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Prefeituras de MS perderão R$ 50 milhões com a reforma do IR

As perdas estimadas seriam de R$ 115 milhões, mas serão amortizadas pelo aumento de R$ 65 milhões no repasse do FPM

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As prefeituras sul-mato-grossenses vão perder R$ 50 milhões em repasses federais no próximo ano com a reforma do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) em discussão no Congresso Nacional, segundo levantamento da Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara dos Deputados (Conof).

As perdas estimadas seriam maiores, de R$ 115 milhões, mas serão amortizadas pelo aumento de R$ 65 milhões no repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

Enquanto prefeituras devem amargar redução, para o governo de Mato Grosso do Sul haverá um incremento de R$ 14 milhões, mesmo com a redução de R$ 38 milhões no repasse dos valores arrecadados com o IRRF. É que as transferências constitucionais do Fundo de Participação dos Estados (FPE) terão um aumento de R$ 52 milhões, compensando as perdas.

O levantamento aponta que o governo do Estado é uma das 12 unidades da Federação que terá saldo positivo. No documento consta que “o impacto agregado para os estados é negativo em R$ 1,9 bilhão. Há, contudo, entre os estados, 12 unidades da Federação que devem experimentar ganhos – uma vez que o maior repasse via FPE é suficiente para compensar o decréscimo no IRRF –, enquanto as demais devem obter perdas líquidas. Quando existente, a perda média é de 0,22% da receita estadual”.

Também os municípios vão ter perdas, que totalizam R$ 1 bilhão em 2026. O estudo aponta que, dos 5.541 municípios pesquisados, 4.413 devem ser beneficiados e 1.128, experimentar perdas, chegando ao máximo de 1,1% da receita total do município. Este é o caso Caçapava do Sul (RS). 

Considerando o impacto da nova lei, na média, as cidades menos populosas (com até 50 mil habitantes) não devem ter perdas de receitas. Para os municípios entre 50 mil e 100 mil habitantes, estimam-se perdas anuais inferiores a R$ 500 mil, em média. Para os municípios mais populosos – acima de 500 mil habitantes –, o impacto anual negativo é próximo a R$ 20 milhões, em média. 

Em MS, os municípios vão deixar de receber R$ 50 milhões no próximo ano, considerando a metodologia de cálculo do estudo. 

Os autores do documento, Dayson Almeida e Hélio Rego, afirmam que o impacto orçamentário e financeiro sobre estados e municípios é reflexo da alteração legislativa sobre “a base de cálculo do imposto de renda retido na fonte (IRRF) diretamente por estados e municípios, dado que lhes pertence o produto da arrecadação do imposto incidente sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e fundações; o montante de recursos a ser repartido com tais entes – uma vez que o imposto sobre a renda, objeto da mudança proposta, está sujeito à repartição constitucional, mediante o FPE e o FPM”.

O valor a ser repartido com estados e municípios, via FPE e FPM, deve crescer R$ 8,2 bilhões em 2026. É prevista queda de R$ 15 bilhões na arrecadação federal em virtude das mudanças no Imposto de Renda (IR), o que implicaria redução de R$ 7,1 bilhões aos dois fundos (R$ 3,2 bilhões para o FPE e R$ 3,9 bilhões para o FPM), que seria compensada por ganho de R$ 15,3 bilhões (R$ 7,0 bilhões para o FPE e R$ 8,3 bilhões para o FPM) em virtude da receita de medida compensatória prevista no projeto de lei (PL) da reforma do tributo, estimada ao todo em R$ 32,3 bilhões. 

A partir dessa análise, o estudo aponta que o impacto sobre a receita dos entes subnacionais é negativo em R$ 2,9 bilhões, sendo R$ 1,9 bilhão para os estados e R$ 1 bilhão para os municípios. 

PROJETO

O PL nº 1.087/2025, de autoria do governo federal, propõe mudanças nas alíquotas do IR, isentando a pessoa física que ganha até R$ 5 mil mensais e reduz a alíquota para quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7 mil por mês, enquanto aumenta a tributação de quem ganha mais de R$ 600 mil anuais, chegando a 10% para quem ganha R$ 1,2 milhão anualmente.

O relator do texto, deputado Arthur Lira (PP-AL), apresentou no dia 6, durante a instauração da comissão especial que vai apreciar a matéria, uma análise preliminar da proposta e adiantou pontos que considera ser necessário aprimorar. Ele admitiu, por exemplo, rever as alíquotas de impostos para quem ganha mais de R$ 600 mil por ano, segundo a Agência Câmara de Notícias. 

Segundo a Conof, o PL nº 1.087/2025 aponta para uma renúncia para a União de R$ 26,2 bilhões em função da isenção ou da redução tributária para rendimentos abaixo de R$ 7 mil. Por outro lado, a arrecadação adicional proveniente da tributação das altas rendas deverá gerar um acréscimo de R$ 32,6 bilhões anuais. 

Para Lira, “a escolha da alíquota de 10% ocorreu em função do fato de ser a alíquota mediana da tributação dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico [OCDE], que varia entre 5% e 15%”, destacando que pode rever essa alíquota.

“Em que pesem os argumentos de que eventual mudança na alíquota poderia deixar o projeto de lei desequilibrado, isto não significa que tal alíquota não possa ser alterada ou que não possam ser buscadas medidas compensatórias alternativas”, disse o relator.

Com a instauração, o colegiado estabeleceu o prazo de 10 sessões para a conclusão dos trabalhos, começando na terça-feira. Nesse período, vai ouvir representantes da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e serão realizadas audiências públicas nas próximas sessões com outros representantes da sociedade civil. A previsão é de entregar o relatório final ainda neste semestre. 

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Loterias

Resultado da Mega-Sena de hoje, concurso 2866, quinta-feira (22/05)

A Mega-Sena realiza três sorteios semanais, terça, quinta e sábado, sempre às 20h; veja quais os números sorteados no último concurso

22/05/2025 19h02

Confira o rateio da Mega-Sena

Confira o rateio da Mega-Sena Arquivo

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 2866 da Mega-Sena na noite desta quinta-feira, 22 de maio de 2025, a partir das 20h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 2 milhões.

Confira o resultado da Mega-Sena de hoje!

Os números da Mega-Sena 2866 são:

  • 60 - 12 - 19 - 01 - 36 - 17

O sorteio foi transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pôde ser assistido no canal oficial da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: Mega-Sena 2867

Como a Mega Sena tem três sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre no sábado, 24 de maio, a partir das 20 horas, pelo concurso 2867. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Mega-Sena é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 5,00 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 6 dentre as 60 dezenas disponíveis, e fatura prêmio se acertar de 4 a 6 números.

Como jogar na Mega-Sena

A Mega-Sena paga milhões para o acertador dos 6 números sorteados. Ainda é possível ganhar prêmios ao acertar 4 ou 5 números dentre os 60 disponíveis no volante de apostas.

Para realizar o sonho de ser milionário, você deve marcar de 6 a 20 números do volante, podendo deixar que o sistema escolha os números para você (Surpresinha) e/ou concorrer com a mesma aposta por 2, 3, 4, 6, 8, 9 e 12 concursos consecutivos (Teimosinha).

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Gripe do frango

MS registra primeira suspeita de gripe aviária

A suspeita, a primeira de 2025, vem de uma galinha de criação doméstica no município de Angélica

22/05/2025 17h13

Primeira suspeita de gripe aviária em MS segue em análise

Primeira suspeita de gripe aviária em MS segue em análise Divulgação

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O Estado de Mato Grosso do Sul registrou a primeira suspeita de gripe aviária, segundo o painel de investigações de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A suspeita veio de uma galinha de criação doméstica no município de Angélica, cidade distante 270 quilômetros de Campo Grande. 

Em nota, o diretor presidente da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), Daniel Ingold, confirmou o envio do material coletado ao laboratório oficial do Mapa, localizado em Campinas (SP) para um diagnóstico conclusivo. 

Ingold ressalta que a apuração de suspeitas faz parte da rotina da Iagro. Em situações específicas, como a emergência sanitária no Rio Grande do Sul, onde um caso foi confirmado na última quinta-feira (15), “é esperado um aumento inicial no número de notificações e investigações”. 

O presidente reforça que a tendência é que tenham mais suspeitas de caso devido ao receio dos produtores, o que faz parte dos procedimentos regulares do Instituto. 

Além disso, reforça que “a Iagro segue rigorosamente os protocolos estabelecidos, com equipe treinada e preparada, atuando com agilidade, eficiência e transparência em todas as ocorrências”. 

Atualmente, estão sendo investigadas suspeitas de gripe aviária no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina, no Ceará, Tocantins e Pará, totalizando 11 municípios. 

Gripe Aviária

A gripe aviária é causada por um vírus do tipo Influenza A e uma resposta rápida da detecção em aves silvestres ou de produção é vital para evitar a disseminação.

O governo brasileiro tem reforçado ações de monitoramento em todo o território nacional, principalmente em regiões que tenham a presença de aves migratórias ou criadouros comerciais. 

Entre os principais sintomas nas aves estão a dificuldade respiratória, secreção nasal ou ocular, espirros, falta de coordenação motora, torcicolo, diarreia e alta taxa de mortalidade. 

Todas as suspeitas de gripe aviária, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade súbita em aves, devem ser notificadas diretamente à Secretaria da Agricultura por meio da Inspetoria de Defesa Agropecuária. 

Exportações travadas

Com a identificação dos casos de gripe aviária no país, a União Europeia e mais 12 países vetaram a importação dos produtos de origem aviária nacional. Assim, a perspectiva é que haja maior oferta de frangos e ovos o que, consequentemente, deve gerar uma queda nos preços para o consumidor final. 

A China foi o primeiro país a suspender totalmente a compra dos produtos avícolas do Brasil. Além dela, Argentina, Uruguai, Chile, México, Arábia Saudita, África do Sul, Canadá e Coreia do Sul, além da União Europeia adotaram a mesma postura. 

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