Cícero Faria, Dourados
Mato Grosso do Sul ocupou a oitava posição dos Estados maiores exportadores de couro nos cinco primeiros meses deste ano, com vendas superiores a 21 milhões de dólares, segundo o Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) com base no balanço do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Os curtumes do Estado comercializam o couro cru ou fazem somente o primeiro tratamento da pele, o wet blue, mandando depois o produto para outras regiões onde a pele é acabada industrialmente para a produção de calçados, bolsas e outros artigos ou embarcada para exportação.
Pelo número de abates de bovinos nos pequenos, médios e grandes frigoríficos, são produzidas em torno de 300 mil unidades de couro in natura por mês em Mato Grosso do Sul.
Em Campo Grande está instalado o Centro de Tecnologia do Couro. A proposta é sair da fase do wet blue e do couro cru, e este representa uma perda de 50% da produção, pois sai in natura e é vendido para fora do Estado. Os especialistas defendem instalação das indústrias de acabamento, de calçados e de artefatos de couro.
Maiores
O balanço das vendas externas de couros dos Estados de janeiro a maio, diante do mesmo período de 2009, confirmou a liderança de São Paulo como maior exportador nacional (US$ 212 milhões, participação de 29,8%), seguido pelo Rio Grande do Sul (US$ 176 milhões, participação de 24,71%), Ceará (US$ 70 milhões) e Paraná (US$ 59 milhões).
Os demais Estados, por ordem decrescente, foram Mato Grosso (USS 49 milhões), Bahia, (USS 46 milhões), Goiás (US$ 25 milhões), Mato Grosso do Sul (US$ 21,3 milhões) e Minas Gerais (US$ 15 milhões).
Já no primeiro semestre, a receita das exportações brasileiras de couros somou US$ 873 milhões no primeiro semestre deste ano, aumento de 77,44% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo o CICB. Os principais mercados do produto em junho foram Itália, China e Hong Kong.