ADRIANA MOLINA
A classe D será a principal favorecida com as linhas de crédito disponibilizadas pela Caixa Econômica Federal (CEF) na 7ª Feira de Imóveis de Campo Grande, que começa hoje e segue até o dia 29, no Armazém Cultural. Quem ganha até R$ 1.395 e está fazendo sua primeira aquisição imobiliária poderá, além de usar recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para quitar parte do saldo, financiar a casa própria com juros de 5% ao ano parcelando em até 360 meses, e ainda receber subsídio do governo de R$ 17 mil.
As facilidades, segundo o gerente regional de Construção da CEF, Márcio Nunes Fonseca, contribuem para a redução do déficit habitacional de Mato Grosso do Sul, hoje calculado em cerca de 60 mil moradias, já que 80% das famílias desse montante ganham entre um e três salários mínimos e poderão ter acesso a parte do crédito de R$ 600 milhões disponibilizados pela CEF para o feirão. “Outro fator que contribui para a redução do déficit habitacional é o valor do imóvel, pois cerca de 90% dos que serão comercializados nos estandes do evento terão valores oscilando entre R$ 60 mil e R$ 130 mil − mais acessíveis a essa classe”, pondera.
Para compra de residências novas, o financiamento poderá ser feito pelo Programa Minha Casa, Minha Vida. A Carta de Crédito FGTS poderá ser usada tanto para imóveis novos como para usados. Já para as construções ambos poderão ser aplicados. O valor mínimo necessário para ter acesso a um dos programas durante o feirão é de R$ 1 mil de renda familiar mensal.
Além da faixa com renda até R$ 1.395,00, também podem desfrutar dos benefícios oferecidos pela CEF os que ganham entre esse valor e R$ 2.790,00, porém em menores proporções. Os juros para essa categoria giram, em média, na faixa de 6%, e os subsídios do governo também são menores, decrescentes conforme a renda. Ademais, as regras são as mesmas.
Já as classes A, B e C poderão acessar o crédito, desde que sigam basicamente a regra de aquisição do primeiro imóvel. “Quem ganha mais de R$ 4,9 mil e tem saldo no FGTS poderá se enquadrar no Programa Pró Cotista, para compra de uma residência de até R$ 500 mil. Nesse caso os juros são de 8,66% ao ano e a quota de financiamento, de 80% a 85% do montante total. O prazo de amortização é de até 360 meses”, explica Fonseca.
Preço menor
Além da facilitação da compra por conta de linhas de financiamento mais acessíveis, a feira deverá oferecer imóveis cerca de 10% mais baratos que o normal no mercado campo-grandense. Isso porque participarão do evento cerca de 50 construtoras e imobiliárias, que estão juntas no mesmo espaço, disputando clientes.
A concorrência será grande e o objetivo da CEF é comercializar cerca de cinco mil imóveis até dia 29. Poderão ser feitas também permutas entre imóveis de mesmo valor e ainda com financiamento do saldo restante, caso haja. No ano passado, a 6ª edição da feira vendeu 800 residências, totalizando R$ 150 milhões em negócios.
Empregos
A preparação do local e montagem dos 53 estandes das 25 empresas participantes da feira gerou mais de 100 empregos diretos. Outra centena de pessoas estará trabalhando durante os três dias do evento. A área de 500 m² já está disponível para os expositores a partir de hoje. O trabalho dos profissionais de som e iluminação, comunicação visual, decoração e ambientação já está em andamento.
Serviço
A 7ª Feira de Imóveis de Campo Grande será realizada no Armazém Cultural (ao lado da Feira Central), de 26 a 29 de maio. A abertura, no dia 26, está marcada para as 19 horas. Nos demais dias, o horário de funcionamento será das 10 às 22 horas.