Economia

EFEITO PANDEMIA

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Pedidos de seguro-desemprego aumentam 39% entre março e abril

Nos dois meses de pandemia foram 18,4 mil solicitações do benefício concedido ao trabalhador

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Mato Grosso do Sul registrou em abril 10.746 pedidos de seguro-desemprego, conforme os dados divulgados pela Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia. O número é 39,40% maior que o registrado em março, quando 7.703 benefícios foram solicitados. Foram 18.449 pedidos nos dois meses de pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

Quando analisado o mesmo período do ano passado a diferença é de 16,13%. Em abril de 2019 foram 9.253 pedidos de seguro-desemprego enquanto em 2020 foram 10.746. O benefício é concedido ao trabalhador que foi demitido sem justa causa.

Os dados apontam para o crescimento do número de solicitações efetuadas por meio digital, pelo portal do Ministério da Economia ou pelo aplicativo. Em 2019 apenas 65 das 9.253 solicitações foram feitas pela web. Neste ano foram 5.182 pedidos dos 10.746 registrados no mês. 

No entanto, quando considerado o primeiro quadrimestre do ano, o número de entradas no seguro-desemprego foi menor que no ano passado. Em 2020 foram 34.781 solicitações em Mato Grosso do Sul, contra 36.438 contabilizados de janeiro a abril do ano passado. 

FILAS

Nas Casas do Trabalhador de Campo Grande as filas seguem intensas na busca pelo auxílio para os desempregados. Conforme o diretor-presidente da Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul (Funtrab), Enelvo Felini, informou ao Correio do Estado, em abril a fundação recebeu em média 172 pedidos diários, 115% a mais do que antes da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Antes da crise econômica, a média de pedidos diários era 80.

“O grande problema é que atualmente a gente tem a perda desses empregos, mas não tem reposição. Antes, muita gente saía, mas muitos outros entravam para o mercado de trabalho. Não é o que percebemos atualmente”, disse Felini.  

O diretor-presidente da Fundação Social do Trabalho de Campo Grande (Funsat), órgão municipal, Luciano Martins, disse que o período de pandemia ocasionou uma média de 200 pedidos de seguro diariamente. “A gente atende muita gente, porque há os que procuram novas vagas e auxílio emergencial também. Mas o que mais temos atendido é referente a seguro-desemprego. Somente em abril, temos mais de 2,2 mil pedidos aqui de Campo Grande”, explicou.

NACIONAL

No Brasil, de janeiro a abril de 2020, foram contabilizados 2.337.081 pedidos de seguro-desemprego. O número representa um aumento de 1,3% em comparação com o acumulado no mesmo período de 2019 (2.306.115). 

Do total de requerimentos em 2020, 39,3% (918.688) foram realizados pela internet, seja por meio do portal gov.br ou por meio da Carteira de Trabalho Digital, e 60,7% (1.418.393) foram feitos presencialmente. No mesmo período de 2019, 1,6% dos pedidos (35.830) foram realizados via internet e 98,2% (2.270.285) presencialmente.

Como o trabalhador tem até 120 dias para requerer o seguro-desemprego, é possível estimar que até 250 mil pedidos ainda possam ser feitos nos meses seguintes por não terem sido realizados presencialmente nos meses de março e abril.

Na comparação entre os pedidos registrados em abril de 2020 (748.484) e o mesmo mês de 2019 (612.909), houve aumento de 22,1%. A utilização por internet no mês de 2020 foi de 87%, enquanto esta alternativa representou 1,7% em abril de 2019. 

COMO SOLICITAR

É possível dar entrada no pedido do seguro-desemprego pelo telefone ou internet. O trabalhador pode ligar para a central telefônica 158, das 7h às 19h. A ação também pode ser realizada por meio do celular, pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital que está disponível para iOS e Android e pode ser baixado gratuitamente.

Ainda há a opção de solicitar o benefício por meio do portal de Serviços do governo federal e da Secretaria de Trabalho, através do link.

SERVIÇO PÚBLICO

Prefeitura de Campo Grande fatura R$ 100 milhões com leilão da folha

Bradesco venceu Santander e Caixa e vai continuar administrando a folha de servidores do município de Campo Grande

28/03/2024 09h00

Banco Bradesco continuará sendo o responsável pela folha de pagamento dos servidores da capital Gerson Oliveira/Correio do Estado

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O banco Bradesco vai continuar com a gestão da folha de pagamento dos servidores de Campo Grande por mais cinco anos. A instituição bancária arrematou o pregão presencial organizado pela Prefeitura da Capital com um lance de R$ 100.200.000,00. 

A hasta pública foi realizada nesta terça-feira (26) e contou com a presença de três dos grandes bancos brasileiros: Bradesco, que já detém a folha de pagamento do município de Campo Grande, Santander e Caixa Econômica Federal. 

Conforme a Superintendência de Administração e Finanças da Prefeitura de Campo Grande informou ao Correio do Estado houve 406 lanças na disputa do pregão presencial.

Ao final da hasta pública, Bradesco e Santander duelaram nas propostas, sendo que o banco que já faz os pagamentos aos servidores dos municípios venceu com a maior proposta. 

O contrato, que ainda não foi assinado, é de cinco anos de vigência, prorrogável por mais outros dez (cinco anos de cada vez) sem a necessidade de se promover uma nova licitação. O novo valor, contudo, deverá ser negociado antes da renovação do contrato. 

No vínculo ainda vigente só era possível prorrogar por mais 1 ano, sendo que este período já havia sido extrapolado e, ultimamente Bradesco e prefeitura de Campo Grande mantinham um vínculo temporário, no qual o banco com sede na cidade de Osasco (SP) paga em torno de R$ 1,1 milhão para continuar administrando a folha de pagamento. 

Consultoria

Mas nem todo o valor arrecadado vai para os cofres do município. Contrato firmado com a empresa de consultoria Instituto Brasileiro de Tecnologia, Empreendedorismo e Gestão (BR TEC), prevê que 13% do ágio será dos consultores. 

O ágio é todo o valor contratual que exceder os R$ 1,1 milhão por mês em um período de cinco anos (60 meses): R$ 66 milhões.

Pelas informações do pregão realizado na terça-feira, a BR TEC ficará com aproximadamente R$ 5,74 milhões do total pago pelo Bradesco pela folha de pagamento. 

Dos R$ 4,2 milhões em empréstimos mensais concedidos aos servidores públicos, o Bradesco responde por R$ 2,25 milhões.

Apesar de o contrato com o banco ser por apenas 60 meses, os empréstimos consignados podem ser concedidos por até 120 meses, conforme estipula decreto municipal de 2021. 

Histórico

Desde março do ano passado a administração municipal tenta leiloar a folha de pagamento. Na primeira pedida, o valor mínimo foi de R$ 102 milhões.

Mas logo em seguida a exigência caiu para R$ 99 milhões. Mas como nenhum banco apresentou proposta, a valor foi reduzido para R$ 84 milhões.

Mesmo assim, não houve interessado e por conta disso a exigência foi reduzida para R$ 79,8 milhões.

Estado

Em dezembro do ano passado, o Governo estadual renovou, por mais cinco anos, o contrato para que o Banco do Brasil administre  a folha dos 86,2 mil servidores estaduais, que é da ordem R$ 463 milhões. 

O banco aceitou pagar R$ 224 milhões. Deste montante 55% foram pago à vista pela instituição (R$ 123,2 milhões) ao Estado e o restante pago por meio de parcelas. Ou seja, a administração estadual está recebendo o equivalente a R$ 43,25 mensais por servidor. 

Caso a administração municipal consiga resultado parecido, o faturamento chegará à casa dos R$ 98 milhões, já que são 37,7 mil servidores.

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PREÇOS

Almoço de Páscoa pode ficar até 36% mais caro neste ano

Dentre os tipos de peixes mais consumidos, bacalhau e filé de tilápia se destacam com maiores aumentos na comparação com 2023; preço do azeite de oliva também apresentou alta expressiva

28/03/2024 08h30

Pescado está mais caro neste ano em Campo Grande, mas mesmo assim, na peixaria do Mercadão o movimento era grande Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Item muito consumido na Semana Santa, período que antecede a Páscoa, o preço do pescado em Marto Grosso do Sul apresenta alta de até 36%, na comparação com o mesmo período do ano passado.

Famoso, o bacalhau custava em média R$79,93 em 2023, enquanto neste ano chega a R$108,90.

Ou produto muito consumido durante o período festivo é o azeite de oliva, produto que apresenta variação de 11,63%. Na comparação entre cinco supermercados de Campo Grande, a embalagem da marca Galo de 500 mililitro teve o menor preço encontrado a R$42,99 ante ao maior com preço a R$47,99.

Como justificativa para a alta dos produtos o economista Eduardo Matos destaca que o período da sexta-feira santa, no Brasil, país majoritariamente cristão, é marcado pela alta demanda de pescados devido a tradição religiosa que pede o consumo desse item em detrimento de outras proteínas de origem animal.

“Há um efeito sazonal no preço desse tipo de alimento, ou seja, há uma larga demanda por peixes nesse momento específico do ano e os produtores e comerciantes enxergam a oportunidade de obter uma margem de lucro maior, por esse motivo elevam o preço”, avalia o economista.

Em resumo, Matos, pontua que se trata de uma relação econômica básica entre oferta e demanda, em que um aumento de demanda causa um aumento nos preços.

Por outro lado o mestre em economia Lucas Milael destaca que neste ano a elevação dos preçõs poderia ser ainda maior, porém alguns fatores balancearam o cenário de alta.

“Em 2024, uma das variáveis que contribuíram para mitigar os impactos nos preços do bacalhau e de outros peixes importados foi a diminuição da taxa de câmbio”, detalha.

Conforme pequisa realizada pelo Sebrae e o Instituto de Pesquisa da Fecomércio (IPF-MS), em Mato Grosso do Sul, entre os itens obrigatórios para o almoço que antecede a Páscoa está o pescado.

Entre as opções preferidas para o consumo, está o pacu, com 44,3% dos entrevistados optando pela espécie de água doce, seguido pelo filé de tilápia, com 32,7%, pintado (23,5%) e clássico bacalhau com 10% de preferência.

Dados da Fecomércio, indicam ainda que dentre as atividades que desempenham um papel relevante para o período está o consumo de pescado, tendo em vista que 65,9% dos entrevistados, afirmam que o peixe não pode faltar na compra para a comemoração das festividades da Semana Santa que são concluídas no domingo de Páscoa.

PREÇOS

De acordo com pesquisa realizada pelo Correio do Estado, em cinco peixarias o filé de tilápia pode ser encontrado com preço médio de R$47,94, valor que ao ser comprado com o ano passado obteve uma variação de 9,55%, ao levar em conta os mesmos cinco estabelecimentos.

Para o bacalhau, os valores praticados em três das principais peixarias de Campo Grande, neste ano, teve o maior preço praticado a R$135, enquanto o menor R$89,90, resultando em uma diferença de R$45,10.

A posta de pintado teve média de R$ 41,56 o quilo, variação de 2,12% na comparação com 2023. A Costelinha de pacu custa em média R$ 28,12 por quilo  aumento porcentual de 5,87% quando comparado ao ano anterior.

Corte nobre, o salmão pode ser encontrado a R$89,54, levando em conta quatro peixarias. No comparativo com 2023, o aumento foi de 3,25%.

338 milhões de reais

A movimentação econômica da Páscoa em 2024 tem estimativa de atingir R$338,92 milhões em Mato Grosso do Sul, de acordo com o Sebrae.

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