Economia

IMPACTO

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Movimentação do décimo terceiro na economia do Estado será menor em 2020

Para 62% dos empresários do comércio do Estado, a expectativa é de retração no faturamento com o Natal

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Neste ano, a movimentação financeira com o décimo terceiro salário deve ser 13% menor em Mato Grosso do Sul. 

Com a antecipação da gratificação de aposentados e pensionistas e a redução no salário de trabalhadores assistidos pela Medida Provisória (MP) nº 936, o montante injetado na economia pode encolher R$ 345,4 milhões, saindo de R$ 2,6 bilhões em 2019 para R$ 2,3 bilhões em 2020.

A projeção foi realizada por economistas ouvidos pela reportagem do Correio do Estado, com base nos dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgados no ano passado. Conforme o Dieese, em 2019 a gratificação de Natal injetou R$ 2,6 bilhões na economia estadual, considerando 1.003.186 pessoas com direito ao salário extra.

Os dados do ano passado consideravam, além dos salários das iniciativas pública e privada, a segunda parcela da gratificação de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). 

Em 2020, além da parcela da população que terá o 13º reduzido em razão da suspensão ou da redução salarial no contrato de trabalho, os segurados já receberam as duas parcelas da gratificação.

Conforme dados do INSS, 309.447 beneficiários receberam R$ 217,4 milhões referentes à segunda parcela da gratificação natalina entre maio e junho. 

Em abril, a primeira parte inseriu R$ 216,2 milhões na economia estadual. Com a parcela já paga, o Estado terá cerca de 8% a menos no total injetado com o décimo.

O programa que autoriza empresas a suspenderem o contrato de trabalho ou reduzirem a jornada e os salários dos funcionários em troca da manutenção do emprego foi prorrogado até dezembro.

 Em MS, mais de 105 mil contratos foram firmados e todos devem ser impactados com uma redução no salário extra. O reflexo, segundo a análise de economistas, pode chegar a -5% do total movimentado no fim do ano com a gratificação.  

Assim, somente com a redução salarial e a antecipação do 13º dos aposentados, são 13% a menos no montante que tradicionalmente circula na economia do Estado.

Comércio

A injeção de menos dinheiro na economia local no fim do ano reflete em vendas mais fracas para o comércio, de acordo com a economista do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio (IPF-MS), Daniela Dias.

“O décimo terceiro menor, a redução salarial, a antecipação do salário dos aposentados, tudo isso deve interferir, porque é um impacto sobre a renda. Pode ser que as pessoas não deixem de comprar, porque temos o apelo emocional da data, mas com gastos menores”, disse a economista.

Dados da pesquisa sobre os impactos da Covid-19 no comércio, elaborada pelo IPF em parceria com o Sebrae-MS, já apontam expectativa de vendas menores para as datas comemorativas de fim de ano. 

Conforme o levantamento, 62% dos consumidores afirmaram que gastarão menos com presentes e comemorações.  

Entre os empresários, a maioria (62%) também acredita que as pessoas comprarão menos.

 “Os próprios empresários acreditam que haverá essa queda no faturamento. Apesar de já ter melhorado a questão da empregabilidade, mas temos a suspensão de contrato, o auxílio emergencial reduzido [passou de R$ 600 para R$ 300 mensais]. E temos a cautela em termos de gastos, então as perspectivas empresariais para mais de 60% dos empresários do Estado são de que haja redução dos gastos com compras e comemorações do fim do ano”, ressalta Daniela.  

A economista ainda frisa que o comportamento percebido no Dia das Crianças deve se perpetuar no Natal.

 “A questão das lembrancinhas deve prevalecer neste ano. Toda crise traz consigo uma cautela em termos de gastos, no Dia das Crianças, por exemplo, tivemos um porcentual maior de pessoas que iriam comprar, mas com redução nos gastos. É o que deve acontecer também no Natal”, pontuou.

Economia

Apesar das expectativas mais tímidas, a pesquisa sobre o impacto da pandemia aponta que o cenário econômico registrou uma melhora. 

A pesquisa aponta que, de forma geral, os impactos da pandemia no faturamento dos empresários foram menos ruins em setembro do que nos meses anteriores. 

As demissões continuaram perdendo força e para os próximos três meses a tendência continuará sendo de queda.

“Percebemos uma menor quantidade de empresários relatando queda nas vendas, vários relataram estabilidade ou aumento das vendas. Com relação às demissões, a gente começa a perceber uma melhora, com redução na intenção de demitir. A cada edição da pesquisa a gente percebe que essa tendência diminui”, explica a analista do Sebrae-MS, Vanessa Schmidt.  

Para explicar a melhoria no resultado, além da retomada, os empresários adotaram diferentes estratégias. 

A maioria (79%) realizou alterações nos canais de comercialização e passou a fazer vendas por redes sociais (38%), passou a utilizar ou intensificaram o uso de plataformas on-line de comercialização (29%) ou fazem atendimento em domicílio ou a distância (11%).

R$ 500 milhões

Em um ano marcado por pandemia e crise financeira, governo do Estado e Prefeitura de Campo Grande garantem que o 13° salário dos funcionários públicos será pago em dia. 

O pagamento das duas folhas movimenta mais de R$ 500 milhões. O governo do Estado tem mais de 79 mil funcionários, entre ativos e inativos, com folha de pagamento de R$ 400 milhões.

 A Prefeitura de Campo Grande já definiu para 20 de dezembro a data em que os funcionários terão acesso à gratificação de Natal. 

São cerca de 25 mil servidores, com folha de pagamento estimada em mais de R$ 100 milhões.  

 

Economia

Não houve invasão externa em sistema do Tesouro, diz Haddad

Segundo ele, alguém com acesso à ferramenta tentou desviar recursos

22/04/2024 19h00

Reprodução: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Não houve ataque externo na invasão ao Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), do Tesouro Nacional, disse nesta segunda-feira (22) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Segundo ele, alguém usou o Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e a senha do Portal Gov.br de gestores de despesas para entrar no sistema e supostamente desviar recursos federais.

“Não foi um hacker que quebrou a segurança [do Siafi], não foi isso. Foi um problema de autenticação. É isso que a Polícia Federal está apurando e está rastreando para chegar aos responsáveis”, declarou o ministro antes de sair para reunião no Palácio do Planalto. “O sistema está preservado. Foi uma questão de autenticação. É alguém que tinha acesso.”

O ministro disse não saber sobre valores supostamente desviados e disse ter recebido a informação assim que a imprensa começou a divulgar o caso. “Não tenho informação sobre valores. Isso estava sendo mantido em sigilo inclusive dos ministros. Estava entre o Tesouro [Nacional] e acho que a Polícia Federal. Eu soube no mesmo momento em que vocês”, disse, reiterando que não houve ataque externo de hackers ao sistema.

Divulgada inicialmente pelo jornal Folha de S.Paulo, a invasão do Siafi ocorreu neste mês. Os criminosos supostamente conseguiram emitir ordens bancárias e desviar dinheiro público usando o login de terceiros no Portal Gov.br.

O caso está sendo investigado pela Polícia Federal. No fim desta tarde, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) informou ter entrado na investigação e estar acompanhando o caso “em colaboração com as autoridades competentes”.

Tesouro

Em nota emitida no início desta noite, o Tesouro Nacional confirmou a afirmação de Haddad de que o Siafi não foi invadido, mas que ocorreu uma utilização indevida de credenciais obtidas de modo irregular. Segundo o órgão, as tentativas de realizar operações na plataforma foram identificadas e não causaram prejuízos à integridade do sistema.

O órgão acrescentou que está tomando todas as medidas necessárias em resposta ao caso, incluindo ações adicionais para reforçar a segurança do sistema. “O Tesouro Nacional trabalha em colaboração com as autoridades competentes para a condução das investigações; e reitera seu compromisso com a transparência, a segurança dos sistemas governamentais e a preservação do adequado zelo das informações, até o término das apurações”, concluiu o comunicado.

Economia

Frigorífico de MS é um dos escolhidos para exportar carne de frango para Malásia

Somente em 2023, o Brasil exportou para a Malásia mais de 13,6 mil toneladas de frango halal, o que corresponde a cerca de US$ 20 milhões; com as novas habilitações a quantidade pode dobrar

22/04/2024 18h15

Novas habilitações de frigoríficos brasileiros para exportação de carne de frango halal à Malásia Divulgação Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa)

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Mato Grosso do Sul está entre outros três estados que tiveram plantas habilitadas para exportação de carne de frango halal para Malásia. A confirmação foi feita pelo Departamento de Serviços Veterinários (DVS) e pelo Departamento de Desenvolvimento Islâmico (JAKIM) do país asiático.

Em outubro e novembro de 2023, uma missão de auditoria foi realizada por funcionários da Malásia. A confirmação ocorreu na tarde desta segunda-feira (22) e além do Estado, foram escolhidas as novas habilitações no Paraná, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

O frango halal segue os preceitos islâmicos tanto na criação quanto no abate. A Malásia é um país que segue normas rigorosas em específico para os produtos halal que devem seguir todos os critérios, de acordo com a lei islâmica. 

“Esse avanço é estratégico para o setor agropecuário brasileiro e demonstra a capacidade do país de atender a mercados altamente exigentes, mantendo-se fiel aos padrões internacionais de qualidade e segurança alimentar. A expansão das exportações para a Malásia também deve impulsionar a economia local, gerando mais empregos e oportunidades no setor”, ressaltou Roberto Perosa, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa.

Segundo dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), no ano anterior o Brasil exportou para a Malásia mais de 13,6 mil toneladas de frango halal, o que corresponde a cerca de US$ 20 milhões.

Com a habilitação das novas plantas, a expectativa é que o volume de carne de frango halal exportada para o país asiático dobre, o que transformaria o país em um dos principais fornecedores de carne de frango deste no mercado internacional. 

Para a efetividade da habilitação das novas plantas, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e Ministério das Relações Exteriores (MRE) trabalharam em conjunto.

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