Economia

mudança

Novo juro do BNDES tem aval
da Câmara sem sofrer mudança

Novo juro do BNDES tem aval
da Câmara sem sofrer mudança

FOLHAPRESS

30/08/2017 - 21h30
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 A proposta que altera a taxa de juros do BNDES passou pela última etapa de votação na Câmara dos Deputados nesta quarta (30) e agora segue para análise do Senado.

Em votação que durou cerca de quatro horas, os parlamentares rejeitaram três mudanças no texto sugeridas pelo PT. O texto-base que cria a TLP (Taxa de Longo Prazo) já havia sido aprovado pelos deputados na semana passada.

Presente à votação, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), afirmou que pretende colocar o tema em votação na próxima terça (5) ou quarta (6) pela manhã, apesar da semana curta com o feriado na sexta, o que tem potencial de baixar a presença de parlamentares.

O objetivo dos governistas é evitar que a medida provisória que altera os juros do BNDES caduque, uma vez que vence em 6 de setembro.

O governo quer alterar a referência para os empréstimos do BNDES a partir de janeiro. Isso também mudará a correção dos recursos que o banco tem que devolver ao Tesouro Nacional e ao FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), fonte de recursos da entidade de fomento.

A ideia é retirar do crédito do BNDES a atual TJLP, hoje fixada pelo governo a cada três meses, e em seu lugar implantar a TLP, taxa que seguiria a remuneração dos títulos públicos NTN-B com validade de cinco anos, negociados no mercado financeiro.

NOVA DINÂMICA

A mudança é tratada como uma das mais importantes medidas estruturais propostas pelo governo, segundo integrantes da equipe econômica, pois mudaria de forma perene a dinâmica de gastos do governo com subsídios que são invisíveis no Orçamento.

As empresas tomam hoje empréstimo no BNDES a taxas de juros mais baixas do que as que o governo paga para se financiar. Esse subsídio não passam pelo Orçamento.

Os integrantes do governo argumentam ainda que essa fatia de crédito mais barata e rígida retira potência da política do Banco Central contra a inflação.

A medida, no entanto, é alvo de intensas críticas do setor produtivo e de economistas mais afeitos a políticas de incentivo à indústria e à produção doméstica.

Eles afirmam que, sem os juros mais baixos, a indústria brasileira perderá capacidade de competir com fornecedores estrangeiros, que podem oferecer crédito mais barato a compradores. E faltarão recursos para investimento, quando a recessão acabar e as empresas estiverem mais dispostas a aumentar a capacidade de produção.

Os argumentos são rejeitados pelos integrantes do governo, que defendem que a mudança ajudará a baixar a taxa de juros para todos os setores, o que ajudará na recuperação da economia.

LOGÍSTICA

Depois da BR-163, ferrovia Malha Oeste enfrenta entrave no TCU

Processo de reativação da malha ferroviária de MS está parado há mais de 10 meses

09/12/2024 08h30

Ferrovia Malha Oeste que segue parado no Tribunal de Contas da União (TCU)

Ferrovia Malha Oeste que segue parado no Tribunal de Contas da União (TCU) Foto: Marcelo Victor / Correio do Estado

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Após travar o processo de relicitação da BR-163 por um longo período, é o processo de reativação da ferrovia Malha Oeste que segue parado no Tribunal de Contas da União (TCU). As tratativas para relicitar a malha ferroviária que corta Mato Grosso do Sul de leste a oeste estão travadas há pelo menos 10 meses e, mesmo com novas conversas sobre um acordo entre a concessionária Rumo Logística e o Ministério dos Transportes, nada foi concretizado. 

De acordo com o titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação de Mato Grosso do Sul (Semadesc), Jaime Verruck, a principal estratégia hoje é repactuar o contrato de concessão e revitalizar a malha ferroviária. 

“Essa proposta de repactuação [do contrato] seria fazer a rebitolagem de Campo Grande até Três Lagoas, desativar de Três Lagoas até Mairinque, de Três Lagoas subiríamos com a com essa ferrovia até o município de Aparecida do Taboado e manteria na bitola estreita de Campo Grande até Corumbá. Então, esse seria o desenho atual da questão ferroviária. A gente tem insistido, mas praticamente ficou paralisada essa proposta ao longo deste ano”, explicou, em entrevista ao Correio do Estado

Ainda de acordo com o secretário, o projeto é que, com a revitalização da ferrovia, as gigantes do Vale da Celulose possam se conectar à linha férrea e otimizar o tempo de transporte da produção ao Porto de Santos, já que todos os grupos têm terminais próprios no local. 

“A Eldorado Brasil Celulose apresentou um projeto de licenciamento, e nós já emitimos esse licenciamento para construir uma ferrovia da fábrica até Aparecida Taboado, são 97 km, e levaria seu produto diretamente da fábrica ao Porto de Santos. Houve também um pedido de licenciamento da Suzano para fazer [trilhos] da fábrica em Ribas [do Rio Pardo], passando por Três Lagoas e subindo a Aparecida [do Taboado]”, avaliou. 

“Se nós tivermos a revitalização dessa ferrovia, seria possível que carregasse dentro da Suzano e levasse até os portos. Isso beneficiaria também a Bracell [em Água Clara] e a Eldorado [em Três Lagoas]”, analisa Verruck.

CONCESSÃO

Conforme adiantou o Correio do Estado, na edição de 31 de outubro, o Ministério dos Transportes quer acelerar a renovação da concessão da ferrovia entre Mato Grosso do Sul e São Paulo com um novo contrato de 30 anos. 

A promessa era de que uma proposta de solução consensual seria apresentada em junho deste ano, por um grupo de trabalho (GT) criado pelo Ministério.

A proposta está em discussão e inclui a devolução de 650 km do trecho paulista para conversão futura em transporte de passageiros. 

Já em Mato Grosso do Sul, a concessionária Rumo Logística teria exclusividade sobre a Malha Oeste e investiria em 137 km adicionais, um projeto de cerca de R$ 2,7 bilhões para integrar o traçado à Malha Paulista.

A Malha Oeste tem 1.973 km de extensão, entre as cidades de Corumbá e Mairinque (SP). Em Mato Grosso do Sul está a maior parte da ferrovia, que abrange um trecho de aproximadamente 800 km, entre Corumbá e Três Lagoas, e outro de pouco mais de 300 km, entre Campo Grande e Ponta Porã. 

De olho no corte de custos, o plano é prorrogar a concessão por mais 30 anos, evitando o vencimento do contrato atual, pois um novo processo de relicitação seria mais extenso e custoso.

IMPASSE 

A necessidade de estudos adicionais foi apontada, mesmo com um levantamento prévio de viabilidade econômica indicando investimentos de R$ 18,95 bilhões em 60 anos para recuperar o trecho ferroviário, cuja infraestrutura “encontra-se depreciada”, segundo o relatório. 

Durante anos, a atual concessionária investiu em níveis insuficientes para a manutenção adequada da malha, resultando em significativa perda de capacidade operacional.

“Atualmente, os trens trafegam com velocidades abaixo de seu potencial e o volume de carga transportado é limitado”, destacou a Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos (Seppi), vinculada à Presidência da República.

Em julho deste ano, o deputado estadual Pedro Pedrossian Neto (PSD) solicitou à Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems) a criação de uma comissão parlamentar para acompanhar o andamento do processo de relicitação da ferrovia, que atualmente está sob administração da Rumo Logística.

Entre as propostas para viabilizar economicamente a revitalização da Malha Oeste está a inclusão de um desvio até Aparecida do Taboado, conectando-a à Malha Paulista. O modelo em estudo, no entanto, não contempla o trecho entre Campo Grande e Ponta Porã. 

As discussões em torno da relicitação ganharam força no ano passado, quando o Ministério dos Transportes começou a revisar as prorrogações antecipadas firmadas durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. 

O governo atual questiona a eficácia dessas renovações, apontando que abriram mão de recursos significativos para os cofres públicos, ainda que tenham sido submetidas a audiências públicas e aprovadas pelo TCU na época.

Desde dezembro de 2023, a relicitação da Malha Oeste é tratada como prioridade pelo governo de Mato Grosso do Sul. 

Em reuniões com o Ministério dos Transportes, o governador Eduardo Riedel (PSDB) reforçou a importância da revitalização da ferrovia que cruza o Estado para o escoamento da produção local.

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horário estendido

Comércio de Campo Grande ficará aberto até às 22h a partir desta segunda

Lojas ficarão abertas até mais tarde devido ao aumento de movimento para compras de fim de ano; Horário estendido segue até o fim do mês, confira

08/12/2024 15h29

Horário será estendido devido ao aumento de movimento para compras de fim de ano

Horário será estendido devido ao aumento de movimento para compras de fim de ano Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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A partir desta segunda-feira (9), o comércio de Campo Grande ficará aberto até às 22h durante a semana, com horário diferenciados aos sábados e domingos, até o fim do ano. 

O horário será estendido para atender a demanda de clientes, tendo em vista que o movimento aumenta durante o período de festas.

A decisão do horário estendido foi tomada na última quarta-feira (4), com o fechamento da convenção trabalhista entre o Sindicato do Comércio Varejista de Campo Grande (Sindivarejo CG) e o Sindicato dos Empregados do Trabalhadores do Comércio, estabelecendo, entre outros pontos, o horário especial de funcionamento do comércio.

Conforme a Fecomércio, ficou acordado que o comércio ficará aberto até às 22h de segunda a sábado, com horário diferenciado aos domingos e nas datas festivas.

Confira o horário especial de fim de ano no comércio:

  • Do dia 9 ao dia 23 de dezembro, de segunda a sábado - até às 22h
  • Domingos, dias 15 e 22 de dezembro -  9h às 18h
  • Dia 24/12 - Até as 17h (até as 19h em shoppings e hipercenters). 
  • Dia 31/12 -  Até as 16h (até as 18h em shoppings e hipercenters). 
  • Domingos, dias 15 e 22 de dezembro -  9h às 18h.
  • Dias 25 de dezembro e 1º de janeiro - comércio não abre

A convenção só foi fechada após a definição de reajuste salarial de 8% aos comerciários, sendo 6% para quem ganha acima do piso. O valor do vale alimentação foi reajustado para R$ 552.

Movimentação financeira

O período de fim de ano deve movimentar R$ 1,27 bilhão em compras para presentes e comemoração no comércio de Mato Grosso do Sul, segundo pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio MS (IPF MS) e Sebrae MS. 

Esse valor inclui R$ 837 milhões relacionados ao Natal – sendo R$ 414,8 milhões para presentes e R$ 422,6 milhões para comemorações – e R$ 434 milhões no Ano Novo.

De acordo com a economista do IPF-MS, Regiane Dedé de Oliveira, o cenário é otimista.

“O consumidor sul-mato-grossense está mais propenso a celebrar, e isso reflete diretamente na economia. É o momento oportuno para o comércio se preparar, atender bem e aproveitar o movimento gerado pelas festas de fim de ano", disse.

"O gasto médio com presentes de Natal está em R$ 456, e o das comemorações em R$ 340, valores significativos que impulsionam nossa economia”, acrescentou a economista.

Decoração natalina

A decoração natalina do centro de Campo Grande foi inaugurada na última sexta-feira (6), com o acendimento da luzes decorativas nas Avenidas 14 de julho e Afonso Pena.

Há ainda decorações em forma de árvore de natal, cascata de estrelas, bolas de Natal, presépio, anjos, coelho, pinha, Papai Noel, Casa de Natal, entre outros.

Já a Cidade do Natal será inaugurada em 13 de dezembro, no espaço “Vila Morena”, localizado nos altos da avenida Afonso Pena, em Campo Grande.

Neste ano, a Cidade do Natal vai até 31 de dezembro, totalizando 19 dias de programação. O local vai funcionar das 17h30min às 22h30min.

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