acional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para as indústrias de Mato Grosso do Sul cresceram 126% no ano passado com relação ao ano de 2008. O salto foi de R$ 803,2 milhões para R$ 1,8 bilhão. No geral, os repasses para o Estado em 2009 foram 93% maiores que os do ano anterior, subindo de R$ 1,2 bilhão para R$ 2,3 bilhões. O acréscimo confirma o que foi apontado por indicadores econômicos em levantamento feito pelo departamento de pesquisas da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems) – Radar Industrial. De acordo com os números, o impacto da crise financeira mundial em Mato Grosso do Sul não foi tão devastador no ano passado quanto se projetava no fim de 2008. “Os dados apontados pelo BNDES comprovam que o ritmo de crescimento do setor industrial do Estado continua acelerado”, analisa Fábio Fonseca, agente do Posto de Informações do BNDES na Fiems. A expectativa para 2010 é que as indústrias sul-matogrossenses continuem em desenvolvimento, expandindo e modernizando suas plantas. Fonseca acredita que as empresas devem encontrar respaldo nas linhas de crédito disponibilizadas pelo BNDES para a aquisição de novas tecnologias e novos equipamentos e máquinas, como ocorreu no ano passado. De 2008 para 2009, as operações para contratação de crédito no setor industrial apresentaram crescimento de 86%. Saltaram de 322 para 599. Com relação ao porte das empresas que obtiveram desembolsos do BNDES no Estado, os maiores valores foram para as indústrias de grande porte, com aumento de 114%, passando de R$ 929,7 milhões para R$ 1,9 bilhão. Em seguida, porém com valores bem menores, ficaram as pequenas indústrias, que tiveram crescimento de 41%, saltando de R$ 67,4 milhões para R$ 95 milhões. As micro e as médias empresas apresentaram aumento de 33% e 10%, respectivamente, crescendo de R$ 172,1 milhões para R$ 228,6 milhões e de R$ 73,7 milhões para R$ 80,7 milhões. Geral Já com relação às operações de contratação de crédito de empresas em geral, as pequenas foram as que mais cresceram, com aumento de 127%, saltando de 496 para 1.125 operações. Em seguida, ficaram as micro empresas com 103%, que aumentaram de 1.922 para 3.909. As médias empresas fecharam o ano com 96% de acréscimo, saindo de 200 para 392 operações; e as grandes, com apenas 3%, subindo de 313 para 322. E entre as modalidades de fi nanciamento, a que mais aumentou foi o Cartão BNDES, com elevação de 244% e desembolso de R$ 40,4 milhões. De acordo com Fonseca, o crescimento pode ser creditado, em grande parte, ao fato de a Fiems ter desenvolvido ao longo do ano passado, uma campanha de divulgação das vantagens do uso da modalidade para os micro, pequenos e médios empresários de Campo Grande, Corumbá, Dourados e Três Lagoas. O cartão possibilita um crédito de até R$ 500 mil para as empresas dos diversos segmentos para compra de insumos, máquinas e equipamentos. A segunda modalidade que mais cresceu em 2009 foi o BNDES Automático, que teve alta de 214%, elevando-se de R$ 50,5 milhões para R$ 158,7 milhões, seguido de perto pelo Financiamento a Empreendimentos (Finem), com elevação 113% e desembolso R$ 1,7 bilhão. O montante foi destinado a projetos de investimentos para implantação, expansão da capacidade produtiva e modernização de empresas, incluída a aquisição de máquinas e equipamentos novos de fabricação nacional, bem como a importação de maquinários novos sem similar nacional e capital de giro. Outra modalidade, o Finame Leasing (Financiamento de Máquinas e Equipamentos) fechou o período com aumento de 101%, crescendo de R$ 5,7 milhões para R$ 11,4 milhões, enquanto o Finame encerrou o ano com alta de 27%, subindo de R$ 263 milhões para R$ 334 milhões. Já o Finame Agrícola teve elevação de 15%, saltando de R$ 93,9 milhões para R$ 108,2 milhões contratados. (Com informações da Fiems)