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Quais são os indicadores para a economia em 2021?

Economista destacam que imunizar a população contra a Covid-19 será fundamental para a retomada econômica

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É fato que a pandemia da Covid-19 pegou todos de surpresa, e influenciou diretamente na economia do país. Para 2021, a expectativa é de crescimento e esperança em dias melhores, porém, economistas avaliam que a retomada está diretamente relacionada a imunização da população. 

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O Correio do Estado conversou com economistas para avaliar o que podemos esperar da economia em 2021. 

O professor e economista Eugênio Pavão destaca que o coronavírus vem desafiando os países a buscarem soluções para a retomada de suas atividades, setores como turismo, comércio, alimentação e lazer só conseguirão retomar plenamente as atividades com a chegada da vacina.

“A pandemia ainda "governa" a economia mundial, com os avanços e retrocessos na política econômica, sendo determinada pelas ações de governo no combate ao vírus. A recuperação da economia depende da vacinação em massa, recuperação dos postos de emprego e da injeção de dinheiro novo, seja do governo ou de investimentos em setores que apresentam altas em seus custos”, esclareceu Pavão.

Para o doutor em economia, Michel Constantino, o novo ano será de inúmeros desafios, mas a inflação não deve fugir do controle e os indicadores são positivos. 

“Neste novo ano temos grandes desafios, seja para consumidores, empresários e a população em geral. Os indicadores e a expectativa de consumo das pessoas são positivas. Temos alguns indicadores que podem influenciar bastante a vida da população em 2021, a inflação deve subir, pois a demanda está aumentando e as pessoas gastando mais, o que é bem natural devido ao período de fim de ano”, explicou o economista. 

Segundo a Agência Senado, o total de despesas autorizadas com a pandemia em 2020 foi de R$ 591,8 bilhões, sendo R$ 322 bilhões destinados somente para o pagamento do auxílio emergencial, que foi o maior programa de transferência de renda da história do país.

Constantino afirma que o fim do auxílio emergencial irá impactar no orçamento de milhares de famílias, empresários e a economia do país. 

“A inflação tende a diminuir no final de fevereiro e estabilizar em março, isso também já está projetado com o Banco Central, e os nossos estudos estão apontando a mesma coisa. O comércio sentirá o impacto no início do ano, devido ao fim do auxílio emergencial, que foi fundamental para a economia brasileira em 2020, através desse recurso, milhares de pessoas saíram da pobreza”, destacou Constantino.

Para este novo ano, a expectativa de crescimento passou de 3,31% para 3,40%. Em 2022 e 2023, o mercado financeiro continua a projetar expansão de 2,50% do PIB (Produto Interno Bruto, soma de todas as riquezas do país).

Enquanto algumas empresas fecharam as portas em razão das complicações financeiras geradas pela pandemia, outras nascem da necessidade de ter uma nova fonte de renda. Constantino explica que em 2021 ainda teremos trabalhadores investindo em pequenos negócios para garantir novas formas de renda. 

“Durante a pandemia tivemos o crescimento de novas empresas, pessoas montando empresas em casa, fazendo atividades digitais, onde é possível vender produtos, alimentos pela internet, isso cresceu muito no Brasil, a tendência é continuar crescendo, as pessoas irão empreender cada vez mais”, explicou.

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Economia

Prévia do PIB brasileiro cresce 0,6% em janeiro

Indicador superou projeção de alta de 0,26%

18/03/2024 20h00

Fotos: Marcelo Casal Jr/ Agência Brasil

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A economia brasileira começou 2024 em expansão. Considerado uma espécie de prévia do Produto Interno Bruto (PIB), o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) cresceu 0,6% em janeiro, superando a projeção do mercado financeiro de alta de 0,26%.

Na comparação com janeiro do ano passado, o indicador cresceu 3,45%. No acumulado de 12 meses terminados em janeiro, o índice acumula alta de 2,47%. Os dados são dessazonalizados, livres de oscilações associadas a uma determinada época do ano.

Apesar da alta em janeiro, o IBC-Br desacelerou em relação a dezembro, quando registrou crescimento de 0,82%. Divulgado todos os meses pelo Banco Central, o IBC-Br analisa a atividade econômica em três componentes: indústria, comércio e serviços.

Esse é o quinto mês seguido de alta no IBC-Br. Apesar da desaceleração em relação ao mês anterior, o fato de o indicador ter crescido além das previsões das instituições financeiras mostra que a economia brasileira atravessa um momento favorável.
 

Economia

Dólar ultrapassa os R$ 5 e atinge maior valor do ano com cautela antes de decisões sobre juros

O dólar subiu 0,55% e fechou cotado a R$ 5,024 nesta segunda-feira (18), atingindo seu maior valor desde outubro

18/03/2024 19h00

Operadores relatam ambiente de cautela diante da expectativa pela divulgação na sexta-feira, 6, do relatório de empregos (payroll) nos EUA Arquivo/Agência Brasil

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O dólar subiu 0,55% e fechou cotado a R$ 5,024 nesta segunda-feira (18), atingindo seu maior valor desde outubro, em meio a cautela de investidores antes de decisões sobre juros no Brasil e nos Estados Unidos, que serão divulgadas na quarta (20).
Apesar de as projeções sobre os comunicados desta semana serem praticamente unânimes, o mercado ainda aguarda sinalizações sobre os próximos passos dos juros em ambos os países.

No cenário local, a expectativa é que o Banco Central do Brasil deve realizar um corte de 0,50 ponto percentual na Selic (taxa básica de juros), mantendo o ritmo adotado nas últimas reuniões.

"O Copom [Comitê de Política Monetária] deve reduzir as taxas em 0,50 ponto pela sexta vez consecutiva, levando a Selic para 10,75% em decisão unânime, ao mesmo tempo em que destaca a resiliência da atividade e as preocupações com a inflação para justificar a manutenção do ritmo", diz David Beker, chefe de economia para Brasil do Bank of America.
Há dúvidas, no entanto, sobre as sinalizações do comunicado, em especial se o comitê vai continuar indicando um corte da mesma magnitude nas próximas reuniões.

O analista Lucas Farina, da Genial Investimentos, afirma que o comunicado da autoridade monetária brasileira deve destacar, do lado positivo, o aumento da arrecadação federal no início deste ano. Por outro lado, o BC também deve ressaltar a piora da inflação nos últimos meses.

"No saldo geral, o balanço de riscos deve sofrer alguma piora, à medida que as forças inflacionárias -El Niño, atividade forte e mercado de trabalho aquecido- estão, no momento, superando as forças deflacionárias, resultando num viés de alta para a inflação", diz Farina.
Por isso, o analista acredita que o Copom deve deixar de apontar cortes de juros de 0,50 ponto nas próximas reuniões. "O intuito disso não seria necessariamente o de diminuir a magnitude de corte de juros para 0,25 ponto, mas sim o de aumentar os graus de liberdade na condução da política monetária por parte do BC", diz ele.

Mais cedo, dados do Banco Central mostraram que a atividade econômica iniciou 2024 com crescimento bem acima do esperado em janeiro, reforçando a visão de que a economia passa por um momento favorável mesmo que tenha desacelerado em relação ao final do ano passado.

"Olhando apenas a inflação, há espaço para o Copom seguir baixando os juros. No entanto, pode ser que os membros do Comitê resolvam adotar uma postura mais cautelosa devido à atividade econômica. Na prática, quer dizer que o comunicado e a ata podem retirar o plural ao falar dos próximos movimentos para os juros", disse a Levante Investimentos em relatório a clientes.
Já nos EUA, a aposta é que o Fed deve manter inalterados os juros do país na faixa entre 5,25% e 5,50%, sem espaço para surpresas. O mercado aguarda, no entanto, sinalizações da autoridade monetária sobre o atual estado da economia americana.

A decisão ocorre após dados recentes mostrarem um mercado de trabalho aquecido e uma inflação persistente nos Estados Unidos, o que apontou para uma economia aquecida e trouxe dúvidas sobre o início do corte de juros pelo Fed.

"Fevereiro foi dominado por uma nova rodada de dados mais fortes nos EUA e, principalmente, pela revisão do ciclo de queda pelo Fed. Ao contrário de outros momentos, a bolsa nos EUA teve um desempenho forte, subindo mais de 5%. Todo o mercado e os bancos centrais ao redor do mundo acompanham de perto os próximos passos do Fed para se posicionarem", afirma Beto Saadia, economista e diretor de investimentos da Nomos
Atualmente, a aposta majoritária é de que o Fed deve esperar pelo menos até junho para iniciar o afrouxamento monetário nos EUA.

Já a Bolsa brasileira terminou o dia em leve alta de 0,16%, aos 126.954 pontos, impulsionada por fortes altas da Vale e da Embraer, que ficaram entre as mais negociadas da sessão.

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