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Petrobras anuncia leilão de equipamentos sem perspectiva de uso

Petrobras anuncia leilão de equipamentos sem perspectiva de uso

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A Petrobras anunciou hoje (15) a realização do leilão eletrônico número 19.057, no dia 17 de setembro próximo, para venda de dez lotes de equipamentos contendo balsas oceânicas, guindaste e máquinas de tração. De acordo com a Petrobras, a alienação objetiva reduzir custos, uma vez que não há perspectiva de uso desses equipamentos em projetos da empresa.

O pregão será realizado na modalidade de maior oferta de preço por lote e será realizado por meio do Portal Petronect. A operação está aberta para potenciais compradores do mercado nacional e internacional. Os interessados devem solicitar inclusão no leilão até as 15h do dia 13 de setembro.

Os lotes podem ser visitados até vinte dias antes do leilão no Canteiro de São Roque, situado em Vila de São Roque do Paraguaçu, em Maragojipe (BA); no Estaleiro Inhaúma, no bairro do Caju, zona portuária do Rio de Janeiro; e na Refinaria Duque de Caxias (Reduc), na Rodovia Washington Luiz, quilômetro 113, sem número, no município de Duque de Caxias, Baixada Fluminense.

ANÁLISE

Sem educação financeira, consignado via CLT pode gerar superendividamento

Para economista, a nova modalidade é boa, pois barateia o crédito, mas alerta: é preciso evitar o endividamento por impulso

25/03/2025 08h30

Matheus Boldrine Abrita, economista, professor da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) e pós-doutor

Matheus Boldrine Abrita, economista, professor da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) e pós-doutor Foto: Reprodução

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O empréstimo consignado via Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), modalidade instituída pelo governo federal na sexta-feira e que já conta com milhões de consultas e propostas, pode ser uma bomba se o cidadão que tiver acesso a esse produto – com juros mais baixos que os praticados pelo mercado – não tiver educação financeira suficiente.

O alerta é dado pelo economista, professor da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) e pós-doutor Matheus Boldrine Abrita.

“É fundamental garantir acesso a uma educação financeira de qualidade para a população. Caso contrário, essas facilidades podem incentivar o endividamento por impulso e gerar um problema no médio prazo”, pontua o economista.

Ao Correio do Estado, Abrita ainda diz que a medida – a qual libera o crédito consignado para funcionários contratados via CLT – tem muitos pontos positivos, mas também tem ressalvas.

“Ela tem o potencial de aumentar a concorrência no setor de crédito, facilitar o acesso a juros mais baixos e contribuir para que muitas famílias possam, por exemplo, quitar dívidas com juros elevados por meio dessa nova modalidade”, explica.

Fazenda uma analogia com a forma de ver um copo com água até a metade – ele pode estar meio cheio ou meio vazio –, o economista afirma que, macroeconomicamente, a medida pode ser interpretada das duas formas.

Por um lado, garante uma geração da demanda e um crescimento econômico, com mais crédito na praça. Por outro, exerce pressão inflacionária no mercado, a mesma que o governo tem lutado para aliviar – as medidas anunciadas neste mês para tentar baratear o preço dos alimentos são exemplo disso.

“As duas coisas podem acontecer”, comenta Abrita, ao ser perguntado sobre os efeitos macroeconômicos da medida.

MILHÕES DE CONSULTAS

Ontem, o volume de consultas de trabalhadores em busca do crédito consignado chegou a 52 milhões, informou o Ministério do Trabalho e Emprego. O programa foi nomeado oficialmente como Crédito do Trabalhador.

Até agora, há 22.545 contratos firmados entre os bancos e os trabalhadores com carteira assinada. Eles resultam das 6.134.192 propostas enviadas até o fim da tarde de ontem pelos trabalhadores a bancos e fintechs habilitadas na Carteira de Trabalho Digital. A demanda por crédito nesses primeiros quatro dias chegou a R$ 50 bilhões.

COMO FAZER

Para ter acesso ao empréstimo consignado via CLT, o trabalhador deverá entrar na página da Carteira de Trabalho Digital na internet ou no aplicativo de celular de mesmo nome e autorizar o compartilhamento dos dados do eSocial, o sistema eletrônico que unifica informações trabalhistas. Depois, o trabalhador pede propostas de crédito, que começam a aparecer em até 24 horas.

A partir do dia 25 de abril, os bancos também poderão operar a linha do consignado privado dentro de suas plataformas digitais.

As parcelas do crédito consignado serão descontadas na folha do trabalhador mensalmente, por meio do eSocial, até a margem consignável de 35% do salário bruto, incluindo comissões, abonos e demais benefícios. Após a contratação, o trabalhador acompanha mensalmente as atualizações do pagamento.

Se o trabalhador mudar de emprego, o desconto em folha para quitar as parcelas do empréstimo será feito no novo salário. No caso de desligamento do profissional, o desconto será aplicado sobre as verbas rescisórias, observado o limite legal.

O trabalhador poderá usar os 10% do saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e a multa por rescisão – de 40% do valor do saldo do emprego – para quitar a dívida com o banco.

Se o montante não for suficiente, o pagamento do empréstimo será interrompido e retomado (com valor corrigido) assim que o trabalhador conseguir um novo emprego com carteira assinada.

Qualquer trabalhador com carteira assinada, além de empregados domésticos e rurais, pode pedir o empréstimo a partir do consignado privado. Empregados contratados como microempreendedor individual (MEI) também têm o direito – cada MEI pode contratar até um trabalhador.

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Economia

Haddad sai em defesa de arcabouço fiscal e se compromete com metas

Segundo ministro, fala sobre "mudar os parâmetros" foi distorcida

24/03/2025 22h00

Fernando Haddad

Fernando Haddad Reprodução

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, saiu em defesa do arcabouço fiscal nesta segunda-feira (24), após uma declaração em evento promovido pelo jornal Valor Econômico provocar oscilações no dólar. Em postagem na rede X, o ministro comprometeu-se com o cumprimento das metas atuais do marco fiscal.Fernando HaddadFernando Haddad

“Estão tentando distorcer o que falei agora em um evento do Valor. Disse que gosto da arquitetura do arcabouço fiscal. Que estou confortável com os seus atuais parâmetros. E que defendo reforçá-los com medidas como as do ano passado. Para o futuro, disse que os parâmetros podem até mudar, se as circunstâncias mudarem, mas defendo o cumprimento das metas que foram estabelecidas pelo atual governo”, postou o ministro.

Ao discursar no evento, no início da manhã, Haddad citou a possibilidade de mudanças nos parâmetros do arcabouço fiscal. Ele ressaltou que as alterações só viriam num cenário que combinasse queda da Taxa Selic (juros básicos da economia), inflação sob controle e estabilidade na dívida pública.

“Quando você estiver numa situação de estabilidade da dívida/PIB, se você tiver uma Taxa Selic mais comportada e uma inflação mais comportada, você vai poder mudar os parâmetros [do arcabouço]. Na minha opinião, não deveríamos mudar a arquitetura”, declarou Haddad.

A fala provocou alvoroço no início das negociações no mercado financeiro. O dólar chegou a R$ 5,77 por volta das 9h45, mas desacelerou e estabilizou-se em R$ 5,73 após a postagem do ministro na rede X. Durante a tarde, a moeda norte-americana voltou a subir para R$ 5,75 após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar que pretende impor uma tarifa adicional de 25% sobre os países que comparem petróleo da Venezuela.

O arcabouço fiscal estabelece meta de déficit primário zero para 2025 e superávit primário de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2026, 0,5% em 2027 e 1% em 2028. Em todos os anos, com margem de tolerância de 0,25 ponto percentual para mais ou para menos. O superávit primário representa a economia de recursos para pagar os juros da dívida pública.

Além da meta de resultado primário, o arcabouço tem um limite de gastos, que prevê o crescimento real (acima da inflação) das despesas em 70% do crescimento real das receitas no ano anterior, dentro de uma trilha entre 0,6% e 2,5% de expansão, descontada a inflação.

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