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Novo marco ferroviário deve descomplicar atuação da iniciativa privada

Texto já está pronto e deve ser colocado em pauta nesta quarta no Congresso

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O Projeto de Lei do Senado (PLS) que cria o novo marco legal das ferrovias brasileiras deve ser votado nesta quarta-feira (2). Se for aprovada, a normativa deverá impulsionar o setor, visto como importante mecanismo de logística especialmente para estados como Mato Grosso do Sul, que precisam de meios ágeis e baratos para escoar a produção agrícola.

Basicamente, o texto muda a forma como a malha é entregue ao setor privado. As empresas que atualmente operam em regime de concessão irão atuar por meio de autorizações, bem mais flexíveis e menos burocráticas.

O trunfo do Governo Federal é fazer com que o transporte ferroviário seja mais atrativo e chame mais investidores.

PONTO A PONTO

A União ficará responsável por fiscalizar e regular as atividades das administrações ferroviárias quanto a aspectos técnicos, ambientais, econômicos e de segurança.

Conforme o texto original, o planejamento, a coordenação, a construção, a operação, a exploração, a autorização, a regulação e a fiscalização das ferrovias privadas devem respeitar a livre iniciativa e direito dos usuários, reduzir os custos logísticos e aumentar a oferta de mobilidade.

As empresas que forem autorizadas a explorar a malha poderão expandir a rede, modernizar os sistemas e otimizar a infraestrutura já existente por um prazo de no mínimo 25 anos e, no máximo, 99 anos. 

O processo para que uma companhia assuma o serviço começará com a abertura de edital. Não haverá leilões. Os interessados deverão fazer um requerimento aos órgãos competentes. Eles poderão construir novos ramais e fazê-los funcionar por conta e risco. Os bens não vão ser mais reversíveis.

Hoje, o processo é demorado e complexo. São necessários vários estudos de construção e operação que devem passar inclusive pelo crivo das cortes fiscais, o que muitas vezes acaba espantando interessados em entrar no negócio. 

As companhias também poderão propor preços a serem cobrados pelo transporte. A ideia é que o próprio setor de autorregule e a concorrência beneficie os consumidores no oferecimento de valores mais em conta, porém, haverá órgãos reguladores para garantir que não haja cobranças excessivas. Além disso, o poder público também terá a missão de evitar a prática de concorrências desleais. 

Se houver algum tipo de negligência, imperícia ou se as linhas forem abandonadas, o contrato pode ser rescindido. 

As empresas que operarem a malha ferroviária também poderão explorar imóveis em torno das linhas e estações ferroviárias. Dessa forma, elas poderão levantar fundos que ajudem as financiar os serviços necessários à manutenção da rede em pleno funcionamento. 

Nos locais em que as linhas já são operadas pelo modelo antigo, a lei também cria algumas flexibilizações para alavancar o setor. Além disso, elas também poderão utilizar alguns benefícios das normas novas, como a exploração imobiliária. Contudo, elas não vão poder migrar os contratos de concessão para os de autorização.

MATO GROSSO DO SUL

A Rumo S.A., que detém a concessão da ferrovia até 2026. Ela chegou a apresentar um documento informando ter protocolado junto à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) pedido de adesão ao processo de relicitação da Ferrovia Malha Oeste. 

O funcionamento da malha sul-mato-grossense está travado desde 2015. Algumas locomotivas podem ser encontradas abandonadas em meio aos trilhos e galpões cercados pelo mato.

Antes que o marco legal chegasse ao nível em que está, o governo apostada na possibilidade da renovação antecipada da concessão, como aconteceu na malha paulista da Rumo

Economia

Não houve invasão externa em sistema do Tesouro, diz Haddad

Segundo ele, alguém com acesso à ferramenta tentou desviar recursos

22/04/2024 19h00

Reprodução: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Não houve ataque externo na invasão ao Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), do Tesouro Nacional, disse nesta segunda-feira (22) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Segundo ele, alguém usou o Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e a senha do Portal Gov.br de gestores de despesas para entrar no sistema e supostamente desviar recursos federais.

“Não foi um hacker que quebrou a segurança [do Siafi], não foi isso. Foi um problema de autenticação. É isso que a Polícia Federal está apurando e está rastreando para chegar aos responsáveis”, declarou o ministro antes de sair para reunião no Palácio do Planalto. “O sistema está preservado. Foi uma questão de autenticação. É alguém que tinha acesso.”

O ministro disse não saber sobre valores supostamente desviados e disse ter recebido a informação assim que a imprensa começou a divulgar o caso. “Não tenho informação sobre valores. Isso estava sendo mantido em sigilo inclusive dos ministros. Estava entre o Tesouro [Nacional] e acho que a Polícia Federal. Eu soube no mesmo momento em que vocês”, disse, reiterando que não houve ataque externo de hackers ao sistema.

Divulgada inicialmente pelo jornal Folha de S.Paulo, a invasão do Siafi ocorreu neste mês. Os criminosos supostamente conseguiram emitir ordens bancárias e desviar dinheiro público usando o login de terceiros no Portal Gov.br.

O caso está sendo investigado pela Polícia Federal. No fim desta tarde, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) informou ter entrado na investigação e estar acompanhando o caso “em colaboração com as autoridades competentes”.

Tesouro

Em nota emitida no início desta noite, o Tesouro Nacional confirmou a afirmação de Haddad de que o Siafi não foi invadido, mas que ocorreu uma utilização indevida de credenciais obtidas de modo irregular. Segundo o órgão, as tentativas de realizar operações na plataforma foram identificadas e não causaram prejuízos à integridade do sistema.

O órgão acrescentou que está tomando todas as medidas necessárias em resposta ao caso, incluindo ações adicionais para reforçar a segurança do sistema. “O Tesouro Nacional trabalha em colaboração com as autoridades competentes para a condução das investigações; e reitera seu compromisso com a transparência, a segurança dos sistemas governamentais e a preservação do adequado zelo das informações, até o término das apurações”, concluiu o comunicado.

Economia

Frigorífico de MS é um dos escolhidos para exportar carne de frango para Malásia

Somente em 2023, o Brasil exportou para a Malásia mais de 13,6 mil toneladas de frango halal, o que corresponde a cerca de US$ 20 milhões; com as novas habilitações a quantidade pode dobrar

22/04/2024 18h15

Novas habilitações de frigoríficos brasileiros para exportação de carne de frango halal à Malásia Divulgação Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa)

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Mato Grosso do Sul está entre outros três estados que tiveram plantas habilitadas para exportação de carne de frango halal para Malásia. A confirmação foi feita pelo Departamento de Serviços Veterinários (DVS) e pelo Departamento de Desenvolvimento Islâmico (JAKIM) do país asiático.

Em outubro e novembro de 2023, uma missão de auditoria foi realizada por funcionários da Malásia. A confirmação ocorreu na tarde desta segunda-feira (22) e além do Estado, foram escolhidas as novas habilitações no Paraná, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

O frango halal segue os preceitos islâmicos tanto na criação quanto no abate. A Malásia é um país que segue normas rigorosas em específico para os produtos halal que devem seguir todos os critérios, de acordo com a lei islâmica. 

“Esse avanço é estratégico para o setor agropecuário brasileiro e demonstra a capacidade do país de atender a mercados altamente exigentes, mantendo-se fiel aos padrões internacionais de qualidade e segurança alimentar. A expansão das exportações para a Malásia também deve impulsionar a economia local, gerando mais empregos e oportunidades no setor”, ressaltou Roberto Perosa, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa.

Segundo dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), no ano anterior o Brasil exportou para a Malásia mais de 13,6 mil toneladas de frango halal, o que corresponde a cerca de US$ 20 milhões.

Com a habilitação das novas plantas, a expectativa é que o volume de carne de frango halal exportada para o país asiático dobre, o que transformaria o país em um dos principais fornecedores de carne de frango deste no mercado internacional. 

Para a efetividade da habilitação das novas plantas, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e Ministério das Relações Exteriores (MRE) trabalharam em conjunto.

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