A indústria brasileira cresceu 0,3% em novembro, na comparação com outubro do ano passado, mas não recuperou a perda acumulada nos três últimos meses de queda na produção (-2,6%): -0,1% em agosto, -1,9% setembro e -0,7% em outubro. Os dados foram divulgados hoje (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Entre os ramos, 18 registram alta e nove apresentam queda em novembro frente ao mês imediatamente anterior. A expansão ocorreu com mais força nos setores máquinas e equipamentos (4,0%), que recuperou parte da perda de 9,3% nos dois últimos meses, veículos automotores (1,5%), edição e impressão (3,4%) e produtos de metal (3,9%) e vestuário (9,4%).
Das nove atividades que apresentaram queda na produção em novembro, merecem destaque os ramos de refino de petróleo e produção de álcool (-5,3%), que sofreu perda após crescimento de 7,1% dos últimos quatro meses, material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (-7,5%) e máquinas para escritório e equipamentos de informática (-8,3%).
O desempenho em novembro de 2011 levou o indicador acumulado nos onze meses do ano a uma taxa de 0,4%, resultado menor que os meses anteriores. No acumulado dos últimos doze meses, também houve redução no ritmo de crescimento, ao passar de 1,3% em outubro para 0,6% em novembro, mantendo a trajetória de queda desde outubro de 2010 (11,8%).
Na comparação com novembro de 2010, a indústria recuou 2,5%, a menor marca desde outubro de 2009 (-3,1%) e acelerou o ritmo de queda frente aos resultados de setembro (-1,6%) e de outubro (-2,2%). O índice desse mês teve perfil disseminado de queda, já que a maior parte (17) das 27 atividades pesquisadas mostrou redução na produção – ainda na comparação com o mesmo mês de 2010. Os impactos negativos de maior importância nesse período vieram de veículos automotores (-4,2%), material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (-15,2%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-14,2%), têxtil (-13,0%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (-14,7%), refino de petróleo e produção de álcool (-4,0%), edição e impressão (-5,3%), metalurgia básica (-3,7%) e calçados e artigos de couro (-13,7%).