Economia

MELIPONICULTURA

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Como começar a criar abelhas sem ferrão e quais as vantagens dos insetos nativos

Embora produção não seja grande o suficiente para vender, é opção saudável para a família

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A criação de abelhas sem ferrão ganhou destaque nacional quando a mídia descobriu que a cantora Ivete Sangalo e o marido haviam montado um meliponário (como é chamada a criação desse tipo de inseto). 

Contudo, em vários estados brasileiros, e em Mato Grosso do Sul não poderia ser diferente, a prática já existe há bastante tempo.

COMO FAÇO PARA CRIAR EM CASA?

 

Elas recebem o nome de abelhas nativas e já existem em muitos quintais, tanto em áreas urbanas como rurais, sem que ao menos sejam notadas. 

Conforme a meliponicultora Cristina Ferraz disse ao Correio do Estado que é apaixonada pelas abelhas sem ferrão. Ela cria jataís (espécie presente em praticamente todos os estados) e outra chamada “marmelada”. 

“Acho muito interessante a pessoa ter em casa. Apenas uma colmeia não produz em quantidade interessante para venda, mas é muito utilizada para remédios. Eu penso que as escolas, principalmente as públicas, poderiam incluir isso entre as atividades passadas aos alunos, para que elas conheçam e saibam a importância das abelhas sem ferrão”, disse. 

COMO FAÇO PARA CRIAR EM CASA?

Primeiramente é importante saber que originalmente essas abelhas fazem os ninhos em árvores ocas. Porém, as criações por mãos humanas são feitas dentro de caixas de madeira.

As medidas dos recipientes podem ser facilmente encontrados na internet, bem como o modo de confeccioná-las. É um processo fácil e a matéria prima pode ser até de demolição. 

Normalmente empilham-se três ou quatro caixas conforme o tamanho da colmeia. Entre cada uma delas, é preciso colocar alguma divisão plástica, explica Cristina. 

“Elas fazem o mel em cima dele. Quando você abre, consegue enxergar tudo dentro da colmeia sem precisar prejudicar o ninho ou até matando a rainha”, explica a meliponicultora.

Aliás, as abelhas sem ferrão, especialmente as da espécie Jataí, são bastante melindrosas, explica Cristina. A parte mais baixa da caixa normalmente não se mexe, pois é ali que ficam os chamados discos de cria, onde os ovos são depositados. 

COMO COLOCAR DENTRO DA CAIXA?

Para começar a criar abelhas sem ferrão é preciso captura-las. Se a pessoa não sabe onde tem uma colmeia nativa em alguma árvore, pode arriscar em alguma área verde próxima a flores.

Cristina explica-se que é preciso fazer uma armadilha para captura-las. Na internet também existem vídeos de como confeccioná-las. 

Os materiais são garrafas pet vazias, jornal e plástico escuro, que pode ser de sacos de lixo. 

Normalmente coloca-se na boca do recipiente uma substância atrativa confeccionada a base dos próprios extratos produzidos pelas abelhas

“Tem enxame que desenvolve muito rápido. É uma media de 15 a 30 dias para colocar em caixa própria. É possível fazer a captura direto na caixa de madeira, mas como ele vai ter que ser preso na árvore, corre o risco de cair ou até mesmo de ser infestado por cupins”, afirma.

Do jeito que o meliponário encontra a colmeia na garrafa ele coloca na caixa. 

A meliponicultora recomenda fazer isso a noite, pois é quando os insetos voltam para o ninho. Trocá-las de lugar durante o dia pode deixa-las confusas.

“Você vai ver o desenvolvimento. Se ver que a colmeia subiu, você coloca mais uma melgueira. A jataí não costuma ser muito grande e não usa muito sobreninho”, diz Carla.

Cada caixa produz em torno de 100 a 300 gramas de mel. Justamente pela baixa quantidade e disponibilidade, o pote costuma ser vendido a partir de R$ 30, embora haja quem cobre ainda mais. 

Em resumo: embora talvez leve algum tempo para ser uma opção de renda extra para a família, a criação de abelhas sem ferrão compensa pela própria preservação da fauna nativa como pelos benefícios que o mel que elas produzem possa trazer à saúde. 

IBGE-Pesquisa

Rendimento médio per capita de MS é o maior da série histórica

Em 2023, ocorreu um crescimento de (6,5%), estimado em R$ 1.990,00

19/04/2024 16h20

Conforme a pesquisa (64%) da população tinha algum rendimento, colocando o Estado como 8º maior no ranking entre as Unidades da Federação Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou nesta sexta-feira (19) os valores dos rendimentos domiciliares per capita, referentes ao ano de 2023, com base nas informações referentes a Pesquisa Nacional por Amostra e Domicílios Contínua - PNAD Contínua.

O rendimento médio per capita domiciliar em Mato Grosso do Sul é o maior da série histórica (6,5%), estimado em R$ 1.990.

Durante a pandemia de Covid-19, o rendimento per capita diminuiu para (5,6%), em 2020 e (8,3%) em 2021, estimado em R$ 1.639, o 2º menor valor da série. Em 2022, o rendimento médio domiciliar apresentou crescimento (12,3%) sendo estimado em R$ 1.868.

Conforme a pesquisa (64%) da população tinha algum rendimento, colocando o Estado como 8º maior no ranking entre as Unidades da Federação. Com relação à renda em 2023, o indicativo apontou 2,8 milhões de pessoas residentes em Mato Grosso do Sul desempenham alguma atividade, enquanto em 2022 o quantitativo era de 2,5 milhões. 

Rio Grande do Sul lidera com (70,3%) e em nove oportunidades apresentou a maior estimativa da série histórica iniciada em 2012, enquanto Acre e Amazonas, as menores (51,5% e 53,0%, respectivamente). 

Rendimento

O levantamento aponta que em 2023, o número de pessoas que possuíam rendimento, levando em consideração todas as modalidades de trabalho, em Mato Grosso do Sul correspondia a  50,4% da população residente (1,4 milhão de pessoas).

"Rendimento relacionado a outras fontes foram de  22,3% (631 mil) dos residentes possuíam, em 2023, alguma fonte de rendimento diferente de trabalho, enquanto, em 2022, essa estimativa era de 21,3% (595 mil)". 

 

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Crédito rural

Prazo para renegociação de dívida de investimento vai até 31 de maio

A renegociação autorizada abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar o valor de R$ 20,8 bilhões

19/04/2024 15h00

Em MS, podem renegociar os produtores de soja, milho e bovinocultura de leite e de carne. Arquivo/Correio do Estado

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Os produtores rurais que foram prejudicados por intempéries climáticas ou queda de preços agrícolas têm prazo até 31 de maio para renegociar dívidas do crédito rural para investimentos. A informação é do Ministério da Agricultura e Pecuária, com base em medida aprovada, com apoio do Ministério da Fazenda, pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), em março passado.

Segundo o comunicado, com a iniciativa, as instituições financeiras poderão adiar ou parcelar os débitos que irão vencer ainda em 2024, relativos a contratos de investimentos dos produtores de soja, de milho e da pecuária leiteira e de corte. Neste contexto, as operações contratadas devem estar em situação de adimplência até 30 de dezembro de 2023.

A renegociação autorizada abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar o valor de R$ 20,8 bilhões em recursos equalizados, R$ 6,3 bilhões em recursos dos fundos constitucionais e R$ 1,1 bilhão em recursos obrigatórios.

Caso todas as parcelas das operações enquadradas nos critérios da resolução aprovada pelo CMN sejam prorrogadas, o custo será de R$ 3,2 bilhões, distribuído entre os anos de 2024 e 2030, sendo metade para a agricultura familiar e metade para a agricultura empresarial. O custo efetivo será descontado dos valores a serem destinados para equalização de taxas dos planos safra 2024/2025.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, disse na nota: "Problemas climáticos e preços achatado trouxeram incertezas para os produtores. Porém, pela primeira vez na história, um governo se adiantou e aplicou medidas de apoio antes mesmo do fim da safra".

Confira abaixo as atividades produtivas e os estados que serão impactados pela medida:

soja, milho e bovinocultura de carne: Goiás e Mato Grosso;

bovinocultura de carne e leite: Minas Gerais;

soja, milho e bovinocultura de leite: São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina;

bovinocultura de carne: Rondônia, Roraima, Pará, Acre, Amapá, Amazonas e Tocantins;

soja, milho e bovinocultura de leite e de carne: Mato Grosso do Sul;

bovinocultura de leite: Espírito Santo e Rio de Janeiro.

Para enquadramento, os financiamentos deverão ter amparo do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e dos demais programas de investimento rural do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), bem como das linhas de investimento rural dos fundos constitucionais.

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