Economia

COMÉRCIO E SERVIÇOS

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Pesquisa aponta 82 mil demissões nesta pandemia

Levantamento foi feito pela Fecomércio, em setor que empregava 500 mil pessoas

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Levantamento do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio (IPF-MS) aponta que 38% das empresas sul-mato-grossenses precisaram demitir durante a pandemia pelo menos 2,3 funcionários. Considerando os dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), no Estado o número de demissões passaria de 82 mil.

Dados da Rais apontam que os setores de comércio e serviços empregam cerca de 400 mil pessoas no Estado e mais de 100 mil em Campo Grande. Considerando a média estimada de demissões, o setor já teria dispensado mais de 18 mil na Capital.

Os números podem ser menores, de acordo com a economista do IPF-MS, é preciso considerar que as reposições no estoque de empregos estão acontecendo. “Ao mesmo tempo em que houve demissão, houve algumas contratações nos segmentos de supermercados e similares, nutrição e saúde e mais recentemente a Prefeitura abriu vagas para call center, de modo atender a população”, frisou.

A pesquisa do IPF-MS aponta que entre os 38% que precisaram demitir, a queda do faturamento foi de em média 50%. Os setores que tiveram mais impactos negativos sobre o faturamento foram hotéis, eventos, restaurantes e similares, cujas variações ultrapassaram 50%; os menores impactos ocorreram sobre o segmento de nutrição e saúde, bem como nos supermercados e similares, que tiveram alguns aumentos pontuais entre 10% e 50%.

Para os próximos três meses, a maioria dos empresários pretende manter o quadro de funcionários atual (67%) e mais da metade não realizou alterações na equipe de colaboradores durante este período (56%), o que reforça a preocupação em não demitir. “Quando houver um resgate da confiança das pessoas provavelmente essas demissões perderão a força e se dará um processo mais intenso de recuperação econômica”, reforça Daniela.

O estudo aponta que várias estratégias são realizadas pelos empresários para manter a equipe, como a concessão de férias, suspensão temporária de contratos, home office, dispensa temporária dos trabalhadores com pagamento integral ou parcial do salário, revezamento de horário, alteração de carga horária, entre outros.

RECUPERAÇÃO

Na pesquisa, os empreendedores também indicaram os mecanismos que poderiam amenizar os resultados negativos com as vendas. Entre eles, estão acesso a crédito (18%), fim da quarentena e reabertura do comércio (12%), auxílio e suporte do governo e prefeitura (10%).

Com o objetivo de mitigar as perdas, muitos empresários adotaram canais de comercialização à distância, atendimento e produtos diferenciados, adaptados às necessidades dos consumidores. A maioria (71%) realizou alterações nos canais de venda, e 54% pretende manter as alterações no pós-pandemia.

“Tivemos diversas mudanças de comportamento agora nesse período de pandemia como voltado para a questão do delivery, das compras a distância, o apelo emocional que parece que vai vir com tudo nesse pós-pandemia na parte de comemorações e reuniões familiares. O atendimento também tem que ser diferenciado por parte dos empresários. Tanto consumidores quanto empresários terão de se adaptar a essas atuais necessidades”, explicou a economista Daniela Dias.

A economista ainda reforçou que os empresários precisam ficar atentos a esse novo perfil de clientes. “Teremos a intensificação de uma tendência, já existente, voltada para essa questão do e-commerce, comércio à distância. Com isso podemos ter a criação de outras modalidades de emprego, onde o vendedor ele passa a ser mais do que vendedor, ele passa a ter também um relacionamento virtual com esse consumidor. A gente pode ter um fortalecimento disso pelos próximos três meses e muitas dessas mudanças podem ser levadas para o pós-pandemia, então o empresário vai ter de se adaptar”, contextualizou Daniela.

COMÉRCIO

As empresas de Mato Grosso do Sul já mensuram os primeiros impactos da crise, a queda nas vendas e na prestação de serviços foi de 85% para a maioria. Para 8% não houve alterações e as vendas aumentaram para 7%. Entre os segmentos, os mais atingidos foram o comércio de roupas, calçados e acessórios, com redução de 95% nas vendas, seguido por hotéis, eventos e restaurantes, com queda de 92%.

O estudo aponta ainda que em outros setores, como beleza, nutrição e saúde, 15% dos entrevistados relataram aumento nas vendas, uma perspectiva positiva.

Os dados sobre demissões foram baseados em estimativas, de acordo com os números oficiais da Rais e considerando os percentuais divulgados na pesquisa do IPF. Levantamentos oficiais sobre contratações e demissões ainda não foram divulgados pelo Ministério da Economia em 2020.

IBGE-Pesquisa

Rendimento médio per capita de MS é o maior da série histórica

Em 2023, ocorreu um crescimento de (6,5%), estimado em R$ 1.990,00

19/04/2024 16h20

Conforme a pesquisa (64%) da população tinha algum rendimento, colocando o Estado como 8º maior no ranking entre as Unidades da Federação Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou nesta sexta-feira (19) os valores dos rendimentos domiciliares per capita, referentes ao ano de 2023, com base nas informações referentes a Pesquisa Nacional por Amostra e Domicílios Contínua - PNAD Contínua.

O rendimento médio per capita domiciliar em Mato Grosso do Sul é o maior da série histórica (6,5%), estimado em R$ 1.990.

Durante a pandemia de Covid-19, o rendimento per capita diminuiu para (5,6%), em 2020 e (8,3%) em 2021, estimado em R$ 1.639, o 2º menor valor da série. Em 2022, o rendimento médio domiciliar apresentou crescimento (12,3%) sendo estimado em R$ 1.868.

Conforme a pesquisa (64%) da população tinha algum rendimento, colocando o Estado como 8º maior no ranking entre as Unidades da Federação. Com relação à renda em 2023, o indicativo apontou 2,8 milhões de pessoas residentes em Mato Grosso do Sul desempenham alguma atividade, enquanto em 2022 o quantitativo era de 2,5 milhões. 

Rio Grande do Sul lidera com (70,3%) e em nove oportunidades apresentou a maior estimativa da série histórica iniciada em 2012, enquanto Acre e Amazonas, as menores (51,5% e 53,0%, respectivamente). 

Rendimento

O levantamento aponta que em 2023, o número de pessoas que possuíam rendimento, levando em consideração todas as modalidades de trabalho, em Mato Grosso do Sul correspondia a  50,4% da população residente (1,4 milhão de pessoas).

"Rendimento relacionado a outras fontes foram de  22,3% (631 mil) dos residentes possuíam, em 2023, alguma fonte de rendimento diferente de trabalho, enquanto, em 2022, essa estimativa era de 21,3% (595 mil)". 

 

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Crédito rural

Prazo para renegociação de dívida de investimento vai até 31 de maio

A renegociação autorizada abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar o valor de R$ 20,8 bilhões

19/04/2024 15h00

Em MS, podem renegociar os produtores de soja, milho e bovinocultura de leite e de carne. Arquivo/Correio do Estado

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Os produtores rurais que foram prejudicados por intempéries climáticas ou queda de preços agrícolas têm prazo até 31 de maio para renegociar dívidas do crédito rural para investimentos. A informação é do Ministério da Agricultura e Pecuária, com base em medida aprovada, com apoio do Ministério da Fazenda, pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), em março passado.

Segundo o comunicado, com a iniciativa, as instituições financeiras poderão adiar ou parcelar os débitos que irão vencer ainda em 2024, relativos a contratos de investimentos dos produtores de soja, de milho e da pecuária leiteira e de corte. Neste contexto, as operações contratadas devem estar em situação de adimplência até 30 de dezembro de 2023.

A renegociação autorizada abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar o valor de R$ 20,8 bilhões em recursos equalizados, R$ 6,3 bilhões em recursos dos fundos constitucionais e R$ 1,1 bilhão em recursos obrigatórios.

Caso todas as parcelas das operações enquadradas nos critérios da resolução aprovada pelo CMN sejam prorrogadas, o custo será de R$ 3,2 bilhões, distribuído entre os anos de 2024 e 2030, sendo metade para a agricultura familiar e metade para a agricultura empresarial. O custo efetivo será descontado dos valores a serem destinados para equalização de taxas dos planos safra 2024/2025.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, disse na nota: "Problemas climáticos e preços achatado trouxeram incertezas para os produtores. Porém, pela primeira vez na história, um governo se adiantou e aplicou medidas de apoio antes mesmo do fim da safra".

Confira abaixo as atividades produtivas e os estados que serão impactados pela medida:

soja, milho e bovinocultura de carne: Goiás e Mato Grosso;

bovinocultura de carne e leite: Minas Gerais;

soja, milho e bovinocultura de leite: São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina;

bovinocultura de carne: Rondônia, Roraima, Pará, Acre, Amapá, Amazonas e Tocantins;

soja, milho e bovinocultura de leite e de carne: Mato Grosso do Sul;

bovinocultura de leite: Espírito Santo e Rio de Janeiro.

Para enquadramento, os financiamentos deverão ter amparo do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e dos demais programas de investimento rural do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), bem como das linhas de investimento rural dos fundos constitucionais.

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