A crise econômica não vai deixar a economia brasileira crescer em 2020, mas há sinais de que o rombo será bem menor do que o esperado. Com previsões menos catastróficas para o setor produtivo, o Produto Interno Bruno (PIB) poderá ter um resultado não tão ruim como poderia ser.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse na semana passada que as perspectivas eram de uma variação no gráfico semelhante à marca da Nike, com uma queda abrupta seguida de uma curva de ascensão. Porém, a prática tem mostrado que, na verdade, o cenário é de uma recuperação acentuada.
A economista Daniela Dias disse ao Correio do Estado que os indicadores de empregabilidade são os primeiros a corroborar a tese. Houve redução na velocidade com a qual o desemprego está acontecendo no Brasil. Além disso, até as perspectivas dos empresários estão boas no tocante ao quadro de pessoal.
“O porcentual daqueles que previam fazer demissões a curto prazo começou acima de 30% no começo do ano e agora já está um pouco mais de 10%”.
Para Daniela, outro sinal de recuperação da economia está demonstrado nos indicadores de intenção de consumo das famílias. Segundo ela, houve melhoras nas vendas de móveis, eletrodomésticos e eletrônicos.
“Tivemos também algumas outras percepções de pessoas que estão aumentando gradativamente o fluxo, ou seja, os deslocamentos fora da cidade de domicílio, especialmente nas datas comemorativas. As pessoas estão saindo mais, se deslocando mais, isso reflete em um aumento no tráfego das rodovias, que é outro indicador de melhora”, pontua.
Esse fluxo não é apenas de pessoas viajando a passeio, mas também de cargas. As encomendas de produtos também são positivos e revelam a tendência de retomada.
“A própria decoração do natal reforça a confiança da população. As pessoas já estão se preparando para a data, apensar do cenário conturbado”, pontua.