Economia

CONSUMO

Preço do boi recua 13%, mas não
chega ao varejo da carne

Valor nas prateleiras continua elevado para os consumidores

DA REDAÇÃO

29/06/2017 - 06h30
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Três meses após o mercado da carne bovina brasileira sofrer abalos em série, com a deflagração da Operação Carne Fraca – que denunciou esquema de pagamento de propinas envolvendo fiscais sanitários e frigoríficos em três Estados – e as delações da JBS, no âmbito da Operação Lava Jato, mergulharem o País em clima de instabilidade política, o produtor sul-mato-grossense enfrenta queda livre nos preços pagos pela arroba do boi gordo (o valor  despencou 13% no período), mas no varejo o ritmo de redução ainda segue lento para o consumidor final do Estado.

De acordo com levantamento realizado pelo Núcleo de Pesquisa de Preços (Nepes) da Uniderp em supermercados e açougues de Campo Grande, o quilo da carne bovina ficou em média apenas 1,43% mais barato de março até este mês.

O resultado, de acordo com o coordenador do núcleo, Celso Correia de Souza, decorre do excesso de oferta do produto nos pastos e da redução de abates no Estado – neste último caso, influenciada diretamente pela desaceleração do grupo JBS, que detém 40% do setor –; pela diminuição das exportações brasileiras de carne; e retração do consumo das famílias por causa da crise econômica, que ainda não arrefeceu.

Essa soma de fatores contribuiu para que os preços,  dentro de um cenário de promoções dos estabelecimentos e migração do consumidor dos chamados cortes de primeira para os de segunda, ainda permaneçam elevados em geral. 

Ainda segundo o pesquisador, também há a questão da crise e o desemprego que permanece em níveis elevados no País, refletindo diretamente no poder de compra das famílias e na restrição do consumo.

*Leia reportagem, de Daniella Arruda, na edição de hoje do jornal Correio do Estado.

LOTERIA

Resultado da Lotomania de ontem, concurso 2736, segunda-feira (17/02): veja o rateio

A Lotomania tem três sorteios semanais, às segundas, quartas e sextas, sempre às 20h; veja quais os números sorteados no último concurso

18/02/2025 08h35

Confira o resultado da Lotomania

Confira o resultado da Lotomania Foto: Divulgação

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 2736 da Lotomania na noite desta segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025, a partir das 20h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 6,2 milhões. Nenhuma aposta saiu vencedora e o prêmio acumulou para R$ 7,1 milhões.

  • 20 acertos - Não houve acertador;
  • 19 acertos - 11 apostas ganhadoras (R$ 25.350,24 cada);
  • 18 acertos - 159 apostas ganhadoras (R$ 1.565,88 cada);
  • 17 acertos - 766 apostas ganhadoras (R$ 227,52 cada);
  • 16 acertos - 4.417 apostas ganhadoras (R$ 39,45 cada);
  • 15 acertos - 17941 apostas ganhadoras (R$ 9,71 cada);
  • 0 acertos - Não houve acertador;

Uma aposta de Campo Grande acertou 19 números.

Confira o resultado da Lotomania de ontem!

Os números da Lotomania 2736 são:

  • 60 - 55 - 35 - 29 - 00 - 39 - 41 - 83 - 61 - 59 - 07 - 13 - 88 - 76 - 52 - 64 - 99 - 37 - 86 - 03

O sorteio da Lotomania é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal oficial da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: Lotomania 2737

Como a Lotomania três sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na quarta-feira, 19 de fevereiro, a partir das 20 horas, pelo concurso 2737. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Lotomania é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 3,00 para um jogo simples. 

O apostador  marca entre 50  números, dentre os 100 disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 20, 19, 18, 17, 16, 15 ou nenhum número.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 2, 4 ou 8 concursos consecutivos através da Teimosinha.

Outra opção é efetuar uma nova aposta com o sistema selecionando os outros 50 números não registrados no jogo original, através da Aposta-Espelho.

Como jogar na Lotomania

Os sorteios da Lotomania são realizados às segundas, quartas e sextas-feiras, sempre às 19h (horário de MS).

O apostador  marca entre 50  números, dentre os 100 disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 20, 19, 18, 17, 16, 15 ou nenhum número.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 2, 4 ou 8 concursos consecutivos através da Teimosinha.

Outra opção é efetuar uma nova aposta com o sistema selecionando os outros 50 números não registrados no jogo original, através da Aposta-Espelho.

O preço da aposta é único e custa  R$ 3,00.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

A aposta é única, com 50 dezenas, e a probabilidade de acertar 20 números e ganhar o prêmio milionário é de 1 em 11.372.635 segundo a Caixa.

Para 0 números, que a Lotomania também premia, a probabilidade é a mesma, de 1 em 11.372.635.

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LOGÍSTICA

Rota Bioceânica ferroviária é mais barata e permanece engavetada

Governo argentino divulgou início de privatização; localmente, a relicitação ainda será analisada pela União

18/02/2025 08h30

Trecho abandonado da linha férrea na cidade de Corumbá

Trecho abandonado da linha férrea na cidade de Corumbá Foto: Rodolfo César

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O comércio exterior brasileiro tem o potencial de passar por Mato Grosso do Sul e se conectar para a exportação ao mercado asiático, por meio dos trilhos do trem e da rodovia. Porém, a proposta de uma rota bioceânica ferroviária está ainda engatinhando, presa em etapas burocráticas há dois anos. 

Estudos divulgados em 2022 apontaram que o custo para implementar esse modal ferroviário a partir de Corumbá até o Chile (Antofagasta e Iquique) ficaria até três vezes menor do que a rota rodoviária, US$ 83 milhões contra cerca de US$ 30 milhões. Porém, a operacionalização da Malha Oeste esbarrou nas políticas brasileiras e também respingou no entrave argentino para avançar.

Esses valores foram divulgados em 2022, quando seminários realizados no Brasil e na Argentina avaliaram a viabilidade da conexão. Na época, foi levada em consideração a necessidade de construção de duas pontes na Argentina para haver o trajeto ferroviário completo a partir de Corumbá, passando por Bolívia, via Yacuiba. 

Já a rodovia depende da construção de ponte entre Porto Murtinho e Carmelo Peralta, além de construção de vias no Paraguai (275 km). O governo paraguaio teve maior envolvimento para garantir as obras.

As mercadorias a serem exportadas nesse modal podem envolver celulose, vergalhões de aço, grãos e produtos manufaturados e a importação teria cobre, fertilizantes, sal, sulfato de cálcio, uréia, feijão, zinco, lítio, vinhos, entre outros.

A ferrovia e sua viabilização para o comércio exterior de Chile, Argentina, Bolívia e Brasil com a Ásia por meio do Mercosul voltaram a ganhar holofotes em 2021.

Essas discussões envolveram a prefeitura de Corumbá, o governo de Mato Grosso do Sul, o Itamaraty e autoridades bolivianas e argentinas nos dois anos seguintes, mas ficou parada com duas obras que não destravaram: o aprimoramento do ramal em Mato Grosso do Sul até Corumbá e a construção de pontes em um trecho de 80 km na região de norte da Argentina.

Detalhe: essas obras não dependem exatamente uma da outra para viabilizar totalmente a ferrovia. Desde que no Brasil houvesse a ferrovia adequada, o modal conseguiria ser utilizado no território brasileiro, entraria na Bolívia e só precisaria ser remanejado por cerca de 80 km na Argentina, por conta da falta de pontes. Exceto esse trecho argentino sem trilhos, todo o resto do ramal no país portenho está em funcionamento e conectado com portos do Chile.

CORREDOR

A Rota Bioceânica ferroviária recebeu grande incentivo a partir de 2017, com debate iniciado pela Bolívia, no governo de Evo Morales.

Em 2021, o tema voltou a ser debatido a partir da assinatura de um acordo de cooperação comercial envolvendo o município de Corumbá, o governo boliviano e as câmaras comerciais de San Salvador de Jujuy, Salta e San Miguél de Tucumán (da Argentina).

O Ministério das Relações Exteriores envolveu-se no debate a partir do ministro de carreira diplomática João Carlos Parkinson. 

Os interesses econômicos em alta não acompanharam a burocracia e a morosidade para viabilizar a infraestrutura. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) só aprovou relatório para relicitação da concessão da Malha Oeste em 19 de dezembro de 2024.

A audiência pública que tratou do assunto ocorreu entre 10 de abril e 25 de maio de 2023. Depois que houve essa aprovação, a etapa burocrática seguinte envolveu a proposição da ANTT ao Ministério dos Transportes sobre o novo plano de outorga para a concessão.

Foram recebidas 114 manifestações, incluindo contribuições orais e escritas, abordando temas como bitola ferroviária, segurança operacional e direito de passagem.

As sessões ocorreram em Campo Grande e em Brasília (DF). De acordo com a ANTT, a necessidade de transparência no processo de relicitação vem exigindo diferentes medidas. 

“Essa decisão reflete o compromisso da Agência com a transparência e a eficiência na regulação de um setor vital para o desenvolvimento econômico do País. A Malha Oeste é essencial para integrar regiões e fortalecer a logística nacional”, opinou o diretor da ANTT e relator do processo, Lucas Asfor.

IMPORTÂNCIA

O governo federal, em comunicado divulgado pela ANTT em dezembro do ano passado, informou que reconhece a importância de investimento na malha ferroviária, por meio do Sistema Ferroviária Federal (SFF).

A proposta é realizar a conexão das malhas Paulista, Sul e Centro-Leste, ainda permitindo o acesso à ferrovia boliviana, que segue em operação normal para cargas. O escoamento de cargas previsto é principalmente de grãos e minérios. 

A Malha Oeste, que corta Mato Grosso do Sul e vai até a fronteira com a Bolívia a partir de Corumbá, foi inaugurada em 1905 como Ferrovia Noroeste do Brasil.

Por cerca de 90 anos, ela desempenhou papel estratégico no desenvolvimento cafeeiro paulista e na integração territorial do Estado até perder força e ficar praticamente desativada depois dos anos 2015. 

Esse modal foi incorporado à Rede Ferroviária Federal em 1957, concedida à iniciativa privada em 1996 e desde 2015 é operada pela Rumo Logística (Rumo Malha Oeste).

Ela tem a extensão total de 1.625,30 km, estendendo-se de Mairinque (SP) a Corumbá. Quando houve a privatização, havia o ideal de modernizar a infraestrutura ferroviária, o que não foi efetivado ao longo de mais de 20 anos.

Conforme apurado, a Rumo Logística, que segue na administração do trecho, passou neste ano a promover uma mudança de política interna. Entre as medidas que sinalizam essa situação está o levantamento socioambiental da presença da empresa em Corumbá. Neste mês, a empresa designou uma equipe para elaborar relatório que vai ajudar no direcionamento de ações.

Na Argentina, desde que foram iniciadas as discussões sobre o modal, em 2021, ocorreram crises políticas. Além disso, o governo de Javier Milei prevê a privatização da ferrovia General Belgrano e em outubro do ano passado houve o anúncio do início desse processo. 

“A empresa opera 7.600 km de vias que agora serão privatizadas, mantendo os trilhos e as terras como propriedade do Estado Nacional. O processo de privatização será liderado por Diego Chaher, titular da Agência de Transformação de Empresas Públicas (Agencia de Transformación de Empresas Públicas), ligada ao Ministério de Economia”, informou nota oficial.

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