Com menos tempo na área de vendas, Jean Thales Hall Ávalo, 20, acredita na sinceridade para ganhar e fidelizar o comprador. “Tem que ser sincero, ter simpatia e qualidade no atendimento, atender bem é o essencial”, comentou. Jean trabalha há cinco meses na Anita Calçados, também em Campo Grande, onde ganha aproximadamente R$ 1,6 mil mensais e já conseguiu sua maior conquista. “Financiei minha casa própria. A melhor coisa é dormir num lugar que é seu”, disse, satisfeito.
Mesmo sem exigir qualificação específica, um bom vendedor deve ter seus méritos, alerta o presidente da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG), Omar Aukar. “Tem que saber trabalhar com computador, cálculos do comércio, como de descontos, saber bem o português, atender bem, ser educado e ter cuidados pessoais”, frisou. A associação estima que aproximadamente 6 mil vendedores qualificados seriam contratados, de imediato, em Campo Grande. “A demanda é forte, principalmente pelos qualificados, e tem pouca gente com esse quesito no mercado”, lamentou Aukar.
Uma oportunidade para quem está interessado nas vagas são as capacitações oferecidos pela ACICG, que planeja dois cursos mensais este ano. “Estamos em processo final de viabilização para começar as aulas, e no final quem fizer vai receber o certificado de conclusão. Esses devem ser contratados rapidamente”, comentou o presidente da entidade.
Mesmo entre os cerca de 40 mil vendedores com carteira assinada na Capital, muitos correm o risco de perder o emprego e devem ficar atento aos cuidados com a própria profissão. “Se uma pessoa qualificada pedir emprego em uma loja, mesmo que não tenha vaga, o empresário acaba optando pelo qualificado e dispensa o outro”, explicou Aukar.