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Litro da gasolina atinge o maior preço médio já registrado em Campo Grande

Combustível é comercializado entre R$ 4,49 e R$ 4,95 na Capital, conforme dados da ANP

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O preço médio do litro da gasolina chegou ao recorde do maior valor da série histórica medida pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). 

Conforme a Agência, na primeira semana de janeiro, o litro do combustível foi comercializado pelo valor médio de R$ 4,65 em Campo Grande – indo do mínimo de R$ 4,49 ao máximo de R$ 4,95.

O preço médio do combustível tem atingido recordes nos últimos três meses, batendo os maiores valores da série histórica iniciada em 2001. Na Capital, a gasolina registrou média de R$ 4,52 em novembro e de R$ 4,57 em dezembro. 

O levantamento da ANP foi paralisado no fim de agosto e só foi retomado no fim de outubro. Por este motivo, não há média mensal registrada para os meses de setembro e outubro de 2020.

O diretor do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis Automotivos (Sinpetro-MS), Edson Lazarotto, explica que diversos fatores têm impactado o preço do combustível.  

“O Brasil todo tem sofrido com os aumentos da gasolina. Toda vez que aumenta o dólar ou o barril do petróleo, imediatamente a Petrobras repassa esse aumento para as suas distribuidoras”, diz Lazarotto.

Para o representante dos donos de postos, o maior impacto nos preços foi a mudança na cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos combustíveis. 

Em fevereiro de 2020, o governo do Estado aumentou a alíquota da gasolina de 25% para 30% e reduziu a do etanol de 25% para 20%.

“A gente não pode esquecer do aumento do ICMS da gasolina feito pelo governo do Estado no ano passado. No dia 12 de fevereiro de 2020, a alíquota passou de 25% para 30%. Esses 5% parecem pouco, mas fazem a diferença. Neste um ano tivemos quedas e altas do preço, mas a diferença é que esses 5% permanecem”, considera o diretor do Sinpetro-MS.  

O representante dos postos diz ainda que a pandemia reduziu em quase 70% o volume de vendas dos combustíveis.

 “Como muitos setores ainda não voltaram a funcionar, como escolas e algumas empresas em home office, por exemplo, as vendas continuam registrando defasagem. O empresário está no limite da margem dele, e precisa dessa margem para sobreviver, por isso não tem como segurar mais os preços”, contextualiza Lazarotto.  

Ainda de acordo com os dados da ANP, a gasolina aditivada é comercializada a R$ 4,76 em Campo Grande. O litro do combustível é encontrado pelo valor mínimo de R$ 4,55 e máximo de R$ 4,96.  

Últimas notícias

ANUAL

No comparativo entre janeiro de 2020 e o mês vigente, houve aumento de R$ 0,37 no litro da gasolina em Campo Grande. 

Em janeiro do ano passado, o combustível era comercializado pelo preço médio de R$ 4,28, ante os R$ 4,65 atuais.  

Já comparando o menor preço nos dois anos, a diferença é de R$ 0,40 – o litro custava R$ 4,09 em 2020 e R$ 4,49 neste mês. 

Quando analisados os valores máximos, o aumento foi de R$ 0,46 – em janeiro do ano passado o litro era vendido a R$ 4,49 e em 2021 foi a R$ 4,95.  

No Estado, a gasolina sofreu aumento médio de R$ 0,29 em um ano, diferença entre os R$ 4,65 no mês vigente e R$ 4,36 em janeiro passado. 

Em janeiro passado, o litro do combustível era comercializado entre R$ 4,09 e R$ 4,84. Já neste ano varia entre R$ 4,49 e R$ 4,95.

REAJUSTES

No ano passado, a gasolina sofreu 41 reajustes, sendo 20 aumentos e 21 reduções, de acordo com a Petrobras. 

O último aumento foi de 5% no preço do combustível e passou a valer no dia 29 de dezembro. O preço médio da gasolina repassado da estatal para as distribuidoras passou a ser de R$ 1,84 por litro. No acumulado do ano, a redução do preço é de 4,1 %.  

O diesel teve 32 reajustes em 2020, sendo 17 elevações e 15 cortes no preço. Com a elevação de 4% anunciada no fim do ano passado, o preço médio para as distribuidoras passou a ser de R$ 2,02 por litro. No acumulado do ano, a redução do valor do combustível é de 13,2 %.

Conforme o levantamento da ANP, o diesel comum é comercializado pelo preço médio de R$ 3,71 – variando entre o mínimo de R$ 3,56 e o máximo de R$ 3,90. Já o litro do diesel S-10 é vendido pelo valor médio de R$ 3,75 em Campo Grande, indo de R$ 3,56 a R$ 3,95.  

Segundo o diretor do Sinpetro-MS, um novo reajuste no preço dos combustíveis é esperado para os próximos dias.

 “Nós estamos na expectativa de um novo aumento no preço da gasolina e do diesel. Existe, inclusive, uma nova ameaça de greve dos caminhoneiros por conta do preço do diesel”, reitera Lazarotto.

Abastecer com etanol não é vantajoso

A reportagem do Correio do Estado também pesquisou os preços praticados em Campo Grande. De acordo com os dados aferidos na sexta-feira (8), o preço médio do litro da gasolina comum é de R$ 4,66, variando entre R$ 4,59 e R$ 4,79.

A reportagem visitou os mesmos postos de combustíveis há um mês, e o litro do combustível era comercializado a R$ 4,54 em média. 

No dia 16 de dezembro, o litro variava entre o mínimo de R$ 4,47 e o máximo R$ 4,75.

A gasolina aditivada foi de R$ 4,55 a R$ 4,80 no mês passado, preço médio de R$ 4,67. Já na sexta-feira, o litro do combustível era comercializado em média a R$ 4,77 – variando entre o mínimo de R$ 4,70 e o máximo de R$ 4,85.

O litro do etanol é comercializado em Campo Grande entre R$ 3,19 e R$ 3,54 – média de R$ 3,31.

PARIDADE

Considerando os dados da pesquisa da reportagem, com a gasolina a R$ 4,66 e o etanol a R$ 3,31 a diferença entre os combustíveis chega a 71%, acima do máximo indicado de 70%. 

O biocombustível tem uma queima maior e, por isso, é consumido mais rapidamente. 

Com um litro de álcool, o motorista percorre uma quilometragem menor, se comparado à autonomia de um litro de gasolina. Por este motivo, o álcool precisa custar até 70% o valor da gasolina.  Desta maneira, não compensa para os consumidores trocarem a gasolina pelo etanol.  

Conforme levantamento da reportagem, o diesel S-10 é comercializado, em média, a R$ 3,74 – variando entre R$ 3,67 e R$ 3,87. O diesel comum varia entre R$ 3,65 e R$ 3,83 – média de R$ 3,72 por litro. 

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Caged

Mato Grosso do Sul gerou 10.707 empregos neste ano, aponta Ministério do Trabalho

Setor de serviços puxa geração; em Campo Grande, saldo é de 2,3 mil vagas

27/03/2024 16h15

Álvaro Rezende - Arquivo/Correio do Estado

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O Estado de Mato Grosso do Sul voltou a registrar números positivos na geração de empregos pelo segundo mês consecutivo. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quarta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho e Emprego, indicam a criação de 5.998 vagas de trabalho em fevereiro deste ano e de 10.709 no acumulado do ano em Mato Grosso do Sul. 

Os números do Caged indicam que no mês passado foram admitidas 39.054 pessoas e desligadas outras 33.056. O estoque de pessoas trabalhando agora chega a 668.674 pessoas. 

No que diz respeito a segmentos econômicos, o setor de serviços continua sendo o que mais emprega: gerou 2.793 vagas no mês passado, seguido pela agropecuária, com um saldo de 1.568. Construção civil gerou 689 vagas, a indústria 653 e o comércio 295, em fevereiro. 

Capital

Em Campo Grande o saldo de empregos também é positivo: a capital do Estado gerou 1.551 vagas de trabalho no mês passado. Foram 13.193 admissões e 11.642 desligamentos no período. No ano o saldo de geração de emprego na Capital chega a 2.359 vagas. 

País

O Brasil gerou 306.111 vagas formais de trabalho em fevereiro, de acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados nesta quarta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

O número supera com folga o resultado consolidado registrado em fevereiro do ano passado, quando foram abertas 252.487 vagas com carteira assinada no país.

Na comparação anual, em fevereiro deste ano, a geração líquida de vagas foi 21,2% maior do que em igual mês de 2023.

Ao todo, no segundo mês deste ano, foram registradas 2,249 milhões de contratações e 1,943 milhão de demissões.

Com a mudança de metodologia, analistas alertam que não é adequado comparar os números com resultados obtidos em anos anteriores a 2020.

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MATO GROSSO DO SUL

Tarifa do transporte rodoviário intermunicipal é reajustada em 4,51%

Medida passa a valer a partir da próxima segunda-feira (1º)

27/03/2024 12h15

Viajar de ônibus vai ficar mais caro nos próximos dias GERSON OLIVEIRA

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Viajar de ônibus vai ficar mais caro nos próximos dias. Isto porque a tarifa do transporte rodoviário intermunicipal foi reajustada em 4,51% em Mato Grosso do Sul. A medida passa a valer a partir da próxima segunda-feira (1º).

A portaria foi assinada pelo diretor-presidente da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos (Agems), Carlos Alberto de Assis e publicada na manhã desta quarta-feira (27) no Diário Oficial Eletrônico de Mato Grosso do Sul (DOE-MS).

Março é o mês data-base para reajuste de tarifas do Sistema de Transportes Rodoviário Intermunicipal de Passageiros de Mato Grosso do Sul. O transporte intermunicipal de passageiros é o serviço que atende à demanda de deslocamento da população entre as cidades do Estado.

A critério da Agems, serão admitidos acréscimos nos valores dos coeficientes tarifários de até 20% para ônibus do tipo ‘executivo’ e até 50% para ônibus do tipo ‘leito’.

Veja a tabela:

 

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