Economia

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MP investiga Telexfree e mais 8 por suspeita de pirâmide financeira

MP investiga Telexfree e mais 8 por suspeita de pirâmide financeira

G1

06/07/2013 - 07h44
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Já são nove as empresas investigadas pelos Ministérios Públicos do país por suspeita de formação de pirâmide financeira, segundo levantamento da Associação Nacional do Ministério Público do Consumidor (MPCON).

Embora o caso mais conhecido seja o da Telexfree, cujas atividades foram suspensas pela Justiça do Acre, o país tem registrado nos últimos meses um "boom" de empresas que têm entrado no mercado se valendo de estruturas com "fortes indícios" de pirâmide e "golpe", afirma o promotor de Goiás Murilo de Moraes e Miranda, presidente da MPCON.

"Até quinta-feira eram oito as empresas investigadas. Agora já são nove", diz Miranda, em entrevista ao G1. Segundo ele, os inquéritos e procedimentos administrativos começaram a ser abertos há cerca de quatro meses. O promotor não quer adiantar, entretanto, os nomes das empresas investigadas.

"O esquema de pirâmide existe há mais de 60 anos. A diferença agora está na velocidade que estas redes aparecem e se expandem entre cidades e estados. Com a internet e a publicidade virtual, atingiu parâmetros que não passavam nem próximo do que estamos vendo", explica.

MP estuda novos pedidos de suspensão
Por enquanto, a única ação judicial julgada foi a apresentada pela MP do Acre contra a Telexfree, com abrangência nacional. O presidente da MPCON afirma, entretanto, que outras empresas devem ser alvo de denúncia à Justiça.

"Para os casos que a aparência de pirâmide se constatar, as medidas deverão ser as mesmas pedidas no Acre: suspensão das atividades e bloqueio de bens para tentar e ressarcir os consumidores", diz Miranda. "Os Ministérios Públicos estão preparados caso houver alguma reversão da decisão do Acre para ingressarem em seus estados com o mesmo pedido contra a Telexfree", acrescenta.

Crime contra a economia popular
O promotor lembra que, pela legislação brasileira, a prática de pirâmide financeira se configura crime contra a economia popular. A lei n° 1.521, de 26 de dezembro de 1951, estabelece pena de 6 meses a 2 anos de prisão, além de multa, para o crime de "obter ou tentar obter ganhos ilícitos em detrimento do povo ou de número indeterminado de pessoas mediante especulações ou processos fraudulentos ("bola de neve", "cadeias", "pichardismo" e quaisquer outros equivalentes)".

"Num esquema piramidal, a base sustenta quem está no topo. Ou seja, quanto mais a rede cresce, mais gente vai perder dinheiro a custa de um golpe de captação da poupança popular, com a venda de algo que, na prática, não existe", explica o presidente da associação de promotores.

As empresas sob alvo do MP também são investigadas por suspeita de outros crimes relacionados como lavagem de dinheiro e remessa para o exterior.

O MPCON está elaborando uma minuta de projeto de lei para transformar a pirâmide financeira em crime contra a ordem econômica e aumentar a pena para até 5 anos de reclusão, com a possibilidade ainda de agravante de mais um terço em caso de utilização de publicidade na internet.

Empresas negam pirâmide e pedem regulamentação
A Telexfree nega a prática de pirâmide financeira ou de qualquer ilegalidade. A empresa afirma praticar o chamado marketing multinível ou de rede. "Já faz um ano que a empresa está sendo investigada, mas a questão é que não há no país uma legislação que trate de marketing de rede. Por isso, exortamos que o Congresso legisle sobre esta matéria", afirma ao G1 o advogado da empresa, Horst Fuchs.

Segundo ele, "a venda de pacotes de telefonia VoIP conta com a indicação de consumidores que são remunerados à exata medida de novos consumidores" e que "a recompensa é resultado da indicação e não da adesão". "O marketing multinível, quando remunera sobre o consumo e não sobre o valor das adesões, não configura, obviamente, uma pirâmide financeira", argumenta.

A empresa BBom, que em três meses já reuniu mais de 200 mil associados e que também é alvo de investigação do MP, nega a prática de pirâmide ou de qualquer ilegalidade. Segundo o diretor de marketing da empresa, Ednaldo Bispo, é preciso "separar o joio do trigo" e distinguir a pirâmide do marketing multinível.

"A gente entende a preocupação do MP, mas não queremos a nossa imagem associada a modelos que estão sendo alvo de questionamento. Pirâmide vende dinheiro e não produto e serviço como é o nosso caso", diz o diretor da empresa de rastreadores veiculares. "Também vendo rastreador porta a porta. Nosso negócio não vem da entrada de pessoas, mas da prestação de serviço", acrescenta.

Como a Telexfree, a empresa defende uma regulamentação do modelo de negócio. "Faltam parâmetros sobre o que é de fato marketing multinível. Por isso seria importante uma regulamentação", afirma o porta-voz da BBom.

O MPCON não vê, entretanto, qualquer necessidade de regulamentação complementar para o marketing multinível. "Quando é pirâmide e golpe dá para perceber facilmente, pois não há objeto de venda, só aparência. O que importa é a circulação de dinheiro", afirma Miranda.

Como identificar pirâmides
Para a Associação Brasileira de Vendas Diretas (ABEVD), as regras atuais e o código de autoregulamentação do setor são suficientes para diferenciar a pirâmide do modelo multinível, cuja atividade é e praticada por diversas empresas no país como Amway e Herbalife.

"Regulamentação é o que não falta. O problema é que a grande maioria dos esquemas de pirâmide transvestem de marketing multinível para iludir o possível revendedor", afirma a diretora-executiva da associação, Roberta Kuruzu.

As empresas Telexfree e BBom não estão entre as 32 associadas à ABEVD.

Roberta explica que a grande maioria das empresas de venda direta do país se utiliza de algum mecanismo de marketing multinível, oferecendo aos associados a possibilidade de ganhos complementares por meio da captação de novos revendedores. Ela ressalta, porém, que os ganhos são proporcionais ao esforço empreendido, com recolhimento de imposto e garantia de devolução dos recursos financeiros.

As empresas associadas à ABEVD comprometem-se a cumprir e difundir os códigos de ética e de conduta baseados no modelo mundial da World Federation of Direct Selling Associations (WSDSA), que estabelece, por exemplo, a oferta de modelos sustentáveis de negócio e que os ganhos estejam atrelados a venda de produtos ou serviços cujos preços encontrem correspondência aos similares do mercado.

A associação orienta, no entanto, que o mais importante é sempre desconfiar de qualquer oferta de "dinheiro fácil" ou de "ganhos astronômicos" em curto espaço de tempo.

"Quem que não quer ficar em casa sem fazer nada, só ligando para os amigos e convidando para entrar?", diz Roberta, acrescentando que, em muitos casos, entrar em um negócio deste tipo é "pedir para ser enganado".

Economia

Dólar em Queda e Bolsa em Alta com Novos Estímulos na China e Dados Positivos dos EUA

Já a Bolsa disparou 1,08%, a 133.009 pontos, embalada pelo avanço de 6% dos papéis da Vale

26/09/2024 20h00

O dólar fechou em queda de 0,57% nesta quinta-feira (26), a R$ 5,444

O dólar fechou em queda de 0,57% nesta quinta-feira (26), a R$ 5,444 Foto: Arquivo / Agência Brasil

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O dólar fechou em queda de 0,57% nesta quinta-feira (26), a R$ 5,444, com a repercussão de novas promessas de estímulos na China e de dados econômicos dos Estados Unidos.

A moeda enfrentou uma sessão de desvalorização global, com quedas em relação ao peso chileno, ao peso mexicano e ao rand sul-africano. No índice DXY, que mede a força do dólar em relação a uma cesta de outras divisas fortes, as perdas foram de 0,33%, a 100,58.

Já a Bolsa disparou 1,08%, a 133.009 pontos, embalada pelo avanço de 6% dos papéis da Vale.

A cena externa dominou a atenção do mercado nesta quinta-feira. O grande destaque foi mais um anúncio vindo da China para tirar a economia do estado deflacionário e voltar a atingir a meta de crescimento do governo.

Nesta manhã, o Partido Comunista chinês prometeu "gastar o necessário" para que o país cumpra a promessa de terminar o ano com um PIB (Produto Interno Bruto) em 5%.
As falas, que incluíram orientações para sustentar o consumo das famílias e estabilizar o conturbado mercado imobiliário, foram feitas em uma leitura oficial da reunião mensal das principais autoridades do Partido Comunista, o Politburo.

A reunião de setembro não costuma ser um fórum para discussões macroeconômicas, o que sugere uma ansiedade crescente em relação à desaceleração do ritmo do PIB.

Na terça-feira, a China já havia anunciado o pacote de estímulo à economia mais agressivo desde o início da pandemia de Covid-19, em 2020. As medidas incluem cortes em algumas taxas de juros, uma injeção de liquidez de 1 trilhão de iuanes (US$ 140 bilhões) no sistema financeiro e outros impulsos.

Assim como aconteceu na terça-feira, a reação dos investidores ao anúncio de hoje foi positiva e fomentou a procura por ativos de risco, como os mercados acionários.

Nas praças europeias, o índice STOXX 600 bateu o recorde de fechamento e fechou em alta de 1,25%, a 525,61 pontos, também impulsionado pelo avanço de papéis de empresas ligadas a chips semi-condutores, após previsões de forte receita da companhia americana Micron.

Em Wall Street, o Dow Jones subiu 0,62%, a 42.175 pontos, o S&P 500 avançou 0,40%, a 5.745 pontos, e a Nasdaq ganhou 0,60%, a 18.190 pontos.

Para economias emergentes, em particular, o impulso também veio da valorização de commodities como o minério de ferro e cobre, diante da projeção de maior demanda da China. Na Bolsa de Dalian, o contrato mais negociado do minério de ferro teve alta de 1,75%, a US$ 103,73 a tonelada.

"Um pacote de estímulos econômicos vultoso como o chinês tem melhorado as expectativas de investidores em relação ao desempenho econômico do país, o que ajuda a elevar as expectativas de demandas por commodities", disse Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX.

"Mostra que aquele pacote de estímulos monetários divulgados há dois dias faz parte de um conjunto mais amplo de ação e demonstra que as autoridades chinesas estão preocupadas com a perda de ritmo do país."
No Brasil, além dos ganhos no mercado de câmbio, isso se refletiu na disparada das ações da Vale, a empresa de maior peso no Ibovespa. A mineradora avançou 6%, e pares do setor também se beneficiaram do otimismo, como Usiminas (5,62%) e CSN Mineração (8,94%).

O avanço na Bolsa só não foi maior por causa da forte queda da Petrobras, que seguiu os preços do petróleo no exterior em meio a notícias de que a Arábia Saudita, maior exportadora da commodity no mundo, abrirá mão de sua meta de preço para aumentar a produção de barris.

Com isso, os papéis preferenciais e ordinários da petroleira perderam 2,15% e 2,09%, respectivamente.

Do outro lado do mundo, as atenções também se voltaram para novos dados econômicos dos Estados Unidos, com investidores em busca de sinais sobre a trajetória dos juros americanos.

O Departamento do Trabalho informou que o número de pedidos iniciais de auxílio-desemprego recuou para 218 mil na semana encerrada em 21 de setembro, abaixo da expectativa de 225 mil consultados pela Reuters.

Antes considerada mais secundária pelos operadores, a leitura de pedidos de auxílio-desemprego tem sido um termômetro semanal para o estado do mercado de trabalho dos Estados Unidos -agora o principal balizador do Fed (Federal Reserve, o banco central americano) para a política monetária.

"Números melhores de emprego significam que o Fed fará um corte de apenas 0,25 ponto percentual na próxima reunião... por um lado, não teremos um corte maior na taxa, mas, por outro, isso indica que a economia está forte, o que é uma boa notícia", disse Melissa Brown, diretora-gerente de pesquisa de decisão de investimento da SimCorp.

As atenções agora se voltam aos dados de inflação do PCE (índice de preços de despesas de consumo pessoal, na sigla em inglês), que serão divulgados na manhã de sexta-feira.

Já no Brasil, o BC (Banco Central) melhorou a projeção de crescimento econômico em 2024 a 3,2%, ante patamar de 2,3% estimado em junho, conforme Relatório Trimestral de Inflação.

No relatório, a expectativa de inflação para este ano também subiu. De 3,96%, no último relatório, ela foi para 4,31% -abaixo dos 4,37% esperados pelo Boletim Focus desta semana.

O BC cita como fatores por trás da alta a possível restrição de oferta de produtos devido ao clima seco e o encarecimento de preços de bens industriais, influenciados pelo avanço dos preços ao produtor, pela depreciação cambial e pelo aumento do imposto sobre o cigarro.

"Considerando o hiato do produto em campo positivo, que indica que a economia doméstica está operando acima da sua capacidade potencial, e os riscos inflacionários, o mercado avalia não haver outra alternativa se não a de intensificar o ritmo de aumentos da [taxa] Selic", avalia André Galhardo, consultor econômico da plataforma de transferências internacionais Remessa Online.

 

*Informações da Folhapress 

Loterias

Resultado da Lotofácil de hoje, concurso 3205, quinta-feira (26/09)

A Lotofácil é uma das loterias mais populares no Brasil, com sorteios realizados seis vezes por semana, de segunda a sábado; veja números sorteados

26/09/2024 19h18

Confira o resultado do sorteio da Lotofácil

Confira o resultado do sorteio da Lotofácil Foto: Arquivo

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 3205 da Lotofácil na noite desta quinta-feira, 25 de setembro de 2024, a partir das 20h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 4 milhões. 

Confira o resultado da Lotofácil de hoje!

Os números da Lotofácil 3205 são:

  • 12 - 03 - 01 - 17 - 13 - 07 - 10 - 23 - 19 - 25 - 21 - 08 - 16 - 04 - 24

O sorteio da Lotofácil é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal ofical da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: Lotofácil 3206

Como a Lotofácil tem seis sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na sexta-feira, 27 de setembro, a partir das 20 horas, pelo concurso 3206. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Lotofácil é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 3,00 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 15 dente as 25 dezenas disponíveis, e fatura prêmio se acertar 11, 12, 13, 14 ou 15 números.

Como apostar na Lotofácil

Os sorteios da Lotofácil são realizados diariamente, às segundas, terças, quartas, quintas, sextas-feiras e sábados, sempre às 19h (horário de MS).

O apostador marca entre 15 e 20 números, dentre os 25 disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 11, 12, 13, 14 ou 15 números.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 12, 18 ou 24 concursos consecutivos através da Teimosinha.

A aposta mínima, de 15 números, custa R$ 3,00.

Os prêmios prescrevem 90 dias após a data do sorteio. Após esse prazo, os valores são repassados ao Tesouro Nacional para aplicação no FIES - Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior.

É possível marcar mais números. No entanto, quanto mais números marcar, maior o preço da aposta.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

Para a aposta simples, com 15 dezenas, que custa R$ 3,00, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 3.268.760, segundo a Caixa.

Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 211, ainda segundo a Caixa.

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