Economia

RECUPERAÇÃO

A+ A-

Mato Grosso do Sul tem 700 segurados em reabilitação profissional pelo INSS

Na Capital, INSS vai receber 60 próteses e órteses, avaliadas em R$ 1,2 milhão, para atender 56 pessoas que pretendem voltar ao trabalho

Continue lendo...

Mato Grosso do Sul tem atualmente cerca de 700 segurados em reabilitação profissional pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). 

O processo acontece quando o profissional que contribui ao instituto passa por algum acidente ou doença que limite o exercício de suas atividades laborativas. O próprio órgão pode apresentar um meio de reabilitar esse profissional para o retorno ao trabalho.

Conforme informou o instituto, a Unidade Técnica de Reabilitação Profissional (UTRP), em Campo Grande, vai receber 60 próteses e órteses para atender 56 segurados; o valor dos equipamentos é de aproximadamente R$1,2 milhão.  

De acordo com a técnica da UTRP Lilian Lessa Varandas, a maior parte dos segurados que passaram pela reabilitação profissional e receberão os equipamentos se envolveu em acidentes de trânsito.

 “Os segurados reabilitados recebem equipamentos de qualidade, que vão melhorar muito a mobilidade, e, ainda, todos terão a oportunidade de se qualificar e continuar trabalhando”.

O pregão eletrônico para a compra de equipamentos foi realizado em março e contemplou as gerências executivas de Campo Grande, Cuiabá, Goiânia, Anápolis, Distrito Federal, Palmas, Belém, Manaus, Porto Velho, Rio Branco, Boa Vista e Macapá, todas subordinadas à Superintendência Regional Norte/Centro-Oeste, com a aquisição de 278 itens no valor de R$ 22 milhões.

A pregoeira de Campo Grande, Edgahir Pereira Vilela Alves, explicou que muitos aguardavam há bastante tempo. 

“A gente se empenhou muito porque sabia que tinha segurados esperando há muito tempo. Infelizmente não conseguimos contemplar a totalidade dos que necessitavam dos equipamentos, mas chegamos ao porcentual de 90% ”.

A entrega provisória das próteses já foi realizada pelas empresas de ortopedia contratadas, para que os segurados possam experimentar e testar a adaptação. A entrega definitiva vai depender do retorno dos médicos peritos responsáveis na unidade.

“A satisfação desse trabalho é proporcionar uma nova vida às pessoas que se encontravam sem perspectiva por causa do acidente. Esse trabalho que o INSS faz é muito importante e pouco divulgado para uma sociedade. É o trabalho que mais gosto de fazer”, considera Edgahir.

Acompanhe as últimas notícias do Correio do Estado

Entrega

Na semana passada foram entregues próteses transtibiais e acessórios para segurados reabilitados. Segundo a técnica Lilian, a equipe participou de todas as etapas até a entrega das próteses.

“Na etapa da licitação foi dado o apoio técnico na análise das prescrições. No início do mês de março, cada gerência ficou responsável pela solicitação do ateste orçamentário. A ata de registro de preços contemplou 12 gerências executivas, mas a gerência de Campo Grande foi a primeira a realizar a entrega dos equipamentos”.

O processo todo levou cerca de oito meses.

 “O objetivo da entrega das próteses pelo INSS é o retorno dos segurados ao mercado de trabalho. Alguns já conseguiram retornar exercendo a mesma função e outros estão sendo treinados para o retorno. A maioria dos segurados é do sexo masculino e teve a amputação de membros inferiores devido a acidentes de trânsito em motocicletas. Não conseguimos iniciar a entrega das próteses antes devido ao fechamento das agências por causa da pandemia”.

Beneficiados

Os segurados do INSS que receberam os equipamentos apontam a expectativa de uma melhor qualidade de vida. Adailton de Oliveira, 31 anos, recebeu uma prótese para a perna esquerda. 

“Eu fiquei muito feliz, melhorou bastante para mim. No início é um pouco dolorido, mas depois a gente se acostuma. Gostei muito”. O segurado Sérgio Martinez, 37 anos, recebeu uma prótese para a perna direita e já está trabalhando como porteiro de condomínio. “Gostei muito e já me adaptei. Estou conseguindo caminhar bem e estou muito contente”, considera.

A atendente comercial Gabriela Amorim Domingo, 26 anos, comemora o fato de que voltará a realizar suas atividades.

“Eu achei a minha prótese maravilhosa, vou poder voltar a andar e realizar as minhas atividades, pois estava numa cadeira de rodas”, afirma.

O autônomo na área comercial Gilvan Pereira da Silva, 37 anos, relata que sofreu um acidente de moto há alguns anos e teve a perna esquerda amputada. 

“Achei bem confortável. Vai melhorar bastante a minha qualidade de vida. Eu faço parte de um grupo de ciclismo do bairro Nova Campo Grande, costumo pedalar cerca de 50 km por dia e essa prótese vai me ajudar muito”.

A funcionária do Tribunal de Justiça Gisele Christina Galves Nazetti, 40 anos, sofreu um acidente quando voltava do trabalho. Ela relata que ao descer de um ônibus articulado teve a perna direita amputada.

“Eu gostei muito da prótese, do encaixe, da adaptação, e a empresa é bem qualificada. Vai melhorar muito a minha qualidade de vida”.

Retorno

A reabilitação profissional é um serviço disponibilizado pelo próprio INSS e que tem por objetivo oferecer aos segurados que estão de alguma maneira incapacitados para o trabalho os meios necessários para a sua reeducação ou readaptação. 

O serviço é acompanhado por uma equipe multidisciplinar. Ao fim do processo de reabilitação, o INSS emite um certificado ao segurado, afirmando que ele passou pelo processo e que pode retornar ao exercício das atividades laborativas.

Crédito rural

Prazo para renegociação de dívida de investimento vai até 31 de maio

A renegociação autorizada abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar o valor de R$ 20,8 bilhões

19/04/2024 15h00

Em MS, podem renegociar os produtores de soja, milho e bovinocultura de leite e de carne. Arquivo/Correio do Estado

Continue Lendo...

Os produtores rurais que foram prejudicados por intempéries climáticas ou queda de preços agrícolas têm prazo até 31 de maio para renegociar dívidas do crédito rural para investimentos. A informação é do Ministério da Agricultura e Pecuária, com base em medida aprovada, com apoio do Ministério da Fazenda, pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), em março passado.

Segundo o comunicado, com a iniciativa, as instituições financeiras poderão adiar ou parcelar os débitos que irão vencer ainda em 2024, relativos a contratos de investimentos dos produtores de soja, de milho e da pecuária leiteira e de corte. Neste contexto, as operações contratadas devem estar em situação de adimplência até 30 de dezembro de 2023.

A renegociação autorizada abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar o valor de R$ 20,8 bilhões em recursos equalizados, R$ 6,3 bilhões em recursos dos fundos constitucionais e R$ 1,1 bilhão em recursos obrigatórios.

Caso todas as parcelas das operações enquadradas nos critérios da resolução aprovada pelo CMN sejam prorrogadas, o custo será de R$ 3,2 bilhões, distribuído entre os anos de 2024 e 2030, sendo metade para a agricultura familiar e metade para a agricultura empresarial. O custo efetivo será descontado dos valores a serem destinados para equalização de taxas dos planos safra 2024/2025.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, disse na nota: "Problemas climáticos e preços achatado trouxeram incertezas para os produtores. Porém, pela primeira vez na história, um governo se adiantou e aplicou medidas de apoio antes mesmo do fim da safra".

Confira abaixo as atividades produtivas e os estados que serão impactados pela medida:

soja, milho e bovinocultura de carne: Goiás e Mato Grosso;

bovinocultura de carne e leite: Minas Gerais;

soja, milho e bovinocultura de leite: São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina;

bovinocultura de carne: Rondônia, Roraima, Pará, Acre, Amapá, Amazonas e Tocantins;

soja, milho e bovinocultura de leite e de carne: Mato Grosso do Sul;

bovinocultura de leite: Espírito Santo e Rio de Janeiro.

Para enquadramento, os financiamentos deverão ter amparo do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e dos demais programas de investimento rural do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), bem como das linhas de investimento rural dos fundos constitucionais.

HABITAÇÃO

Contratação de crédito imobiliário registra queda 33,9% no primeiro bimestre em MS

Em janeiro e fevereiro foram negociadas 591 unidades habitacionais no Estado, ante os 894 imóveis financiados no ano passado

19/04/2024 08h30

Foto: Arquivo / Correio do Estado

Continue Lendo...

O volume de imóveis financiados em Mato Grosso do Sul apresentou queda de 33,89% nos primeiros dois meses deste ano, na comparação com o mesmo período de 2023.

Segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), no 1º bimestre foram negociadas 591 unidades por meio de financiamentos, o que resultou em R$ 222,642 milhões disponibilizados para negociações com recursos da poupança. 

Já em janeiro e fevereiro do ano passado foram negociadas 894 unidades por meio de crédito imobiliário utilizando o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), e o valor das operações quase chegou a R$ 290 milhões (R$ 289.449.681,00). Quando analisados os valores, a diferença resulta em redução porcentual de 23,08%.

Em janeiro do ano passado foram disponibilizados R$ 161,620 milhões - para 487 unidades negociadas, contra R$ 113,143 milhões e 283 imóveis do primeiro mês de 2024, ou seja, R$ 48,477 milhões a menos liberados para a compra de imóveis.

Segundo análise de especialistas, a redução do volume aplicado na poupança teve influência direta no cenário de Mato Grosso do Sul.

Em fevereiro de 2023 os recursos chegaram a R$ 127,829 milhões (407 unidades), ante as 308 unidades deste ano, e R$ 109,498 milhões, redução de R$ 18,331 milhões.

Dentre os principais motivos para a queda dos financiamentos no Estado, o principal é o juro alto praticado pelos bancos nas operações imobiliárias. As taxas ainda estão muito parecidas com a da Selic, fazendo que o valor contratado do financiamento quase dobre ao final do período.

Nas simulações feitas pelo Correio do Estado, por exemplo, as taxas de juros em financiamentos imobiliários no Sistema Financeiro da Habitação (SFH), que utiliza os recursos do sistema brasileiro de poupança, variaram entre 9,5% e 12,5% ao ano, a depender do relacionamento que o cliente tem com o banco.

O economista Renato Gomes explica que o panorama está também relacionado aos resgates e os saques que têm acontecido nas aplicações da poupança.

“Os brasileiros estão tirando dinheiro da poupança pela baixa atratividade, uma vez que essas pessoas estão interpretando, que não está compensando manter o dinheiro na poupança”, pontua.

Gomes destaca ainda que os valores acumulados na poupança são destinados para aquisições imobiliárias por meio do SBPE, uma modalidade de crédito que depende dos recursos da poupança. 

“Esse recurso fica escasso e, portanto, ocorre uma queda na quantidade, no volume de financiamento advindo desta linha de crédito, que é o financiamento imobiliário pela poupança”, detalha o economista.

HISTÓRICO

Nos seis anos anteriores, houve uma instabilidade no volume de negócios fechados através dos financiamentos com recursos da poupança.

De acordo com o relatório da Abecip, entre 2018 e 2021 os números de unidades e valores negociados ficaram em ascensão. Já nos dois últimos anos houve declínio nos financiamentos.

 

Em 2018 foram 3.544 imóveis financiados em Mato Grosso do Sul. O número subiu para 4.038 em 2019, para 6.200 em 2020 e atingiu o ápice em 2021, quando 10.543 unidades foram negociadas no Estado.

Conforme agentes do setor, a pandemia da Covid-19 impactou em mais pessoas trabalhando de casa e com isso muitos saíram do aluguel e compraram a casa própria no período. 

Em valores, o montante também teve ascensão nos anos citados, saindo de R$ 759,076 milhões nos 12 meses de 2018 para R$ 2,653 bilhões em 2021, alta 249% no período. 

Já em 2022, o valor disponibilizado para financiamentos imobiliários com recursos da poupança no Estado reduziram para R$ 2,606 bilhões, resultado 9.104 moradias negociadas. Enquanto no ano passado, houve uma segunda queda tanto em valores (R$1,826 bilhão) quanto em unidades financiadas (5.944).

ASSINE O CORREIO DO ESTADO

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).