Em uma confecção instalada no Estabelecimento Penal de Paranaíba (EPPar) são produzidos, em média, 1200 calçados diariamente. O material é distribuído às maiores cidades de Mato Grosso do Sul, como a Capital, e ainda calça pessoas em diversos estados brasileiros, entre eles: São Paulo, Goiás, Minas Gerais e Santa Catarina.
A iniciativa faz parte de uma parceria entre a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) e a empresa Adriana Rezende Calçados, tendo como objetivo a ocupação produtiva e remunerada de detentos.
O convênio foi formalizado há mais de um ano como parte do “Projeto “Recomeçar”, idealizado pelo Juiz da Vara Criminal e Execução Penal de Paranaíba, Francisco Vieira de Andrade Neto, com apoio do Conselho da Comunidade local.
O projeto tem por objetivo proporcionar mecanismo de reinserção social de internos do sistema prisional por meio do trabalho, além de contribuir com ações que visam melhorias para a estrutura das unidades penais da cidade.
Para o empresário Alfredo Bernardes da Silva, dono da empresa de calçados, a parceria tem sido muito produtiva.
Setor Empresarial
O Estabelecimento Penal de Paranaíba conta com um “Setor Empresarial”, um espaço destinado a acomodar empresas interessadas em dar oportunidade de emprego a reeducandos do regime fechado.Inaugurado em novembro de 2009, além da confecção de calçados, o local abriga também uma empresa que produz brinquedos pedagógicos e uma selaria.
Mas o trabalho de internos não se limita apenas ao “Setor Empresarial”, segundo a responsável pelo trabalho dos detentos no EPPar, Monica Dantas. No presídio também são desenvolvidas atividades de panificação, cozinha, reciclagem, serralheria, limpeza e manutenção, garantindo ocupação produtiva a mais de 50% dos internos.
Na opinião do diretor do presídio de Paranaíba, o trabalho prisional é uma eficiente ferramenta para a disciplina dos detentos e ainda os ajuda a terem novas perspectivas de vida para quando conquistarem a liberdade.