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Quase 40% das empresas tiveram de mudar com a pandemia

Levantamento aponta que 27% dos pequenos negócios utilizam apenas entregas e serviços on-line

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Com as medidas de isolamento social adotadas, muitos negócios precisaram mudar e se reinventar para enfrentar a crise causada pelo novo coronavírus (Covid-19). Pesquisa divulgada pelo Sebrae em abril, aponta que 38,4% das empresas sul-mato-grossenses tiveram que mudar o perfil de atendimento.

O levantamento aponta que 54,5% tiveram de mudar o horário de funcionamento dos negócios. Os que utilizam apenas entregas ou serviços on-line atingiram 27,2%. Que adotaram teletrabalho ou home office são 24,2%. O rodízio de funcionários foi adotado por 12,2% e drive thru, 3%.

Para o analista do Sebrae-MS, Rodrigo Sleiman, é importante que o empresário esteja atento e se antecipe às mudanças de cenário. “Em tempos onde o empresário está restrito, é preciso inovar. O que caracteriza as empresas que prosperam, é a busca de oportunidades. Se você esperar saber o que vai acontecer, só terá êxito em saber, então é importante se antecipar”, disse.

A alternativa para a maioria dos comércios sobreviverem é a atuação no mundo digital. Sleiman reforça que a tendência da digitalização já vinha acontecendo antes da pandemia. “A sociedade está cada vez mais fazendo compras de forma digital. Uma boa parcela da população, pessoas que não gostavam muito de mexer no celular, eles precisaram aprender a mexer. Estamos vendo a aceleração do consumo digital. Agora com a pandemia, esse comportamento será intensificado, então todos os empresários precisam pensar nisso”, finaliza.

EMPRESÁRIOS CONECTADOS

Em Campo Grande alguns empresários estão atentos a essa tendência e já se adaptaram ao novo formato de vendas. Proprietário da Beco Acessórios, Djalma Santos, conta as redes sociais Instagram e Whatsapp tem sido grandes aliados nesse período.

“Abrimos esta opção aos clientes e iremos aperfeiçoá-la disponibilizando aplicativo para facilitar a entrega. Por enquanto, estamos enviando via Correios quando é fora de Campo Grande e, aqui estamos combinando cada venda com o cliente”, explicou Santos que atua no ramo de jóias e acessórios.

A microempresária Stefanny Ribeiro também tem usado de redes sociais e venda pela internet para atender as clientes de sua loja de roupas, a Maria Lima Store. “Os clientes tem vindo todos das redes sociais. A gente posta as roupas, ou manda pelo whatsapp. O que está dando bastante certo e está nos ajudando é a entrega em domicílio”, considerou.

SHOPPING ON-LINE

De olho neste novo público, empresários de Campo Grande resolveram implantar uma plataforma onde diversas empresas conseguem expor seus produtos. O PopShop, é um site criado após o período de fechamento dos comércios de Campo Grande. 

De acordo com o sócio da empresa, Richardo Zulim, a idéia veio pela dificuldade de muitos lojistas em venderem no período de isolamento social por conta da pandemia do  novo coronavírus (Covid-19). “Notamos a dificuldade dos lojistas e pensamos em dar nossa cota de contribuição. Qualquer empresa que venda produtos pode se beneficiar, prometemos entrega em até 24h, por isso estamos preterindo as empresas de alimentos prontos. Os demais lojistas de quaisquer ramos de atividades (roupas, sapatos, peças de carros, peças de motos, eletrônicos, artigos para casa, etc) podem inserir suas lojas físicas na plataforma”, explicou Zulim.

Segundo o empresário toda a logística é organizada pela plataforma. “O sistema que coordena a entrega, avisa o lojista que o driver esta a caminho para pegar o produto e assim que faz a coleta do produto emite uma mensagem ao comprador que seu pedido está a caminho. Teremos um aplicativo que será lançado em até 60 dias”, considerou o empresário. 

Economia

Receita paga R$ 5,9 milhões do lote residual do Imposto de Renda em MS

Valores são referentes aos anos de 2023 e anteriores, para quem caiu na malha fina e regularizou situação

23/04/2024 12h00

Dinheiro será creditado no dia 30 de abril, mas consulta já está aberta Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

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A Receita Federal abriu, nesta terça-feira (23) consulta ao lote residual de restituição do Imposto de Renda Pessoa Física referente aos anos anteriores. Em Mato Grosso do Sul, serão pagos R$ 5,9 milhões.

O crédito bancário será realizado no dia 30 de abril, na conta informada na declaração do Imposto de Renda.

Os lotes residuais são de contribuintes que caíram na malha fina e regularizaram as pendências.

Conforme a Receita Federal, do montante a ser pago no Estado, R$ 3.052.754,48 são referentes a restituições de 2023, que contempla 3.496 contribuintes.

O restante, de R$ 2.888.409,72, será pago a 2.626 pessoas, referentes a lotes de 2022 e anos anteriores.

Em todo o Brasil, serão contemplados 353,3 mil contribuintes. O valor total do crédito é de R$ 457 milhões.

Com relação as declarações de imposto de renda feitas neste ano, com ano-base 2023, o primeiro lote de restituição será pago no dia 31 de maio. 

Consulta

A consulta ao lote residual pode ser feita pelo site da Receita Federal na internet, onde é possível fazer a consulta simplificada.

Caso o contribuinte tenha dúvida sobre pendência, também é possível fazer a consulta completa, pelo e-CAC e saber se é necessário enviar nova retificação.

No endereço eletrônico, basta o contribuinte clicar no campo "Meu Imposto de Renda" e, em seguida, "Consultar Restituição". 

A Receita disponibiliza ainda o aplicativo Meu Imposto de Renda para tablets e smartphones que facilita a consulta às declarações do IR e à situação cadastral no CPF. 

Com ele é possível consultar diretamente nas bases da Receita Federal informações sobre liberação das restituições e a situação cadastral.

O pagamento da restituição é realizado na conta bancária informada na Declaração de Imposto de Renda, de forma direta ou por indicação de chave PIX. 

Caso a restituição tenha sido liberada, mas o valor não seja creditado, o cidadão poderá reagendar o crédito dos valores pelo Portal BB, acessando o endereço: https://www.bb.com.br/irpf, ou ligando para a Central de Relacionamento BB por meio dos telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos).

A restituição ficará disponível no banco durante um ano.

Caso o contribuinte não resgate o valor de sua restituição nesse prazo, deverá requerê-lo pelo Portal e-CAC, disponível no site da Receita Federal, acessando o menu Declarações e Demonstrativos > Meu Imposto de Renda e clicando em "Solicitar restituição não resgatada na rede bancária".

FOLHA DE PAGAMENTO

Estado gasta mais com funcionários inativos e pensionistas que com ativo

Conforme relatório, aposentados e pensionistas custam R$ 317,2 milhões mensais a MS e servidores R$ 286,8 milhões

23/04/2024 09h00

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O governo do Estado de Mato Grosso do Sul tem empenhado cerca de 10% a mais com a folha salarial de aposentados e pensionistas no comparativo com funcionários ativos. Os dados constam no relatório de avaliação atuarial 2024 do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS). 

Conforme o documento, elaborado pela Brasilis Consultoria Atuarial, são 32.030 servidores ativos em Mato Grosso do Sul, outros 24.685 aposentados e 4.336 pensionistas civis. Constam ainda os militares, que são 6.082 ativos, 4.456 inativos e 1.058 pensionistas.  

Somados, aposentados e pensionistas recebem R$ 317,232 milhões, enquanto os  funcionários atuantes  (ativos) despendem despesa de R$ 286,838 milhões mensais ao ente federado. 

Ainda segundo o relatório, o salário médio de aposentados e pensionistas é maior que dos funcionários que trabalham atualmente. Sendo a média de inativos, R$ 11,196 mil; dos pensionistas, R$ 9,419 mil; e dos servidores da ativa de R$ 8,955 mil. 

No total, são R$ 604,070 milhões destinados à folha de pagamento de 61.051 funcionários públicos, entre ativos e inativos. 

Com a folha salarial dos militares é possível identificar o mesmo cenário. Apesar de o número de servidores da ativa ser maior, como a remuneração média de aposentados e pensionistas é maior, o valor mensal pago ao grupo de inativos é maior. 

Os militares da ativa recebem, em média, R$ 9,259 mil mensais, enquanto aposentados recebem R$ 11,594 mil e pensionistas, R$ 8,340 mil. Somados, os rendimentos de aposentados e pensionistas resultam em despesa de R$ 60,490 milhões mensais, ante os  R$ 56,315 milhões aos militares ativos. 

 

Fonte: Brasilis Consultoria Atuarial 

Ao todo, a folha de pagamento dos militares chega a R$ 116,805 milhões mensais. 

Em entrevista concedida ao Correio do Estado no mês passado, o secretário de Estado de Administração (SAD), Frederico Felini, explicou que a previdência é uma questão problemática de toda administração pública. 

“Hoje, nós temos, entre ativos e inativos, aproximadamente 80 mil servidores e pensionistas. No orçamento deste ano, há uma previsão de gasto de mais de R$ 4 bilhões com a Previdência estadual. Estamos trabalhando em contenções nesses primeiros meses do ano, buscando maneiras de reduzir esses valores.

Atualmente, o déficit previdenciário de Mato Grosso do Sul está em torno de R$ 12 bilhões”, afirmou Felini em entrevista publicada dia 23 de março.

O secretário ainda pontuou que atualmente o Estado aporta recursos além da sua cota para tentar conter o déficit.

“O Estado vem aportando aproximadamente R$ 3 bilhões por ano a mais do que seria a obrigação legal, para conter o aumento desse déficit. E essa é uma discussão que já está sendo feita com o parlamento estadual, até porque é necessário que isso seja posto de forma legal, com o intuito principal de não comprometer os servidores”.

ALÍQUOTA

A contribuição para a previdência estadual é de 14% para todos os servidores desde 2021. Os aposentados e pensionistas protestam, desde então, por uma redução da contribuição. 

O titular da SAD disse que a redução dessa alíquota comprometeria a saúde fiscal, a responsabilidade legal do Estado, e poderia levar a um rombo futuro ainda maior. “Por isso, o governo aumentou sua contribuição, como mais um esforço para equacionar essa conta, zerar o deficit e, então, discutir reduzir alíquota”, concluiu Felini.

Para minimizar o impacto aos inativos, o governador Eduardo Riedel (PSDB) sancionou a lei que cria um auxílio médico social para aposentados e pensionistas do Estado, no valor de R$ 300 por mês. 

O benefício será para aposentados e pensionistas dos órgãos da Administração Direta, das autarquias e das fundações do Poder Executivo Estadual, que recebam proventos ou pensão da Previdência do Mato Grosso do Sul (MSPREV), até o valor do teto do INSS, hoje em R$ 7.786.01. Ao todo 11.150 servidores (inativos) serão contemplados.

“O governador Eduardo Riedel nos orientou para pensarmos nas pessoas com menores salários. Dessa forma, criamos este auxílio médico social que é uma forma de atender o pleito”, destacou o secretário de Governo e Gestão Estratégica, Rodrigo Perez.

O benefício tem caráter indenizatório e não se incorpora aos proventos ou pensão para nenhum fim e não é computado para efeito de cálculos de gratificação, adicionais ou outros acréscimos.

A lei estabelece que na hipótese de pensão por morte seja concedida a mais de um dependente, o benefício será dividido de forma proporcional às cotas concedidas. 

 

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