elevação da Selic em 7 de maio. Isso aumenta a atratividade do carry trade e desencoraja carregamento de posições compradas na moeda norte-americana.

Com mínima a R$ 5,6210, o dólar à vista terminou a sessão em queda de 0,31%, cotado a R$ 5,6306.

A divisa já acumula desvalorização de 4,40% nos últimos oito pregões, vindo do nível de R$ 5,80 para a casa de R$ 5,63. Em abril, o dólar cai 1,31%, o que leva as perdas do ano a 8,89%.

"Não tem nenhum gatilho específico para a queda do dólar, mas tem fluxo para a bolsa e a renda fixa. O Brasil é relativamente menos afetado pelas tarifas. E com juro de 14% e juro real de 9%, vai atrair investimento de curto prazo", afirma o head da Tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt. "A incerteza é tão grande nos países desenvolvidos e na China que os investidores parecem querer diversificar inclusive em emergentes".

Segundo dados da B3, houve entrada líquida de R$ 7,6 bilhões de investidores estrangeiros na bolsa doméstica entre os pregões dos dias 17 e 25 de abril. Apesar dessa recuperação nos últimos dias, que coincide com o movimento de apreciação do real, o saldo no mês em abril ainda é negativo em R$ 3,363 bilhões. No ano, é positivo em R$ 7,379 bilhões.

O gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo, afirma que, além de fluxo de estrangeiros para ativos locais, há um movimento de fechamento de contratos de câmbio por exportadores em razão de temores de que há uma apreciação adicional do real.

"Não tenho visto reclamações de baixa liquidez no mercado, o que sugere que estão sobrando dólares ultimamente", afirma Galhardo, para quem há ainda um suporte forte para a taxa de câmbio em R$ 5,62. "Quando se aproxima desse nível, aparecem compradores".

Lá fora, o índice DXY - termômetro do comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis divisas fortes - exibiu leve alta nesta terça e voltou a superar a linha dos 99,300 pontos na máxima, mas ainda acumula queda de mais de 4% em abril e perdas superiores a 8% em 2025. Em relação a pares do real, o dólar caiu em relação ao peso colombiano, ficou praticamente no zero a zero ante o peso mexicano, mas subiu na comparação com o peso chileno e o rand sul-africano.

Entre os indicadores do dia, o relatório Jolts mostrou que a abertura de postos de trabalho nos Estados Unidos caiu para 7,192 milhões em março, abaixo das expectativas dos analistas, que previam criação de 7,48 milhões de vagas. Houve revisão para baixa do número de fevereiro (7,568 milhões para 7,480 milhões). O índice de confiança do consumidor americano caiu de 92,9 em março para 86 em abril, além do esperado pelos analistas (88).

A economista-chefe do Ouribank, Cristiane Quartaroli, afirma que os indicadores sugerem perda de tração da economia americana e podem abrir a porta para uma queda de juros nos EUA em breve, o que tende a favorecer divisas emergentes. Para o encontro de política monetária do Federal Reserve na semana que vem a aposta majoritária é de manutenção.

"Tivemos também um maior apetite ao risco, que está muito relacionado ao fato de Trump ter sinalizado que vai afrouxar tarifas de importação para a indústria automotiva. Isso pode ter ajudado na apreciação do real", afirma Quartaroli.

Trump assinou nesta terça à tarde ordem executiva que concede alívio a montadoras que fabricam veículos no país em relação a parte da nova tarifa de 25% sobre automóveis. Ele também afirmou que mantém "ótimas conversas com a Índia" para um acordo comercial e que está em negociação com a Austrália.
 

Loterias

Resultado da Lotofácil de hoje, concurso 3379, terça-feira (29/04)

A Lotofácil é uma das loterias mais populares no Brasil, com sorteios realizados seis vezes por semana, de segunda a sábado; veja números sorteados

29/04/2025 19h18

Resultado da Lotofácil

Resultado da Lotofácil Divulgação

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 3379 da Lotofácil na noite deste terça-feira, 29 de abril de 2025, a partir das 20h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 1,8 milhão. 

Os números da Lotofácil 3379 são:

  • 05 - 22 - 17 - 07 - 24 - 15 - 09 - 11 - 06 - 14 - 21 - 03 - 25 - 10 - 12

O sorteio da Lotofácil é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal oficial da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: 3380

Como a Lotofácil tem seis sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na quarta-feira, 30 de abril, a partir das 20 horas, pelo concurso 3380. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Lotofácil é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 3,00 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 15 dente as 25 dezenas disponíveis, e fatura prêmio se acertar 11, 12, 13, 14 ou 15 números.

Como apostar na Lotofácil

Os sorteios da Lotofácil são realizados diariamente, às segundas, terças, quartas, quintas, sextas-feiras e sábados, sempre às 19h (horário de MS).

O apostador marca entre 15 e 20 números, dentre os 25 disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 11, 12, 13, 14 ou 15 números.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 12, 18 ou 24 concursos consecutivos através da Teimosinha.

A aposta mínima, de 15 números, custa R$ 3,00.

Os prêmios prescrevem 90 dias após a data do sorteio. Após esse prazo, os valores são repassados ao Tesouro Nacional para aplicação no FIES - Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior.

É possível marcar mais números. No entanto, quanto mais números marcar, maior o preço da aposta.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

Para a aposta simples, com 15 dezenas, que custa R$ 3,00, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 3.268.760, segundo a Caixa.

Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 211, ainda segundo a Caixa.

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