Economia

ECONOMIA

A+ A-

Veja se seu cartão de crédito dá direito à proteção de compras

Elas permitem o reembolso em casos específicos e funcionam como seguros para produtos adquiridos com o cartão

Continue lendo...

Menos conhecidas do que benefícios tradicionais, como seguro de viagem, a compra protegida e a proteção de preços estão entre as vantagens oferecidas por bandeiras de cartão de crédito.

Elas permitem o reembolso em casos específicos e funcionam como seguros para produtos adquiridos com o cartão.

Alguns cartões podem estar submetidos a pagamentos de anuidade, o que varia conforme o banco emissor e deve ser levado em conta pelo consumidor.

Além disso, é necessário cuidado para que suas vantagens não estimulem o uso indevido, pois o cartão pode se tornar uma armadilha para o endividamento. 

Segundo dados do Banco Central, as taxas de juros do rotativo do cartão de crédito podem chegar a 22,47% ao mês em instituições financeiras.

"Essas promoções são feitas para atrair os clientes, mas não podem ser fator determinante para que o produto seja adquirido", diz o economista e planejador financeiro Bruno Mori.

"O mundo vive esse movimento para tentar fidelizar os clientes, mas vejo que isso não pode ser um apelo determinante. Primeiro tenho de ter as coisas organizadas e depois, se for algo que sei lidar, focar os benefícios do cartão."

PROTEÇÃO DE COMPRA

O QUE É?

A proteção de compra é uma espécie de seguro para casos de roubo, furto qualificado ou danos físicos ao bem adquirido com o cartão, vigente por um período após a compra.

Ela permite o conserto, substituição ou reembolso do produto, com as condições, bens elegíveis e valor da indenização variando entre as bandeiras e tipos de cartão.

QUAIS CARTÕES OFERECEM O BENEFÍCIO?

Mastercard: cartões Gold e Black Visa: cartões Gold, Platinum, Signature e Infinite Elo: cartões Elo Mais, Elo Grafite, Elo Nanquim e Elo Diners Club American Express: cartões Gold e Platinum do Santander Confira os detalhes:

Para a bandeira Mastercard, a compra protegida está disponível no cartão Gold para ocorrências em até 30 dias após a compra. O valor máximo é de US$ 200 por incidente e US$ 400 no ano, sem ultrapassar o valor da compra debitado no cartão. 

No cartão Black, o período é 90 dias após a compra e o valor máximo é de US$ 5.000 por incidente e US$ 20 mil por ano.

É necessário apresentar recibo original, cópias oficiais do boletim de ocorrência em caso de roubo e cópias autenticadas dos orçamentos do conserto em caso de danos.

Já no caso da Visa, a proteção de compra vale por até 180 dias após a aquisição, cobrindo despesas para reparar ou compensar o produto. 

O valor máximo do benefício varia conforme o cartão utilizado para a compra:

Gold: R$ 3.300 por evento e por ano Platinum: R$ 16,5 mil por evento e R$ 33 mil por período de 12 meses Signature: R$ 16,5 mil por evento e R$ 33 mil por período de 12 meses Infinite: R$ 33 mil por evento e R$ 66 mil por período de 12 meses 

A bandeira Elo oferece o benefício mediante emissão prévia de bilhete de seguro de proteção de compras para o produto, que é válido por até 45 dias após a data de compra, com o limite máximo de indenização de R$ 5.000.

Para a American Express, o cartão Santander Platinum cobre até US$ 5.000 por evento, limitado a US$ 25 mil por ano, para danos acidentais ou roubo; no cartão Santander Gold, até US$ 1.000 por evento, limitado a US$ 5.000 por ano.

A lista completa de bens elegíveis e condições para cada bandeira pode ser conferida nos sites das empresas.

PROTEÇÃO DE PREÇOS

O QUE É?

A proteção de preços é destinada a casos em que o portador do cartão encontra um anúncio de um produto que comprou recentemente, com as mesmas especificações, por um preço menor, permitindo o reembolso da diferença entre os valores.

QUAIS CARTÕES OFERECEM O BENEFÍCIO?

Mastercard: cartão Gold Visa: cartões Gold, Platinum, Signature e Infinite

Confira os detalhes:

Na Mastercard, o produto adquirido deve ter preço mínimo de US$ 50 e o anúncio deve ter sido publicado dentro de 30 dias a partir da data de compra. 

O valor máximo a receber é de US$ 100 por incidente e US$ 200 por ano.

Na Visa, este é um dos benefícios mais utilizados, segundo o diretor de produções e soluções da Via Brasil, Flávio Aguiar. 

A diferença é reembolsada para produtos que custem no mínimo R$ 150, comprados com os cartões elegíveis, e para anúncios publicados em até 30 dias após a compra. 

O valor do benefício varia segundo o cartão utilizado na aquisição:

Gold: R$ 1.320 por evento e ano Platinum: R$ 1.650 por evento e R$ 6.600 por ano Signature: R$ 1.650 por evento e R$ 6.600 por ano Infinite: R$ 13,2 mil por evento e ano

A lista completa de condições e bens elegíveis ao benefício está disponível nos sites das bandeiras.

POR QUE AS BANDEIRAS OFERECEM BENEFÍCIOS?

As bandeiras viabilizam as operações de compra e venda do cartão de crédito. Para estimular transações, oferecem benefícios.

"Quanto mais você usa o cartão, mais a bandeira ganha, além de estimular bancos a emitirem o cartão com sua bandeira e as credenciadoras a receber o cartão", afirma Ricardo Vieira, vice-presidente executivo da Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços).

HABITAÇÃO

Contratação de crédito imobiliário registra queda 33,9% no primeiro bimestre em MS

Em janeiro e fevereiro foram negociadas 591 unidades habitacionais no Estado, ante os 894 imóveis financiados no ano passado

19/04/2024 08h30

Foto: Arquivo / Correio do Estado

Continue Lendo...

O volume de imóveis financiados em Mato Grosso do Sul apresentou queda de 33,89% nos primeiros dois meses deste ano, na comparação com o mesmo período de 2023.

Segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), no 1º bimestre foram negociadas 591 unidades por meio de financiamentos, o que resultou em R$ 222,642 milhões disponibilizados para negociações com recursos da poupança. 

Já em janeiro e fevereiro do ano passado foram negociadas 894 unidades por meio de crédito imobiliário utilizando o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), e o valor das operações quase chegou a R$ 290 milhões (R$ 289.449.681,00). Quando analisados os valores, a diferença resulta em redução porcentual de 23,08%.

Em janeiro do ano passado foram disponibilizados R$ 161,620 milhões - para 487 unidades negociadas, contra R$ 113,143 milhões e 283 imóveis do primeiro mês de 2024, ou seja, R$ 48,477 milhões a menos liberados para a compra de imóveis.

Segundo análise de especialistas, a redução do volume aplicado na poupança teve influência direta no cenário de Mato Grosso do Sul.

Em fevereiro de 2023 os recursos chegaram a R$ 127,829 milhões (407 unidades), ante as 308 unidades deste ano, e R$ 109,498 milhões, redução de R$ 18,331 milhões.

Dentre os principais motivos para a queda dos financiamentos no Estado, o principal é o juro alto praticado pelos bancos nas operações imobiliárias. As taxas ainda estão muito parecidas com a da Selic, fazendo que o valor contratado do financiamento quase dobre ao final do período.

Nas simulações feitas pelo Correio do Estado, por exemplo, as taxas de juros em financiamentos imobiliários no Sistema Financeiro da Habitação (SFH), que utiliza os recursos do sistema brasileiro de poupança, variaram entre 9,5% e 12,5% ao ano, a depender do relacionamento que o cliente tem com o banco.

O economista Renato Gomes explica que o panorama está também relacionado aos resgates e os saques que têm acontecido nas aplicações da poupança.

“Os brasileiros estão tirando dinheiro da poupança pela baixa atratividade, uma vez que essas pessoas estão interpretando, que não está compensando manter o dinheiro na poupança”, pontua.

Gomes destaca ainda que os valores acumulados na poupança são destinados para aquisições imobiliárias por meio do SBPE, uma modalidade de crédito que depende dos recursos da poupança. 

“Esse recurso fica escasso e, portanto, ocorre uma queda na quantidade, no volume de financiamento advindo desta linha de crédito, que é o financiamento imobiliário pela poupança”, detalha o economista.

HISTÓRICO

Nos seis anos anteriores, houve uma instabilidade no volume de negócios fechados através dos financiamentos com recursos da poupança.

De acordo com o relatório da Abecip, entre 2018 e 2021 os números de unidades e valores negociados ficaram em ascensão. Já nos dois últimos anos houve declínio nos financiamentos.

 

Em 2018 foram 3.544 imóveis financiados em Mato Grosso do Sul. O número subiu para 4.038 em 2019, para 6.200 em 2020 e atingiu o ápice em 2021, quando 10.543 unidades foram negociadas no Estado.

Conforme agentes do setor, a pandemia da Covid-19 impactou em mais pessoas trabalhando de casa e com isso muitos saíram do aluguel e compraram a casa própria no período. 

Em valores, o montante também teve ascensão nos anos citados, saindo de R$ 759,076 milhões nos 12 meses de 2018 para R$ 2,653 bilhões em 2021, alta 249% no período. 

Já em 2022, o valor disponibilizado para financiamentos imobiliários com recursos da poupança no Estado reduziram para R$ 2,606 bilhões, resultado 9.104 moradias negociadas. Enquanto no ano passado, houve uma segunda queda tanto em valores (R$1,826 bilhão) quanto em unidades financiadas (5.944).

ASSINE O CORREIO DO ESTADO

Economia

Petrobras quer retomar obras em navios inacabados pré-Lava Jato

Embarcações eram construídas por estaleiro que fechou as portas após início da operação

18/04/2024 21h00

Fernando Frazão; Agência Brasil

Continue Lendo...

A Petrobras estuda uma maneira de retomar as obras de dois navios petroleiros remanescentes das encomendas feitas ainda no primeiro programa de revitalização da indústria naval brasileira, nas primeiras gestões do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
As embarcações eram construídas pelo estaleiro Mauá, em Niterói (RJ), que fechou as portas em 2015 após a descoberta do esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato. Hoje, elas pertencem ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que financiou as obras.

Os dois navios eram parte de um contrato de quatro embarcações do tipo Panamax assinado entre o Mauá e a Transpetro, subsidiária da Petrobras para o transporte de petróleo e derivados.

Delas, apenas uma foi entregue. Outras duas estavam em fase avançada de construção e a quarta, ainda em estágio inicial. Os navios mais avançados passaram anos no cais do estaleiro Mauá e hoje estão no estaleiro Ilha, na zona norte do Rio, que pertence ao mesmo grupo.

Em evento sobre o setor nesta quinta-feira (18), o presidente da Transpetro, Sergio Bacci, disse que a empresa vem negociando com o BNDES a compra dos navios para concluir as obras. "É intenção da Transpetro retomar esses navios", afirmou.

Uma das embarcações sofreu inundações na casa de máquinas durante o período em que esteve parado no Mauá, o que danificou o motor. A troca demandaria abrir novamente o casco, o que é um desafio ao projeto.

"Não é simples", afirmou Bacci. "Para trocar o motor tem que fazer uma cesariana no navio", comparou. A ideia seria contratar um estaleiro para realizar a operação e concluir as obras.

Na época, os navios foram encomendados por US$ 87 milhões, cada um. Foi a última licitação de navios do programa naval dos primeiros governos Lula, que tenta novamente fomentar a atividade do setor.

A Transpetro prepara-se para lançar licitação para a encomenda de quatro navios para o transporte de combustíveis, já aprovadas pela Petrobras, mas cujo leilão depende de medidas do governo para ampliar competitividade dos estaleiros brasileiros.

Entre elas, está a retomada da cobrança de imposto de importação sobre navios, que ficaram isentos em lei aprovada pelo governo Jair Bolsonaro (PL). Outra é a aprovação pelo Senado de projeto de lei que acelera a depreciação de ativos industriais no país, que já passou pela Câmara.
Bacci reforçou que a Transpetro estuda contratar mais doze navios --quatro de combustíveis líquidos e oito de gás de cozinha-- mas a encomenda ainda não foi aprovada pela Petrobras e, portanto, deve ficar para 2025.

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, defendeu que, apesar dos problemas do passado, o Brasil deve voltar a fomentar a indústria naval "sem nenhum sentimento de culpa".

Ele apresentou a demanda da Petrobras para o setor, que inclui módulos de plataformas de produção de petróleo, desmantelamento de plataformas antigas e a construção de navios e embarcações de apoio à produção.

A companhia já lançou licitação para 12 barcos de apoio a plataformas em alto mar e planeja licitar mais 10 ainda este ano. Outros 11 serão necessários até 2030. Ao todo, são previstos investimentos de US$ 2,5 bilhões, com a geração de 28 mil empregos.

Prates defendeu também a retomada de obras de refino paralisadas pela Lava Jato, como a Refinaria Abreu e Lima e o antigo Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro).
"Temos que terminar, vamos retomar uma por uma. Vai virar o quê? Elefante branco, com 80% concluído, como essa planta de fertilizantes do Mato Grosso do Sul? Se for viável, faremos."

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).