O governo do Estado apresentou, nesta segunda-feira (14), projeto de reativação da malha oeste da ferrovia que corta Mato Grosso do Sul. A empresa Rumo ALL, que gerencia a malha no Estado, suspendeu, em maio, as operações nos 1,2 mil quilômetros de trilhos que cortam o território sul-mato-grossense. O estudo de viabilidade feito por especialistas e representantes do governo concluiu que, o aporte financeiro necessário será da ordem de R$ 1,9 bilhão.
“Entendemos que (a ferrovia) é vital para o Estado. Agora vamos formatar as premissas apresentadas e discutidas aqui, junto com a bancada federal, para serem validadas pelo Governo Federal, para garantir que os investimentos aconteçam”, avaliou o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), depois de reunião com representantes da empresa.
O secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico (Semade), Jaime Verruck, descartou a possibilidade de desativação da linha férrea. “Nós vamos ter um projeto para reativação da malha oeste da ferrovia. Mato Grosso do Sul tem volume de carga suficiente para viabilizá-la e agora temos que sentar com o setor produtivo e mostrar que com a tarifa (do setor) é possível transportar pela ferrovia”, pontuou.
ESTUDO
O estudo apontou que para as cargas relacionadas à produção agrícola, tendo em vista o traçado da Malha Oeste, o escoamento da produção tem maior competitividade pela Malha Norte, que corta o Estado do Mato Grosso do Sul –são cargas com destino ao porto de Santos. Já para o grande volume produzido na região sul do estado do Mato Grosso do Sul, a avaliação de demanda apontou que a melhor alternativa ainda é a ponta rodoviária até um dos terminais da Malha Sul, Maringa ou Londrina, no Estado do Paraná, reduzindo a distância total em 1.000 km até o Porto de Paranaguá, aumentando a rentabilidade do produto.