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Mesmo com pandemia, produção industrial alcança melhor resultado desde setembro de 2010

No último mês, 89% das empresas industriais do estado apresentaram estabilidade ou aumento

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Mesmo com a pandemia do novo coronavírus instalada desde o fim do primeiro trimestre, Mato Grosso do Sul apresentou um número record em relação à produção industrial.

O mês de setembro fechou com 57,1 pontos, sendo o melhor índice já registrado desde fevereiro de 2010, quando a série começou a ser checada.

O levantamento foi feito pelo Radar Industrial da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul (FIEMS), e contou com a participação de 63 empresas.

De acordo com o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, ao todo, 89% das empresas industriais de MS apresentaram estabilidade ou aumento na produção.

Deste número, 47% permaneceram estáveis e 42% tiveram crescimento.

"Comparando com o mesmo mês do ano passado, essa participação foi superior em 14 pontos percentuais. Com esse desempenho, o índice de evolução da produção fechou setembro de 2020 com crescimento de 8 pontos na comparação com igual mês do ano anterior e de 8,4 pontos sobre a média histórica obtida para o mês”, disse ele,.

Já quando o assunto é a utilização da capacidade instalada, o índice foi o melhor dos últimos 6 anos.

"Em setembro, 73% dos respondentes disseram que a utilização da capacidade instalada ficou igual ou acima do usual para o mês. Já o patamar médio de utilização da capacidade total ficou em 74%.", destacou o coordenador.

O número representa uma alta de 2 pontos percentuais.

E Ezequiel continua, "O indicador de uso efetivo em relação ao usual fechou o mês de setembro em 53,0 pontos, resultado 9,2 pontos acima da média histórica obtida para o mês.".

Diferente de meses atrás, já no terceiro trimestre de 2020, 77,4% dos empresários classificaram o lucro operacional obtido como bom ou satisfatório.

O indicador da margem alcançou os 51,7 pontos.

No todo, 87% dos entrevistados consideraram bom ou satisfatório a situação da empresa num aspecto geral.

Porém nem todos os números soaram otimistas, 21% dos industriais consideraram difícil o acesso ao crédito, contra o 24,2% dos participantes que responderam não ter buscado o recurso.

Do indicativo geral, 83% afirmaram um aumento nos preços das matérias-primas utilizadas, ponto ressaltado pelo economista da FIEMS.

“Também estão incluídas nessa lista a falta ou alto custo de trabalhador qualificado, falta de capital de giro, demanda interna insuficiente, falta de financiamento de longo prazo e insegurança jurídica”, lembrou Ezequiel.

Economia

Prévia do PIB brasileiro cresce 0,6% em janeiro

Indicador superou projeção de alta de 0,26%

18/03/2024 20h00

Fotos: Marcelo Casal Jr/ Agência Brasil

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A economia brasileira começou 2024 em expansão. Considerado uma espécie de prévia do Produto Interno Bruto (PIB), o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) cresceu 0,6% em janeiro, superando a projeção do mercado financeiro de alta de 0,26%.

Na comparação com janeiro do ano passado, o indicador cresceu 3,45%. No acumulado de 12 meses terminados em janeiro, o índice acumula alta de 2,47%. Os dados são dessazonalizados, livres de oscilações associadas a uma determinada época do ano.

Apesar da alta em janeiro, o IBC-Br desacelerou em relação a dezembro, quando registrou crescimento de 0,82%. Divulgado todos os meses pelo Banco Central, o IBC-Br analisa a atividade econômica em três componentes: indústria, comércio e serviços.

Esse é o quinto mês seguido de alta no IBC-Br. Apesar da desaceleração em relação ao mês anterior, o fato de o indicador ter crescido além das previsões das instituições financeiras mostra que a economia brasileira atravessa um momento favorável.
 

Economia

Dólar ultrapassa os R$ 5 e atinge maior valor do ano com cautela antes de decisões sobre juros

O dólar subiu 0,55% e fechou cotado a R$ 5,024 nesta segunda-feira (18), atingindo seu maior valor desde outubro

18/03/2024 19h00

Operadores relatam ambiente de cautela diante da expectativa pela divulgação na sexta-feira, 6, do relatório de empregos (payroll) nos EUA Arquivo/Agência Brasil

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O dólar subiu 0,55% e fechou cotado a R$ 5,024 nesta segunda-feira (18), atingindo seu maior valor desde outubro, em meio a cautela de investidores antes de decisões sobre juros no Brasil e nos Estados Unidos, que serão divulgadas na quarta (20).
Apesar de as projeções sobre os comunicados desta semana serem praticamente unânimes, o mercado ainda aguarda sinalizações sobre os próximos passos dos juros em ambos os países.

No cenário local, a expectativa é que o Banco Central do Brasil deve realizar um corte de 0,50 ponto percentual na Selic (taxa básica de juros), mantendo o ritmo adotado nas últimas reuniões.

"O Copom [Comitê de Política Monetária] deve reduzir as taxas em 0,50 ponto pela sexta vez consecutiva, levando a Selic para 10,75% em decisão unânime, ao mesmo tempo em que destaca a resiliência da atividade e as preocupações com a inflação para justificar a manutenção do ritmo", diz David Beker, chefe de economia para Brasil do Bank of America.
Há dúvidas, no entanto, sobre as sinalizações do comunicado, em especial se o comitê vai continuar indicando um corte da mesma magnitude nas próximas reuniões.

O analista Lucas Farina, da Genial Investimentos, afirma que o comunicado da autoridade monetária brasileira deve destacar, do lado positivo, o aumento da arrecadação federal no início deste ano. Por outro lado, o BC também deve ressaltar a piora da inflação nos últimos meses.

"No saldo geral, o balanço de riscos deve sofrer alguma piora, à medida que as forças inflacionárias -El Niño, atividade forte e mercado de trabalho aquecido- estão, no momento, superando as forças deflacionárias, resultando num viés de alta para a inflação", diz Farina.
Por isso, o analista acredita que o Copom deve deixar de apontar cortes de juros de 0,50 ponto nas próximas reuniões. "O intuito disso não seria necessariamente o de diminuir a magnitude de corte de juros para 0,25 ponto, mas sim o de aumentar os graus de liberdade na condução da política monetária por parte do BC", diz ele.

Mais cedo, dados do Banco Central mostraram que a atividade econômica iniciou 2024 com crescimento bem acima do esperado em janeiro, reforçando a visão de que a economia passa por um momento favorável mesmo que tenha desacelerado em relação ao final do ano passado.

"Olhando apenas a inflação, há espaço para o Copom seguir baixando os juros. No entanto, pode ser que os membros do Comitê resolvam adotar uma postura mais cautelosa devido à atividade econômica. Na prática, quer dizer que o comunicado e a ata podem retirar o plural ao falar dos próximos movimentos para os juros", disse a Levante Investimentos em relatório a clientes.
Já nos EUA, a aposta é que o Fed deve manter inalterados os juros do país na faixa entre 5,25% e 5,50%, sem espaço para surpresas. O mercado aguarda, no entanto, sinalizações da autoridade monetária sobre o atual estado da economia americana.

A decisão ocorre após dados recentes mostrarem um mercado de trabalho aquecido e uma inflação persistente nos Estados Unidos, o que apontou para uma economia aquecida e trouxe dúvidas sobre o início do corte de juros pelo Fed.

"Fevereiro foi dominado por uma nova rodada de dados mais fortes nos EUA e, principalmente, pela revisão do ciclo de queda pelo Fed. Ao contrário de outros momentos, a bolsa nos EUA teve um desempenho forte, subindo mais de 5%. Todo o mercado e os bancos centrais ao redor do mundo acompanham de perto os próximos passos do Fed para se posicionarem", afirma Beto Saadia, economista e diretor de investimentos da Nomos
Atualmente, a aposta majoritária é de que o Fed deve esperar pelo menos até junho para iniciar o afrouxamento monetário nos EUA.

Já a Bolsa brasileira terminou o dia em leve alta de 0,16%, aos 126.954 pontos, impulsionada por fortes altas da Vale e da Embraer, que ficaram entre as mais negociadas da sessão.

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