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Pronatec abre 9 cursos gratuitos na Capital

Pronatec abre 9 cursos gratuitos na Capital

Osvaldo Júnior

28/08/2012 - 00h01
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Estudantes do ensino médio de escolas públicas e privadas (desde que sejam bolsistas) de Campo Grande podem se inscrever em cursos profissionalizantes gratuitos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). 

São oferecidos nove cursos: comunicação visual, cozinha, eletrotécnica, hospedagem, informática, logística, manutenção e suporte em informática, recursos humanos e transações imobiliárias.  

Além da gratuidade dos cursos, o estudante também tem direito, conforme o programa, a vale transporte, material escolar e merenda. Para cada qualificação, há 40 vagas, com exceção do curso em manutenção e suporte em informática, que oferece 120 vagas em duas escolas.

Veja a relação completa de cursos: Clique aqui

47 anos de ms

Economia de Mato Grosso do Sul cresce acima da nacional pelo 3º ano consecutivo

Estimativa aponta que o PIB estadual deve ter crescimento de 5,8%, enquanto a média do País será de 3,2% neste ano

11/10/2024 08h00

A soja continua sendo o principal produto da pauta de exportações, mas o foco de Mato Grosso do Sul tem sido aumentar e consolidar a industrialização da produção de carne, soja e milho, entre outros

A soja continua sendo o principal produto da pauta de exportações, mas o foco de Mato Grosso do Sul tem sido aumentar e consolidar a industrialização da produção de carne, soja e milho, entre outros Gerson Oliveira/ Correio do Estado

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Pelo terceiro ano consecutivo, o Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos, de Mato Grosso do Sul deve crescer bem acima da média nacional.

Enquanto o governo federal estima crescimento de 3,2% para o Brasil neste ano, a perspectiva local é de que o PIB do Estado cresça 5,82%.

A soja continua sendo o principal produto da pauta de exportações, mas o foco de Mato Grosso do Sul tem sido aumentar e consolidar a industrialização da produção de carne, soja e milho, entre outros

Os dados da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) apontam que MS cresceu 6,6% no ano passado e 4,6% em 2022, médias acima da nacional. 

De acordo com o titular da Semadesc, Jaime Verruck, o mais importante a destacar, no dia em que MS completa 47 anos é que, atualmente, o Estado chega a ter a maior participação no PIB nacional. 

“Aos 47 anos, Mato Grosso do Sul chega à maior participação do PIB no indicador nacional, com 1,7%, a maior participação que nós já tivemos ao longo da história de avaliação do PIB. Isso decorre, essencialmente, da expansão e da diversificação do agro do Estado e da expansão da agroindústria”, destaca o secretário, em entrevista ao Correio do Estado. 

O professor de Economia da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) Mateus Abrita destaca que o Estado tem conseguido um bom desempenho econômico nos setores que já têm bastante vantagem competitiva, principalmente o agronegócio.

 “Além disso, tem buscado agregar valor a essa produção por meio da atração de novos investimentos industriais. Acredito que o grande diferencial em relação à média brasileira é justamente em decorrência desses novos investimentos”, avalia. 

Produção

O mestre em Economia Eugênio Pavão corrobora com a narrativa de “agregação de valor” da produção da agropecuária local. “Podemos dizer que Mato Grosso do Sul está em um processo de interiorização da produção”. 

Conforme publicado pelo Correio do Estado na edição de 1º de outubro, além de estar entre os maiores produtores de soja, hoje Mato Grosso do Sul se consolida como o sexto maior parque industrial de processamento da oleaginosa no Brasil, com capacidade de processar 18.080 mil toneladas diárias.

Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), MS já responde por aproximadamente 8% de toda a capacidade de processamento de oleaginosas do País.

O rebanho bovino aumentou no ano passado. Após seis anos em queda, houve uma leve alta de 2,5% no plantel de gado, saindo de 18,433 milhões de cabeças, em 2022, para 18,891 milhões, em 2023, conforme a Pesquisa da Pecuária Municipal, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Mas há um encolhimento nos últimos anos, porque atualmente o foco está na qualidade da carne comercializada, e não mais na quantidade de cabeças de gado produzidas.

“MS praticamente não manda mais gado em pé para fora, é tudo feito aqui. A industrialização de aves, suínos, piscicultura, que eu chamo de um estado multiproteína se consolidando.

Quando a gente olha na produção de soja, o Estado ainda é um exportador, mas a gente tem uma indústria consolidada em ampliação. A exportação de milho deixa praticamente de existir com a vinda da empresa de etanol de milho.

Então, tudo aquilo que a gente preconizava, não um Mato Grosso do Sul celeiro, mas, sim, um produtor de produtos industrializados, está se consolidando aos 47 anos”, analisa Verruck. 

Muito desse crescimento estadual se dá em decorrência dos investimentos no setor da silvicultura também, conforme citado na página 5. Os investimentos no setor devem ultrapassar os R$ 70 bilhões nos próximos anos. 

E ainda há o destaque para o investimento público estadual e federal. 

“MS também tem se destacado como um estado que tem uma taxa de investimento pública entre as mais altas do País. Infelizmente, o Brasil vem sofrendo com a diminuta taxa de investimento público, mas aqui no MS a realidade é positiva”, finaliza Abrita.

Futuro

Para o futuro de Mato Grosso do Sul, a expectativa é de continuar crescendo. Por ser um estado ainda muito jovem, os especialistas acreditam que há muito para ampliar em todos os setores da economia. 

Pavão ressalta que a Rota Bioceânica trará muitos negócios para o Estado, além da ampliação dos já existentes. Estimativas iniciais apontam que apenas o funcionamento do corredor que ligará os oceanos Pacífico e Atlântico deverá movimentar mais de R$ 1,5 bilhão na economia estadual.

Outro fator é a retomada e conclusão da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN3), em Três Lagoas.

“A fábrica de fertilizantes será uma obra importante para consolidar a agregação de valor à economia, com a redução das importações de produtos da Rússia, da Ucrânia, etc.

Outra oportunidade seria a indústria siderúrgica, que, apesar dos altíssimos investimentos e custos operacionais, poderia agregar ganho nas exportações para a China.

Esse projeto está previsto, mas não vingou por questões de encolhimento econômico do grupo que propôs a ideia”, ressalta o economista.

Eugênio Pavão ainda denomina que o Estado é uma “ilha de prosperidade no Brasil”, graças à atração de investimentos: “Investimentos de 10% trazem retornos de 20%, 30% ou mais taxas de crescimento”.

Verruck também reforça que os investimentos públicos e privados em Mato Grosso do Sul garantem para os próximos quatro anos um crescimento na atividade econômica. 

“O Estado deve continuar crescendo com a diversificação da produção agrícola, com a entrada da laranja, com forte crescimento da irrigação, permitindo uma terceira safra e aumento de produtividade.

Uma ocupação de 4 milhões de hectares de áreas degradadas, que serão distribuídos entre agricultura e floresta. E ainda a expansão dos negócios e a consolidação de todo o processo da industrialização e da agroindustrialização.

 Nós precisamos chegar a 2032, quando acaba toda a política de incentivos fiscais baseada em ICMS, com uma estrutura bem consolidada”, diz o secretário. 

 

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vale da celulose

Exportações de celulose crescem 62,7%

Crescimento do setor está alinhado à consolidação de novas fábricas; Estado tem potencial para receber a oitava planta

11/10/2024 07h35

celulose representa 22,7% do total da pauta de exportações do Estado, ficando somente atrás da soja

celulose representa 22,7% do total da pauta de exportações do Estado, ficando somente atrás da soja Paulo Ribas/Correio do Estado

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A consolidação do Vale da Celulose em Mato Grosso do Sul já pode ser percebida pela expansão de 62,75% nas exportações neste ano. O segmento movimentou US$ 1,765 bilhão de janeiro a setembro, enquanto no mesmo período do ano passado o Estado negociou US$ 1,085 bilhão – diferença de US$ 680,8 milhões.

celulose representa 22,7% do total da pauta de exportações do Estado, ficando somente atrás da soja

Os dados constam na Carta de Conjuntura do Setor Externo, elaborada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), e apontam ainda que o volume de comercialização também registrou aumento na comparação do período, uma vez que em 2023 foram enviadas 3,061 milhões de toneladas ao exterior, contra 3,135 milhões até setembro deste ano.

A celulose representa 22,7% do total da pauta de exportações do Estado, ficando somente atrás da soja (34,48%). Os números que comprovam o potencial do segmento evidenciam ainda a importância do núcleo produtivo localizado em Mato Grosso do Sul.

“Quando olhamos para a celulose, realmente o Estado hoje é um destaque mundial”, analisa o titular da Semadesc, Jaime Verruck.

Ao Correio do Estado, o secretário destaca que Mato Grosso do Sul ainda dispõe de capacidade para expandir o setor. 

“Com a quinta planta industrial sendo construída em Inocência, da Arauco, e o anúncio da sexta planta industrial, no município de Água Clara, tenho certeza de que nós temos espaço para a sétima e para a oitava, consolidando realmente o Vale da Celulose e um estado, obviamente, de uma maneira significativa, exportador”, afirma Verruck.

O mestre em Economia Eugênio Pavão explica que, com a chegada da indústria de celulose, Mato Grosso do Sul obteve enormes ganhos financeiros.

“Com a exportação do produto e os investimentos maciços em florestas plantadas e recebendo até investimentos estrangeiros, por meio de fundos de pensões estrangeiros. Hoje, temos a indústria chilena Arauco se instalando no Estado, com possibilidades de maior crescimento do PIB até 2030”, detalha.

Atualmente, MS ocupa a segunda maior área de florestas plantadas do Brasil. Segundo dados do Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio (Siga MS), a área total atingiu 1,48 milhão de hectares neste ano, área que deverá chegar a 2,5 milhões de hectares nos próximos anos. 

Desse total, 98% são dedicados ao cultivo de eucalipto, que é predominantemente utilizado pela indústria de papel e celulose, amplamente presente no Estado.

Investimentos

Conforme adiantado pelo Correio do Estado na edição do dia 2 de outubro, dados divulgados pelo presidente da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) apontam que mais de 70% dos R$ 105 bilhões de investimentos previstos no setor de celulose para o País serão realizados em Mato Grosso do Sul. 

Paulo Hartung informou, durante um evento, que quase R$ 75 bilhões serão investidos em território sul-mato-grossense nos próximos três anos.

“Estivemos com o presidente da República, Lula, e nós levamos para ele o número de investimento do setor nos próximos três anos. A carteira de investimento do setor é uma das maiores carteiras de investimento do setor privado brasileiro. São R$ 105 bilhões contratados para serem investidos no nosso País, dos quais mais de R$ 70 bilhões serão em Mato Grosso do Sul”, afirmou o presidente da Ibá.

O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), reiterou que o setor tem ajudado a transformar MS.

“Da nossa parte, vamos criar um ambiente de negócios que fique cada vez mais atrativo para setores em que somos competitivos, e a celulose é, sem dúvida, uma das estrelas deste processo. O setor investe R$ 75 bilhões no Estado”.

Mato Grosso do Sul tem uma capacidade instalada de produção de 4,9 milhões de toneladas anuais de celulose, produzidas em três linhas operacionais no município de Três Lagoas, sendo duas da Suzano e uma da Eldorado. 

A capacidade foi ampliada em mais 2,55 milhões de toneladas com a entrada em operação do Projeto Cerrado, da Suzano, elevando o total para 7,4 milhões de toneladas anuais.

A reportagem também adiantou que a Arauco anunciou a expansão da capacidade de produção e deverá se tornar a maior fábrica de celulose do mundo.

Com investimento de US$ 4,6 bilhões (equivalente a R$ 25,1 bilhões), a empresa do grupo chileno informou o aumento da capacidade produtiva da planta de Inocência, saindo dos iniciais 2,5 milhões de toneladas para 3,5 milhões de toneladas de fibra de eucalipto por ano. 

Outro investimento que pode chegar a MS é da Bracell. O grupo indonésio é um dos principais produtores de celulose solúvel do mundo e anunciou o interesse de construir uma nova fábrica em Água Clara, com investimentos previstos de R$ 25 bilhões. 

Também estão planejadas as segundas linhas de produção da Eldorado Celulose, em Três Lagoas (com uma capacidade prevista de 2,3 milhões de toneladas por ano), e da Arauco, em Inocência (2,5 milhões de toneladas anuais).

A reportagem também informou, na edição do dia 4 de maio de 2024, que os municípios de Figueirão e Alcinópolis são apontados como possíveis locais para a instalação de uma unidade que seria resultado de negociações com a multinacional Portucel Moçambique.

US$ 7,7 bi

De janeiro a setembro de deste ano, as exportações de MS alcançaram US$ 7,79 bilhões, impulsionadas por soja, celulose, carne e açúcares.

 

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