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O que você precisa saber para fugir dos golpes das compras online na Black Friday

Levantamento com 25 mil internautas aponta que 62% pretendem gastar algum dinheiro na data

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Se para alguns consumidores a Black Friday é a oportunidade perfeita para fazer compras com descontos, para golpistas, é a chance de tirar alguns trocados dos clientes mais afoitos e descuidados. E engana-se quem pensa que a data importada dos Estados Unidos não tem adeptos em terras verde e amarelas.

A boa notícia é que os consumidores ficam cada vez mais atentos às fraudes do período. Essa mesma pesquisa revelou que apenas 4,07% confiam plenamente que os descontos são reais e que é seguro aderir à onda de ofertas, especialmente pela internet. Outros 95,93% confiam parcialmente ou não confiam.

Mesmo assim, ainda é importante tomar alguns cuidados para evitar armadilhas. E nada melhor que aprender com fatos passados.

O Reclame Aqui organizou um ranking das empresas mais reclamadas em 2019. Engana-se quem espera ver grandes lojas de eletroeletrônicos na ponta da lista. As franquias de fast-food McDonalds e Burger King ocuparam as primeiras posições em número de queixas no site. Os problemas não foram especificados.

Na sequência, aparece o site de cupons e cashback Méliuz seguido pelas Lojas Americanas e Kabum, especializado em equipamentos para informática, eletrônicos e jogos.

“Esses dados sinalizam a importância do uso de ferramentas para comparar e monitorar preços antes de fechar uma compra”, disse ao Correio do Estado Alessandro Fontes, co-criador da Reduza, empresa que há vários anos disponibiliza plataformas gratuitas para ajudar os internautas a fazerem boas compras durante a semana de descontos. 

PROBLEMAS QUE SE REPETEM

O Reclame Aqui enumerou os principais problemas que deixaram consumidores insatisfeitos com as lojas online ano passado. O primeiro deles é propaganda enganosa, que foi o motivo do descontentamento de 32% dos que procuraram o portal. 

Na sequência, erros e falhas na hora de finalizar a compra (11,37%), divergência de valores (8,28%), atraso na entrega (6,24%) e dificuldades para obter o estorno dos valores pagos (4,54%).

É por essas razões que o superintendente do Procon de Mato Grosso do Sul, Marcelo Salomão, dá algumas dicas que podem ajudar as pessoas a passarem por esse tipo de situação ou juntarem provas, caso seja necessário impor alguma medida mais rígida para ter os direitos garantidos. 

A primeira delas é tirar print de todas as páginas dos sites de compras. Especialmente aqueles que informam o preço e a tela que comprova que a compra foi finalizada, onde apareça também o prazo de entrega, valor do frete, etc. 

“Nas compras virtuais, é preciso tomar muito cuidado com os sites. Nosso site tem uma relação de sites não recomendados. Fugir de páginas de redirecionamento, porque aí já há indícios de fraude. É preciso tomar muito cuidado, pois você estará repassando informações privilegiadas a estelionatários”, orienta Salomão.

PEGADINHAS

Alessandro afirma que um dos itens que mais tem enganado os consumidores que optam pelos e-commerces é o valor do frete. O preço nem sempre é incluso no valor que aparece nas páginas iniciais dos sites. Dessa forma, muitas vezes deixa-se de comprar em um lugar que já mostra o preço total por outra cujo item aparentemente está mais em conta, mas que ao fim revela a “facada” cobrada pela entrega. 

O Reduza está com a ferramenta “Black ou fraude” disponível novamente para ajudar os consumidores. Colando o link do produto, a plataforma sul-mato-grossense faz uma análise gratuita e emite um dossiê sobre o item “comparando preços nas diferentes formas de pagamento (à vista e parcelado), histórico dos últimos 60 dias e valor do frete, para determinar o preço final da compra para o CEP do consumidor”.

Alessandro diz que o sistema testa ainda mais de 30 cupons de desconto para “descobrir” preços até 30% mais baratos. Ano passado, a ferramenta livrou 1,2 mil pessoas de golpes pela internet nessa época.

“Todo cuidado é pouco, principalmente em época de Black Friday”, afirma Lucas Pelegrino, co-fundador do site e responsável pela tecnologia da empresa. Ele enumera dicas fundamentais de segurança.

Desconfie de preços muito baixos: cuidado, o preço é o primeiro sinal para esse tipo de golpe, que geralmente oferece produtos incríveis com preços praticamente impossíveis, que na Black Friday pode confundir o consumidor e levá-lo a um prejuízo.

Confira o link destino da promoção: ao abrir o anúncio, faça uma análise da URL, que é o link que levou ao site da promoção. Veja se realmente é o domínio oficial da loja em questão. Na dúvida, acesse o site da loja diretamente ou através do Google e pesquise pelo item da promoção.   

Se for uma loja que não é popular, faça buscas nas redes sociais, sites de reclamações, lista do Procon, ligue na loja e, na dúvida, não compre.

Confira o nome da página ou perfil que divulgou a promoção: é muito comum que o anúncio nas  redes sociais tentem remeter ao nome da loja, ou nome de uma promoção. Então fique de olho e veja se é a página ou perfil oficial da loja que está anunciando.    

O “cadeado verde não é garantia de segurança: sites com selos de segurança, na verdade, garantem sigilo dos dados e não indicam se o site é confiável, inclusive muitos desses sites clonados já trazem URL’s com protocolos “https”.           

Economia

Petrobras quer retomar obras em navios inacabados pré-Lava Jato

Embarcações eram construídas por estaleiro que fechou as portas após início da operação

18/04/2024 21h00

Fernando Frazão; Agência Brasil

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A Petrobras estuda uma maneira de retomar as obras de dois navios petroleiros remanescentes das encomendas feitas ainda no primeiro programa de revitalização da indústria naval brasileira, nas primeiras gestões do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
As embarcações eram construídas pelo estaleiro Mauá, em Niterói (RJ), que fechou as portas em 2015 após a descoberta do esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato. Hoje, elas pertencem ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que financiou as obras.

Os dois navios eram parte de um contrato de quatro embarcações do tipo Panamax assinado entre o Mauá e a Transpetro, subsidiária da Petrobras para o transporte de petróleo e derivados.

Delas, apenas uma foi entregue. Outras duas estavam em fase avançada de construção e a quarta, ainda em estágio inicial. Os navios mais avançados passaram anos no cais do estaleiro Mauá e hoje estão no estaleiro Ilha, na zona norte do Rio, que pertence ao mesmo grupo.

Em evento sobre o setor nesta quinta-feira (18), o presidente da Transpetro, Sergio Bacci, disse que a empresa vem negociando com o BNDES a compra dos navios para concluir as obras. "É intenção da Transpetro retomar esses navios", afirmou.

Uma das embarcações sofreu inundações na casa de máquinas durante o período em que esteve parado no Mauá, o que danificou o motor. A troca demandaria abrir novamente o casco, o que é um desafio ao projeto.

"Não é simples", afirmou Bacci. "Para trocar o motor tem que fazer uma cesariana no navio", comparou. A ideia seria contratar um estaleiro para realizar a operação e concluir as obras.

Na época, os navios foram encomendados por US$ 87 milhões, cada um. Foi a última licitação de navios do programa naval dos primeiros governos Lula, que tenta novamente fomentar a atividade do setor.

A Transpetro prepara-se para lançar licitação para a encomenda de quatro navios para o transporte de combustíveis, já aprovadas pela Petrobras, mas cujo leilão depende de medidas do governo para ampliar competitividade dos estaleiros brasileiros.

Entre elas, está a retomada da cobrança de imposto de importação sobre navios, que ficaram isentos em lei aprovada pelo governo Jair Bolsonaro (PL). Outra é a aprovação pelo Senado de projeto de lei que acelera a depreciação de ativos industriais no país, que já passou pela Câmara.
Bacci reforçou que a Transpetro estuda contratar mais doze navios --quatro de combustíveis líquidos e oito de gás de cozinha-- mas a encomenda ainda não foi aprovada pela Petrobras e, portanto, deve ficar para 2025.

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, defendeu que, apesar dos problemas do passado, o Brasil deve voltar a fomentar a indústria naval "sem nenhum sentimento de culpa".

Ele apresentou a demanda da Petrobras para o setor, que inclui módulos de plataformas de produção de petróleo, desmantelamento de plataformas antigas e a construção de navios e embarcações de apoio à produção.

A companhia já lançou licitação para 12 barcos de apoio a plataformas em alto mar e planeja licitar mais 10 ainda este ano. Outros 11 serão necessários até 2030. Ao todo, são previstos investimentos de US$ 2,5 bilhões, com a geração de 28 mil empregos.

Prates defendeu também a retomada de obras de refino paralisadas pela Lava Jato, como a Refinaria Abreu e Lima e o antigo Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro).
"Temos que terminar, vamos retomar uma por uma. Vai virar o quê? Elefante branco, com 80% concluído, como essa planta de fertilizantes do Mato Grosso do Sul? Se for viável, faremos."

Economia

Em meio à crise, presidente da Petrobras descarta aumento de preços dos combustíveis

Na última semana, o presidente Jean Paul Prates confirmou que as etapas para conclusão da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN3), em Três Lagoas, devem ser retomadas no fim deste ano.

18/04/2024 17h23

Presidente da Petrobras, Jean Paul Prates Thomaz Silva/ Agência Brasil

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Durante um evento no Rio de Janeiro, com foco em "O Fortalecimento da Indústria Naval Nacional e o Setor Energético Offshore", o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, descartou um aumento nos preços dos combustíveis no Brasil a curto prazo.

"Estamos avaliando as condições de mercado. Não há razão nenhuma para aumento agora. Não está sendo avaliado (aumento para as próximas semanas). Estamos monitorando o cenário internacional. Por enquanto não há nada que faça mover. E o preço do petróleo indica isso", relatou ao jornal O Globo, na manhã de hoje (18).

Conforme divulgado pelo Correio do Estado, no início desta semana, a Petrobras anunciou que as etapas para a conclusão da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN3), em Três Lagoas, devem ser retomadas até o final deste ano. A estatal informou que o processo licitatório para o reinício das obras será aberto em dezembro de 2024.

A expectativa inicial é que a unidade comece a operar até o fim de 2023.

Na semana passada, o governador Eduardo Riedel (PSDB) pediu ao presidente Lula que "olhasse com carinho" para a fábrica, que está com as obras paradas desde 2014. O pedido foi feito durante visita do presidente a Campo Grande.

Nesta segunda-feira (15), o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, confirmou as falas do presidente, em entrevista à CNN, que as obras serão retomadas em breve.  
   

A UFN3, em Três Lagoas, está com as obras paralisadas - ReproduçãoA UFN3, em Três Lagoas, está com as obras paralisadas - Reprodução

Investimentos

De acordo com o presidente da Petrobras, rebateu um dossiê feito na semana passada, contra a permanência dele no comando da estatal e que apontava que Prates resistia em concluir a UFN3, que precisa de investimento de R$ 5 bilhões.

Durante a conversa, Jean Paul afirmou que sempre defendeu a importância da inclusão do projeto da fábrica no Planejamento Estratégico da Petrobras, o que foi feito em novembro do ano passado, após demonstração técnica de viabilidade financeira e decisão da estatal de voltar ao setor de fertilizantes.

O secretário da Semadesc, Jaime Verruck, reafirmou que o dossiê sobre a não retomada da UFN3 não correspondia à realidade

"Estamos acompanhando o assunto junto com a ministra Simone Tebet e temos inclusive a previsão que a licitação ocorra no final de ano", disse.

Quando concluída, a UFN3 deve reduzir em 15% a dependência brasileira dos nitrogenados, contribuindo para a autonomia nacional no setor de fertilizantes.

A obra da UNF3 foi paralisada no fim de 2014, com 81% da construção realizada.

A fábrica de fertilizantes foi projetada para consumir diariamente 2,3 milhões de metros cúbicos de gás natural, fazendo a separação e os transformando em 3.600 toneladas de ureia e outras 2.200 toneladas de amônia por dia.
 

Valor do petróleo 

Na tarde desta quinta-feira (18), o preço do petróleo Brent, usado como referência internacional, está em queda de 0,22%, a US$ 87,10. Na semana passada, chegou a passar os US$90. Segundo dados da Abicom, que reúne os importadores, o preço da gasolina cobrado pela estatal está 20% menor em relação ao cenário internacional. No caso do diesel, a diferença hoje é de 10%

Declarações 

Conforme informações do governo brasileiro, os preços feitos pela  Petrobras ocorreram em outubro do ano passado, quando a estatal reduziu o valor da gasolina nas refinarias, quando passou de R$2,93 para R$2,81. No caso do diesel, a queda foi em dezembro (caindo de R$3,78 para R$3,48).

Durante o evento nesta quinta-feira, o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que o impacto do conflito no Oriente Médio não deve intervir sobre os valores dos combustíveis no Brasil.

As declarações de Prates ocorrem em momento de crise na estatal, que se estendeu  ao Conselho de Administração da estatal, após falas de Silveira. 

A crise chegou até o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), com sede em São Paulo, que derrubou a decisão em primeira instância e reconduziu à presidência do Conselho de Administração da Petrobras, Pietro Mendes, um dos representantes da União no colegiado. Ele foi afastado na última semana. Logo em seguida, a Advocacia-Geral da União (AGU) recorreu.

Questionado como estava no clima dentro da Petrobrás, Prates disse estar tranquilo.

"Eu estou tranquilo. O presidente Lula está na Colômbia. Eu não fui a Brasília para isso. Temos agendas em Brasília constantemente. Por exemplo, eu passei o dia inteiro no TCU (Tribunal de Contas da União). Fui ver as lideranças no Senado. São meus amigos afirmou Prates".

 

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