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Como estão as projeções do poder público para a economia brasileira em 2021?

Secretaria de Política Econômica descreve com otimismo a recuperação para o ano que vem

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Enquanto tenta fazer com que as perdas econômicas em 2020 sejam as menores possíveis, o Governo Federal projeta o ano seguinte com otimismo. Relatório da Secretaria de Política Econômica (SPE), órgão ligado ao Ministério da Economia, espera um crescimento de 3,2% no Produto Interno Bruno (PIB) ao fim de 2021,

O porcentual está alinhado com as projeções de instituições particulares, como a Focus, que estimou o indicador com 3,4% de acréscimo. 

Para a SPE, a força da retomada econômica estará fortemente atrelada a três variáveis: emprego, crédito e consolidação fiscal. 

EMPREGO

Com vários estabelecimentos fechando as portas, especialmente no primeiro semestre, a taxa de pessoas sem ocupação subiu. Segundo a SPE, a maior parte das demissões aconteceu no setor informal. Normalmente em uma crise, as empresas legalmente constituídas mandam mais gente embora e a demanda acaba absorvida pelos negócios que não têm CNPJ. Isso revela, na visão do Ministério da Economia, que a recessão atual é bastante diferente de todas as outras já enfrentadas pela população brasileira. 

“Exatamente por que essa informação é relevante? Ela é relevante pois o setor informal apresenta muito mais flexibilidade do que o setor formal, então espera-se uma queda desse desemprego com a reabertura da economia. Natural que com o retorno das atividades econômicas ao longo do quarto trimestre esse desemprego seja reduzido”, diz o relatório.

Medidas como a desoneração da folha de pagamento também devem ajudar. O Congresso aprovou até o fim de 2020 as opções de flexibilização, mas se a reforma tributária passar pelo crivo dos senadores e deputados federais, ela poderá se tornar permanente. Em resumo: empresários não teriam mais que pagar impostos por contratarem funcionários, ficando livres para aumentar salários ou contratar mais gente.

CRÉDITO

Desde que o isolamento social começou a afetar a economia, a liberação de crédito tem sido facilitada, não apenas em forma de empréstimos a companhias, mas também ao facilitar o financiamento a pessoas físicas.

Ainda que bancos privados tenham dificultado o acesso dos empresários ao dinheiro disponível, impondo condições e pedindo garantias que nenhuma companhia poderia dar diante da incerteza, o Governo estima que já foram liberados mais de R$ 103 bilhões em operações.

Queda na taxa de juros também foi um atrativo. O crédito total liberado entre janeiro e setembro (dados mais recentes) teve aumento de 5,9% em relação ao ano passado.

“Essa ampla e robusta agenda referente ao mercado de crédito, garantias e capitais visa melhorar a eficiência do sistema econômico garantindo que importantes projetos encontrem seu necessário financiamento”, diz o relatório.

CONSOLIDAÇÃO FISCAL

O Relatório Quadrimestral de Projeções da Dívida Pública 2020 estima que o país deve encerrar o ano com uma relação dívida/PIB de aproximadamente 98,2%. Quanto maior é o porcentual, menor é o crescimento econômico, já que ele significa que o governo está gastando mais do que deveria (embora essa situação se deva às injeções de verbas na saúde e com os auxílios emergenciais). 

É por isso que o Ministério da Economia aposta na reforma tributária, na reforma administrativa e em outras propostas de normativas que já tramitam no Congresso Nacional. Também devem ser implementadas medidas para enxugar os bancos públicos, devolvendo o dinheiro ao Tesouro Nacional. 

Conforme o documento, em agosto de 2020, resolução do Conselho Monetário Nacional já autorizou o repasse de R$ 325 bilhões decorrentes da valorização das reservas internacionais em custódia do Banco Central do Brasil (lucro cambial) para os cofres públicos.

O risco maior que se corre com essas medidas é que se uma delas falhar, pode prejudicar a concretização das metas. Dessa forma, talvez o maior desafio seja o consenso com os parlamentares para conseguir fazer passar todas as medidas necessárias.

IBGE-Pesquisa

Rendimento médio per capita de MS é o maior da série histórica

Em 2023, ocorreu um crescimento de (6,5%), estimado em R$ 1.990,00

19/04/2024 16h20

Conforme a pesquisa (64%) da população tinha algum rendimento, colocando o Estado como 8º maior no ranking entre as Unidades da Federação Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou nesta sexta-feira (19) os valores dos rendimentos domiciliares per capita, referentes ao ano de 2023, com base nas informações referentes a Pesquisa Nacional por Amostra e Domicílios Contínua - PNAD Contínua.

O rendimento médio per capita domiciliar em Mato Grosso do Sul é o maior da série histórica (6,5%), estimado em R$ 1.990.

Durante a pandemia de Covid-19, o rendimento per capita diminuiu para (5,6%), em 2020 e (8,3%) em 2021, estimado em R$ 1.639, o 2º menor valor da série. Em 2022, o rendimento médio domiciliar apresentou crescimento (12,3%) sendo estimado em R$ 1.868.

Conforme a pesquisa (64%) da população tinha algum rendimento, colocando o Estado como 8º maior no ranking entre as Unidades da Federação. Com relação à renda em 2023, o indicativo apontou 2,8 milhões de pessoas residentes em Mato Grosso do Sul desempenham alguma atividade, enquanto em 2022 o quantitativo era de 2,5 milhões. 

Rio Grande do Sul lidera com (70,3%) e em nove oportunidades apresentou a maior estimativa da série histórica iniciada em 2012, enquanto Acre e Amazonas, as menores (51,5% e 53,0%, respectivamente). 

Rendimento

O levantamento aponta que em 2023, o número de pessoas que possuíam rendimento, levando em consideração todas as modalidades de trabalho, em Mato Grosso do Sul correspondia a  50,4% da população residente (1,4 milhão de pessoas).

"Rendimento relacionado a outras fontes foram de  22,3% (631 mil) dos residentes possuíam, em 2023, alguma fonte de rendimento diferente de trabalho, enquanto, em 2022, essa estimativa era de 21,3% (595 mil)". 

 

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Crédito rural

Prazo para renegociação de dívida de investimento vai até 31 de maio

A renegociação autorizada abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar o valor de R$ 20,8 bilhões

19/04/2024 15h00

Em MS, podem renegociar os produtores de soja, milho e bovinocultura de leite e de carne. Arquivo/Correio do Estado

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Os produtores rurais que foram prejudicados por intempéries climáticas ou queda de preços agrícolas têm prazo até 31 de maio para renegociar dívidas do crédito rural para investimentos. A informação é do Ministério da Agricultura e Pecuária, com base em medida aprovada, com apoio do Ministério da Fazenda, pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), em março passado.

Segundo o comunicado, com a iniciativa, as instituições financeiras poderão adiar ou parcelar os débitos que irão vencer ainda em 2024, relativos a contratos de investimentos dos produtores de soja, de milho e da pecuária leiteira e de corte. Neste contexto, as operações contratadas devem estar em situação de adimplência até 30 de dezembro de 2023.

A renegociação autorizada abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar o valor de R$ 20,8 bilhões em recursos equalizados, R$ 6,3 bilhões em recursos dos fundos constitucionais e R$ 1,1 bilhão em recursos obrigatórios.

Caso todas as parcelas das operações enquadradas nos critérios da resolução aprovada pelo CMN sejam prorrogadas, o custo será de R$ 3,2 bilhões, distribuído entre os anos de 2024 e 2030, sendo metade para a agricultura familiar e metade para a agricultura empresarial. O custo efetivo será descontado dos valores a serem destinados para equalização de taxas dos planos safra 2024/2025.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, disse na nota: "Problemas climáticos e preços achatado trouxeram incertezas para os produtores. Porém, pela primeira vez na história, um governo se adiantou e aplicou medidas de apoio antes mesmo do fim da safra".

Confira abaixo as atividades produtivas e os estados que serão impactados pela medida:

soja, milho e bovinocultura de carne: Goiás e Mato Grosso;

bovinocultura de carne e leite: Minas Gerais;

soja, milho e bovinocultura de leite: São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina;

bovinocultura de carne: Rondônia, Roraima, Pará, Acre, Amapá, Amazonas e Tocantins;

soja, milho e bovinocultura de leite e de carne: Mato Grosso do Sul;

bovinocultura de leite: Espírito Santo e Rio de Janeiro.

Para enquadramento, os financiamentos deverão ter amparo do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e dos demais programas de investimento rural do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), bem como das linhas de investimento rural dos fundos constitucionais.

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