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Pix promete trazer agilidade e custos reduzidos em transações bancárias

Grandes bancos e fintechs podem contabilizar perdas de até R$ 1 bilhão com novas modalidades

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Com novos meios de pagamentos instantâneos o PIX promete trazer agilidade e custos reduzidos em transações bancarias, e a população terá uma nova maneira de realizar transações financeiras. 

A chegada do Pix e do Open Banking, meios de pagamentos que funcionam via aplicativos, trará competitividade ao mercado financeiro e refletirá em perdas para bancos e fintechs. 

Você sabe o que o PIX e como vai funcionar?  

O Pix é uma nova maneira de transferir, pagar e receber valores, desenvolvida para aproveitar a usabilidade e a facilidade dos telefones celulares, com o objetivo de aumentar a eficiência dos pagamentos e deixar de lado a necessidade de utilizar dinheiro de papel. 

O correntista poderá eleger os serviços mais convenientes. Não terá obrigação de ser cliente de uma só casa bancária.  

De acordo com a economista do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio (IPF-MS), Daniela Dias, além de mais agilidade, a ferramenta trará competitividade ao mercado. 

“Com certeza, quando falamos em era da informação, de mecanismos on-line de pagamento, há necessidade de facilitações. E com a tecnologia vem a necessidade de agilidade e um menor custo. O Pix traz essas vantagens e, ao mesmo tempo, aumenta a competitividade de mercado ante as outras formas de transações, isso é importante”, destacou.Já o Open Banking prevê o compartilhamento dos dados bancários do cliente entre várias instituições simultaneamente. 

“Dá para comparar com a diferença entre Uber e táxi. O carro de aplicativo foi bem aceito porque tínhamos a questão do custo, mas também a tecnologia a partir de um app. A mesma coisa, nós temos para essas transações eletrônicas. A agilidade nesse processo associada aos menores custos torna essa função competitiva”  

A chegada das inovações trará consequências para bancos e fintechs. 

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Todas as etapas da cadeia de valor de pagamentos devem enfrentar mudanças radicais na criação de novos modelos de negócios, movendo lucros e estimulando a inovação. 

“Com o início destes movimentos, a partir de 16 de novembro, teremos um ambiente altamente interoperável, beneficiando os consumidores e fazendo com que empresas se tornem cada vez mais competitivas”, relata Antônio Cerqueiro, sócio da Bain & Company.  

As transações serão gratuitas para transferências entre consumidores finais e o custo é estimado em 80 vezes menor para instituições financeiras (1 centavo por 10 transações). 

O pagamento instantâneo feito via Pix deve substituir boa parte das transferências feitas via Transferência Eletrônica Disponível (TEDs) e Documento de Ordem de Crédito (DOCs) até 2024, trazendo grandes reduções para os bancos, com perdas de margem operacional de até R$ 1 bilhão, conforme análise da Bain & Company.  

DINHEIRO

Durante webinar desenvolvido pela consultoria de gestão Capco, o coordenador do projeto de implantação do Pix no Banco Central, Breno Lobo, explicou que o dinheiro é o instrumento de pagamento com o maior custo social. 

“Há o custo de produção, de armazenamento, distribuição e segurança. Por isso, o processo de eletronização pode aumentar a eficiência da economia do País”, disse.  

Lobo explica que hoje existem cinco principais meios de pagamento: TED, DOC, boleto, cartão de débito e cartão de crédito. 

Comparando com estes meios, o Pix será o instrumento no qual o beneficiário receberá mais rápido seus recursos. E, diferentemente da TED, o Pix estará ativo todos os dias, 24 horas.

Ainda de acordo com Lobo, a facilidade para integração de dados e sistemas, a segurança (com processos de autenticação ao longo da cadeia), o ambiente aberto (cerca de 900 instituições estão no processo de adesão) e a gestão por um agente neutro – o Banco Central – são outras características fundamentais do novo meio de pagamento.

QR Code

Uma das principais formas de fazer uma transação com o Pix será com o uso de QR Code, que poderão ser facilmente lidos pelas câmeras dos celulares dos usuários sem a necessidade de aplicativos específicos. 

“O QR Code pode ser facilmente gerado. Para pequenos negócios, será simplesmente imprimir um QR Code e colocar no balcão”, disse o coordenador.  

“O potencial disruptivo do Pix trará uma simplificação da cadeia de pagamentos, permitindo interações diretas entre negócios e consumidores, sem a necessidade de intermediadores. Será muito simples para um pequeno negócio aceitar pagamentos Pix, pois não é necessário nenhum equipamento adicional. Já acompanhamos o sucesso do uso de QR Codes na China e entendemos que há um grande potencial do Brasil seguir esta mesma tendência. Além disso, o Pix introduziu uma nova figura no mercado: o iniciador de transação de pagamento. É um nicho totalmente novo que abre grandes possibilidades de negócio”, ressalta o diretor-executivo da Capco, Luciano Sobral.

OPEN BANKING

O BC segue com um projeto ainda mais abrangente, o Open Banking. 

O líder da área regulatória deste projeto, Diogo Silva, explica que “se trata de uma medida para incentivar a concorrência e trazer novos modelos de negócio, a partir do compartilhamento organizado de dados e serviços entre instituições financeiras, sempre com o consentimento do consumidor. É uma revolução silenciosa que começa no setor financeiro e pode abranger outros, permitindo que o mercado desenvolva novas soluções para o consumidor. É o consumidor empoderado”, ressalta Diogo Silva.

Um dos principais pontos desta regulamentação é a criação de padrões para os serviços financeiros – permitindo uma melhor comparação – e para as comunicações entre as empresas e o sistema bancário (API - Application Programming Interface). 

“Esta é uma parte crucial do projeto, como vimos ocorrer no Reino Unido. 

Neste mercado, observamos como a inovação foi gerada por meio da conexão de negócios em um ambiente seguro e regulamentado”, explica o diretor-executivo da Capco.  

IBGE-Pesquisa

Rendimento médio per capita de MS é o maior da série histórica

Em 2023, ocorreu um crescimento de (6,5%), estimado em R$ 1.990,00

19/04/2024 16h20

Conforme a pesquisa (64%) da população tinha algum rendimento, colocando o Estado como 8º maior no ranking entre as Unidades da Federação Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou nesta sexta-feira (19) os valores dos rendimentos domiciliares per capita, referentes ao ano de 2023, com base nas informações referentes a Pesquisa Nacional por Amostra e Domicílios Contínua - PNAD Contínua.

O rendimento médio per capita domiciliar em Mato Grosso do Sul é o maior da série histórica (6,5%), estimado em R$ 1.990.

Durante a pandemia de Covid-19, o rendimento per capita diminuiu para (5,6%), em 2020 e (8,3%) em 2021, estimado em R$ 1.639, o 2º menor valor da série. Em 2022, o rendimento médio domiciliar apresentou crescimento (12,3%) sendo estimado em R$ 1.868.

Conforme a pesquisa (64%) da população tinha algum rendimento, colocando o Estado como 8º maior no ranking entre as Unidades da Federação. Com relação à renda em 2023, o indicativo apontou 2,8 milhões de pessoas residentes em Mato Grosso do Sul desempenham alguma atividade, enquanto em 2022 o quantitativo era de 2,5 milhões. 

Rio Grande do Sul lidera com (70,3%) e em nove oportunidades apresentou a maior estimativa da série histórica iniciada em 2012, enquanto Acre e Amazonas, as menores (51,5% e 53,0%, respectivamente). 

Rendimento

O levantamento aponta que em 2023, o número de pessoas que possuíam rendimento, levando em consideração todas as modalidades de trabalho, em Mato Grosso do Sul correspondia a  50,4% da população residente (1,4 milhão de pessoas).

"Rendimento relacionado a outras fontes foram de  22,3% (631 mil) dos residentes possuíam, em 2023, alguma fonte de rendimento diferente de trabalho, enquanto, em 2022, essa estimativa era de 21,3% (595 mil)". 

 

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Crédito rural

Prazo para renegociação de dívida de investimento vai até 31 de maio

A renegociação autorizada abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar o valor de R$ 20,8 bilhões

19/04/2024 15h00

Em MS, podem renegociar os produtores de soja, milho e bovinocultura de leite e de carne. Arquivo/Correio do Estado

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Os produtores rurais que foram prejudicados por intempéries climáticas ou queda de preços agrícolas têm prazo até 31 de maio para renegociar dívidas do crédito rural para investimentos. A informação é do Ministério da Agricultura e Pecuária, com base em medida aprovada, com apoio do Ministério da Fazenda, pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), em março passado.

Segundo o comunicado, com a iniciativa, as instituições financeiras poderão adiar ou parcelar os débitos que irão vencer ainda em 2024, relativos a contratos de investimentos dos produtores de soja, de milho e da pecuária leiteira e de corte. Neste contexto, as operações contratadas devem estar em situação de adimplência até 30 de dezembro de 2023.

A renegociação autorizada abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar o valor de R$ 20,8 bilhões em recursos equalizados, R$ 6,3 bilhões em recursos dos fundos constitucionais e R$ 1,1 bilhão em recursos obrigatórios.

Caso todas as parcelas das operações enquadradas nos critérios da resolução aprovada pelo CMN sejam prorrogadas, o custo será de R$ 3,2 bilhões, distribuído entre os anos de 2024 e 2030, sendo metade para a agricultura familiar e metade para a agricultura empresarial. O custo efetivo será descontado dos valores a serem destinados para equalização de taxas dos planos safra 2024/2025.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, disse na nota: "Problemas climáticos e preços achatado trouxeram incertezas para os produtores. Porém, pela primeira vez na história, um governo se adiantou e aplicou medidas de apoio antes mesmo do fim da safra".

Confira abaixo as atividades produtivas e os estados que serão impactados pela medida:

soja, milho e bovinocultura de carne: Goiás e Mato Grosso;

bovinocultura de carne e leite: Minas Gerais;

soja, milho e bovinocultura de leite: São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina;

bovinocultura de carne: Rondônia, Roraima, Pará, Acre, Amapá, Amazonas e Tocantins;

soja, milho e bovinocultura de leite e de carne: Mato Grosso do Sul;

bovinocultura de leite: Espírito Santo e Rio de Janeiro.

Para enquadramento, os financiamentos deverão ter amparo do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e dos demais programas de investimento rural do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), bem como das linhas de investimento rural dos fundos constitucionais.

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