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MS gera menos emprego, mas é 4º melhor

MS gera menos emprego, mas é 4º melhor

VINÍCIUS SQUINELO

22/06/2012 - 00h00
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Mato Grosso do Sul, como todo o País, sentiu os efeitos da crise internacional e reduziu a geração de empregos em maio. Mesmo com um quadro econômico ruim, o Estado conseguiu ter um saldo positivo de 3,2 mil vagas, e encerrar maio como 4º Estado brasileiro na criação de postos de trabalho.

Em maio, MS admitiu 23.943 pessoas, e demitiu 20.721 trabalhadores, resultando em um saldo de exatos 3.222 empregos. O índice é considerado bom, porém ficou 45% inferior ao do mesmo período de 2011.

“Mas o resultado foi bom. Ano passado também foi um ano atípico, quando a geração de empregos foi, no geral, muito alta”, explicou o economista Áureo Torres.

No acumulado do ano, entre janeiro e maio, o Estado contratou 133.894 trabalhadores, enquanto demitiu outros 113.516, finalizando o período com um saldo de 20.378 empregos, avanço de 4,49%. O percentual é referente ao período anterior, no caso o mês de dezembro de 2011.

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ECONOMIA

Pix automático beneficiará 60 milhões de brasileiros a partir de hoje

A nova ferramenta elimina a exigência de convênios com cada banco, como ocorria no débito automático tradicional

16/06/2025 14h30

Pix

Pix Marcello Casal jr/Agência Brasil

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A partir desta segunda-feira (16), o débito automático de boletos poderá ser substituído por pix automático. A medida já estava disponível para clientes do Banco do Brasil desde o fim do mês de maio, no entanto, outras instituições financeiras só começaram a ofertar o serviço agora.

A nova modalidade permitirá que o usuário autorize pagamentos periódicos a empresas e prestadores de serviços, como microempreendedores individuais (MEIs). A autorização é feita uma única vez, e os débitos ocorrem automaticamente na conta do pagador.

De acordo com o Banco Central (BC), a nova ferramenta deve beneficiar até 60 milhões de brasileiros que não possuem cartão de crédito.

Na prática, para as empresas, o Pix Automático elimina a exigência de convênios com cada banco, como ocorria no débito automático tradicional. Agora, basta solicitar a adesão no banco onde têm conta.

ENTENDA COMO VAI FUNCIONAR

  • A empresa envia o pedido de autorização ao cliente.
  • O cliente acessa a opção "Pix Automático" no aplicativo do banco.
  • Lê e aceita os termos.
  • Define periodicidade, valor (fixo ou variável) e limite por transação.
  • A partir da data combinada, os débitos são feitos automaticamente.
  • A cobrança pode ocorrer 24h por dia, inclusive em feriados.
  • O usuário pode cancelar ou ajustar os pagamentos a qualquer momento.

Cabe ressaltar que, o Pix Automático é voltado a pessoas físicas como pagadoras e empresas ou prestadores de serviços como cobradores. Além disso, para transferências entre pessoas físicas, como salários de trabalhadores domésticos continua vao Pix Agendado Recorrente, que é obrigatório desde outubro de 2024.

RISCOS

Apesar de prática, a nova modalidade traz alguns riscos como a possibilidade de golpes por meio de propostas falsas enviadas por empresas inexistentes. Para reduzir fraudes, o BC estabeleceu critérios rigorosos para adesão das empresas ao Pix Automático, entre eles, as instituições financeiras devem verificar:

  • Data de inscrição no CNPJ e situação dos sócios no CPF;
  • Coerência entre o serviço ofertado e a atividade econômica da empresa;
  • Número de funcionários, capital social e faturamento;
  • Tempo de abertura da conta e histórico de cobranças;
  • Frequência de transações com a instituição.

Além disso, apenas empresas em operação há mais de seis meses poderão oferecer cobranças via Pix Automático.

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MERCADO EXTERNO

Alta exposição à China e aos EUA favorece MS em "guerra tarifária"

Para economista da Lifetime, Mato Grosso do Sul já está se beneficiando da guerra comercial dos gigantes

16/06/2025 08h30

Marcela Kawati, economista da Lifetime, analisa cenário para MS

Marcela Kawati, economista da Lifetime, analisa cenário para MS Foto: Divulgação

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Os números da balança comercial de Mato Grosso do Sul deste ano mostram que a “guerra tarifária”, deflagrada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra a China, teve mais impactos positivos do que negativos para a economia de MS e que o Estado poderá se beneficiar ainda da imposição de tarifas entre os dois países.

A leitura é da economista da Lifetime Investimentos, Marcela Kawati. Segundo ela, Mato Grosso do Sul está fortemente exposto às exportações de produtos do agronegócio para a China e também bem posicionado no que tange às compras que os Estados Unidos fazem do Brasil.

De fato, as vendas de carne bovina para os Estados Unidos, desde fevereiro, quando Trump chegou ao poder, dispararam, mesmo com tarifas de 10% sobre elas. Já as vendas de soja, sobretudo para a China, mantiveram-se estáveis, mas com perspectiva de alta, em meio à possível substituição da soja norte-americana pela brasileira.

Por ter mais familiaridade com a burocracia chinesa, Mato Grosso do Sul pode levar vantagem ao vender mais para a China.

“Quando a gente fala de agronegócio, não existe a possibilidade de você botar uma fazenda em uma caixa e levar para outro país. Por isso, o fato de o Brasil estar exposto às exportações via agronegócio faz com que a gente tenha aí uma vantagem, no sentido de que não é um produto de fácil substituição”, explica Marcela.

Exportações

Neste primeiro semestre, as exportações de Mato Grosso do Sul estão em alta, mesmo com a guerra tarifária mundo afora, polarizada entre EUA e China. O total acumulado de exportações entre janeiro e maio é de US$ 4,28 bilhões, crescimento de 2,95% em relação ao mesmo período de 2024.

Como as importações estão em queda, sobretudo pela compra menor de gás natural da Bolívia, o Brasil comprou, via Mato Grosso do Sul, US$ 1,037 bilhão, o que contribuiu para o aumento do saldo da balança comercial.

O acumulado dos primeiros cinco meses deste ano indica a permanência das contas externas em superavit, com saldo de US$ 3,25 bilhões, 8,41% a mais que no mesmo período do ano passado.

E os principais produtos sul-mato-grossenses vendidos ao exterior estão muito expostos à disputa comercial entre China e Estados Unidos.

Em termos de volume exportado, os principais produtos locais são soja (28,66%), celulose (24,83%) e carne bovina (18,02%).

Em termos de valor agregado, porém, a celulose já tem larga vantagem sobre a soja: representa 34% do volume financeiro das vendas externas, enquanto a soja representa 27% e a carne, 14%.

Sozinha, a venda de celulose, que tem a China como grande destino, resultou em um faturamento de US$ 1,44 bilhão nos primeiros cinco meses deste ano, 78% a mais que no mesmo período do ano passado.

“Existe mais oportunidade de ganhar espaço neste vácuo entre o que acontece entre China e Estados Unidos”, afirma a economista.

No que diz respeito à carne bovina, ela enxerga uma tendência de estabilidade ou baixa, uma vez que os Estados Unidos já fizeram grandes compras antes do início do tarifaço e, também, que as vendas para a China seguem estáveis. Marcela Kawati vê grande oportunidade mesmo é na soja.

“Quando a gente fala especificamente de Mato Grosso do Sul, a gente vê uma grande exposição à China. E tem uma vantagem aí, porque, neste momento, EUA e China vão se afastar geopoliticamente e fica um vácuo ali [o país asiático é um grande comprador da soja norte-americana], pois a China vai precisar comprar de alguém”, analisa.

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