Os idosos estão mais confiantes no mercado acionário brasileiro do que os jovens neste começo de ano, período em que o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), acumula baixa – o recuo no índice era de 1,8% até o dia 30 de março.
Nos dois primeiros meses de 2011, enquanto a Bovespa registrou queda no número de investidores com idade entre 16 e 35 anos em relação ao mesmo período de 2010, as pessoas com mais 66 anos foram as que apresentaram maior crescimento, seguidas por aquelas na faixa dos 56 aos 65 anos.
Em fevereiro de 2011, havia cerca de 70 mil investidores com mais de 66 anos registrados na bolsa, o maior patamar dos últimos dois anos (excluindo janeiro deste ano, que teve o mesmo resultado) e 23% a mais do que os 56 mil do mesmo mês do ano anterior.
No mesmo intervalo, o número de investidores com idade entre 16 e 25 anos caiu de 30 mil para cerca de 27 mil, recuo de 13% e o menor resultado em dois anos (também excluindo janeiro, que teve mesmo patamar). A faixa dos 26 aos 35 anos apresentou leve queda e, dos 56 aos 65, alta de 18%. Em janeiro ante o mesmo mês de 2010, a movimentação foi parecida.
“A bolsa vacila, mas quem aplica em bolsa não pode pensar a curto prazo”, afirma o aposentado José Lui, de 75 anos, justificando o motivo pelo qual revolveu investir em ações, há cerca de cinco anos.
O aposentado, que ainda está na ativa e trabalha como gerente de uma empresa de São Paulo, diz que entrou no mercado acionário incentivado pela mulher, a também aposentada Rosegleyde de Souza Rocha, de 66 anos.