A dica para quem quer desfrutar de preços menores, e economizar na hora das compras sempre foi pesquisar entre os estabelecimentos comerciais para chegar a um denominador comum entre valor e qualidade que saia mais em conta para o consumidor. Afinal, não adianta comprar uma fruta mais barata se amanhã ela já estará estragada, ou uma folhosa que está murcha só porque o preço é muito abaixo da média.
Porém, o gerente de loja Paulo Cavalcante, diz que além de pesquisar para encontrar esse denominador, é interessante para o consumidor buscar produtos regionais na hora da compra, pois a diferença nas cotações é grande, dependendo da região de onde é importado. “Notamos que os interestaduais, talvez por conta de variação do clima e do tamanho do frete estão mais caros. A berinjela, por exemplo, encontramos aqui a R$ 1 em média, enquanto fora, os preços estão na casa dos R$ 2 o quilo”, conta, lembrando que estes são os preços de compra no atacado para os revendedores e que ainda recebem acréscimo da margem de lucro da empresa, em torno de 20% a 25%.
Mas esse tipo de produto não se encontra em qualquer lugar. Acontece que muitos sacolões e mercados − principalmente os supermercados que têm porte maior − não conseguem adquirir dos fornecedores regionais quantidade suficiente para atender suas necessidades, pois no Estado há mais pequenos produtores, provenientes da agricultura familiar, e acabam tendo que importar os hortifrútis de localidades onde são mais caros.
“Ainda não temos produção em MS que atenda toda a demanda regional. Por isso, às vezes, há diferenças grandes de preços de um mesmo produto entre os estabelecimentos, já que uma compra aqui e outro fora, e arca com mais custos”, explica Vagner Lima, gerente de frutas, legumes e verduras de um mercado na Capital. (AM)