A prefeitura de Campo Grande deve publicar ainda nesta semana, a ampliação da capacidade de atendimento dos restaurantes. O setor tem insistido com o município para que flexibilize as restrições de atendimento antes do Dia das Mães, data comemorativa que é maior dia de faturamento para os estabelecimentos. “Os restaurantes, que antes eram autorizados a operar com 30% da capacidade, agora poderão atender com 60% da capacidade”, disse o prefeito Marcos Trad (PSD), ao Correio do Estado.
Apesar de a regional sul-mato-grossense da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-MS) pedir que não haja restrições, e que os serviços de self-service voltem a ser permitidos, o prefeito da Capital disse que não poderá atender este pedido por enquanto. “Não há como liberar as pessoas para se servirem. Imagine centenas de pessoas colocando a mão na mesma colher? Ainda é inviável. Mas creio que os restaurantes não terão problemas em continuar servindo no cliente”, explicou Marcos Trad.
CONFIANÇA E RESPONSABILIDADE
Perguntado sobre o período de vigência da ampliação da capacidade dos restaurantes, o prefeito da Capital lembrou que isso dependerá do comportamento dos proprietários e dos clientes e, claro, do avanço do contágio do coronavírus na cidade. “É como em uma relação familiar, quando um pai estabelece limites a um filho, e a medida que estes limites vão sendo respeitados, as pessoas vão ganhando confiança”, explicou Marcos Trad, que não revelou se a vigência do decreto será somente durante o fim de semana do Dia das Mães, ou se a validade será pelos próximos dias.
O prefeito voltou a frisar a importância do comportamento da população, que não deve se descuidar quanto aos comportamentos que reforçam a biossegurança, como uso de máscaras, distanciamento social, higiene das mãos e, sempre que possível, permanecer em casa. “O retorno à normalidade depende da disciplina e do comportamento dos cidadãos. Quanto mais as regras vigentes forem cumpridas, mais rapidamente poderemos voltar à normalidade”, afirmou.
Os restaurantes de Campo Grande ficaram fechados nas duas últimas quinzenas de março. Durante todo o mês passado, a abertura deles foi permitida, desde que restringissem a capacidade de atendimento dos salões em 30%, e que reforçassem a higiene, oferecendo ítens como álcool em gel, mais toalhas descartáveis, entre outras medidas.
Desde que a crise do coronavírus teve início, pelo menos 3 mil trabalhadores do setor de alimentação perderam o emprego em Campo Grande. Pelo menos 80% dos estabelecimentos da Capital, suspenderam contratos de trabalho ou reduziram a jornada.