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Solução do governo para pagar créditos tributários pode ampliar despesa fora do arcabouço

STF autorizou em 2023 o pagamento de parte dos precatórios fora dos limites do novo arcabouço fiscal até 2026, último ano de mandato de Lula

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Solução defendida pelo Ministério da Fazenda para quitar créditos tributários que hoje dilapidam a arrecadação federal pode resultar na ampliação de despesas fora do limite do arcabouço fiscal e da meta de resultado primário.

O governo criou uma trava para evitar abatimentos significativos nos tributos recolhidos pelas empresas e quer encorajar as companhias a optar pelo pagamento dos valores via precatórios, como são chamadas as dívidas judiciais honradas por meio de repasses diretos do poder público a seus credores.

A estratégia chamou a atenção de analistas, dada a conveniência para a equipe econômica. No fim do ano passado, o STF (Supremo Tribunal Federal) autorizou o pagamento de parte dos precatórios fora dos limites do novo arcabouço fiscal até 2026, último ano de mandato de Lula. Os gastos também ficarão fora das metas de resultado primário, obtidas pela diferença entre receitas e despesas.

"As restrições que foram colocadas acabam incentivando as empresas, principalmente as que têm os maiores créditos, a buscar a saída dos precatórios para terem recursos em caixa. E o governo consegue fugir das restrições das regras fiscais. Então, a mudança ajuda o governo dos dois lados: aumenta a arrecadação e não entra na conta da meta", observa o economista Tiago Sbardelotto, da XP Investimentos.

A MP (medida provisória) sobre o tema, publicada pelo governo em dezembro, prevê o parcelamento dos créditos tributários decorrentes de decisão judicial transitada em julgado caso o valor supere os R$ 10 milhões.

O desconto poderá ser feito em até 60 meses, a depender do montante envolvido. Com a trava, o intuito é induzir empresas a optarem por receber o valor em precatório.

Interlocutores da Fazenda afirmam, sob reserva, que a trava às compensações não foi apresentada com a intenção de escapar de quaisquer regras fiscais.

O objetivo central da medida, na visão da pasta, é evitar a via rápida usada pelas empresas para abater os valores de imposto a pagar, o que prejudica o planejamento da União.

Para o governo, a possibilidade de o pagamento dos créditos tributários via precatórios ficar fora das regras fiscais é uma consequência da decisão do STF, e o Executivo não fará "nada de errado" em usar o expediente para continuar mantendo essas dívidas em dia.

A fonte lembra ainda que, caso o total de precatórios fique abaixo do que seria o subteto para essas despesas, não haverá qualquer excedente ou desvio.

Hoje, empresas que saem vitoriosas na Justiça contra a União em disputas tributárias podem se ressarcir dos valores por meio do uso de créditos para abater impostos a pagar, no momento que lhes for mais oportuno.

Com o julgamento bilionário da "tese do século", que tirou o ICMS (imposto estadual) da base de cálculo de PIS e Cofins (tributos federais), as chamadas compensações deram um salto e abriram uma sangria nas receitas da União.

Dados da Fazenda mostram que o valor total abatido pelos contribuintes saltou de R$ 71,1 bilhões em 2018 para R$ 225,6 bilhões em 2023 (até novembro), em cifras nominais. No mesmo período, apenas os créditos judiciais saíram de R$ 4,1 bilhões para R$ 77,4 bilhões.

Em reação, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) editou uma MP (medida provisória) que cria uma trava para o uso das compensações a partir de decisões judiciais.

Além de estancar as perdas na arrecadação, a Fazenda entende que o precatório é o meio mais apropriado para quitar esse passivo, pois possui um rito definido de pagamento que permite ao governo se planejar em termos fiscais.

O que chamou a atenção dos analistas é que o governo tem, ao menos neste mandato, uma situação confortável para deslocar os passivos tributários para a conta de precatórios, uma vez que o pagamento poderá ser feito sem risco de pressionar outras áreas ou esbarrar em regras fiscais.

O STF declarou a inconstitucionalidade do teto para o pagamento de precatórios, criado em 2021 sob a gestão de Jair Bolsonaro (PL), autorizou a regularização dos valores represados e também permitiu a abertura de crédito extraordinário no futuro para bancar os montantes que seriam acumulados em 2025 e 2026, últimos anos de vigência do subteto para dívidas judiciais.

Os valores excedentes ao subteto de dívidas judiciais, caso ele ainda tivesse validade, poderão ser pagos fora dos limites do arcabouço e não afetarão o cumprimento das metas fiscais.

Críticos da medida também traçam um paralelo entre a trava às compensações e o próprio teto dos precatórios contestado pela atual gestão e que ganhou o apelido de PEC (proposta de emenda à Constituição) do Calote.

O efeito prático da proposta do atual governo seria semelhante ao teto das dívidas judiciais, agora invalidado pelo STF, pois adia o acesso do credor a um direito tido como certo.

"Há quem compare, com razão, ao 'calote' nos precatórios. É provável que haja um alto nível de judicialização", avalia Sbardelotto. Tributaristas ouvidos pela Folha também classificaram a medida como confisco ou calote.

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, rejeitou o selo de "calote" nos créditos tributários. Em entrevista a jornalistas no dia 4 de janeiro, ele disse que a medida não impede a empresa de receber os valores devidos, apenas evita que a compensação de uma só vez frustre o planejamento fiscal do governo.

Segundo o número dois de Haddad, as novas regras buscam criar uma sistemática que dê mais previsibilidade para as contas públicas.

"O que esses cinco anos nos mostraram é que a lógica da compensação subverte a lógica do precatório. A lógica do precatório existe na Constituição para dar previsibilidade para o poder público. Eu recebo as informações da Justiça, compilo, prevejo no Orçamento, o Congresso aprova e eu pago. As compensações judiciais fugiram a esse controle", afirmou.

O secretário destacou que o valor total das compensações, não só as judiciais, cresceu tanto nos últimos anos que superou a fatura dos precatórios.

Entre janeiro e novembro, os abatimentos realizados pelos contribuintes somou R$ 225,6 bilhões --mais que o dobro dos R$ 93,1 bilhões em precatórios represados desde 2022 e que foram regularizados no fim do ano passado.

"O que você precisa criar é um equilíbrio entre as duas coisas. Na compensação, os dados mostram que ela vai virar a via prioritária, o que atrapalha o planejamento do Estado. E não tem nada a ver com calote", acrescentou Durigan.

Nas estimativas divulgadas pelo governo na ocasião do anúncio, limitar as compensações poderia elevar a arrecadação federal em cerca de R$ 20 bilhões já neste ano.

O incremento, se efetivado, será bem-vindo, uma vez que o ministro Fernando Haddad está sob pressão para flexibilizar a meta deste ano para evitar a necessidade de contingenciar recursos do Orçamento --o que poderia comprometer o andamento de investimentos públicos, que são uma das vitrines do governo Lula.

Neste contexto, porém, a melhora no resultado primário propiciada pela conversão das compensações em precatórios não significará, sozinha, uma melhora na dívida pública. Isso porque o governo vai arrecadar mais, mas também pode ter de realizar uma despesa adicional fora das regras.

Entenda medida defendida pelo governo

Compensação tributária

É o instrumento legal usado pelo contribuinte para recuperar tributos que tenha pago a mais ou indevidamente, conforme decisão judicial.

Hoje, as empresas vitoriosas em disputas tributárias podem utilizar os créditos no momento que considerarem mais oportuno

Proposta do governo

O governo propõe limitar o volume que pode ser compensado mensalmente pelas empresas que obtiveram decisões favoráveis na Justiça envolvendo créditos tributários superiores a R$ 10 milhões.

Limitação

O governo propõe um escalonamento para o uso dos créditos, impedindo que as empresas façam a compensação tributária de forma imediata. Elas terão de seguir um prazo mínimo para realizar o abatimento, que vai de 12 a 60 meses.

Eventualmente, as companhias podem optar por períodos até maiores do que o exigido, caso julguem oportuno, mas o prazo mínimo será obrigatório.

Nos casos de R$ 10 milhões a R$ 99 milhões, os créditos tributários deverão ser compensados pelo contribuinte no prazo mínimo de 12 meses (um ano). Na faixa entre R$ 100 milhões a R$ 199,9 milhões, passa a valer o período mínimo de 20 meses.

O menor prazo sobe para 30 meses no caso de créditos de R$ 200 milhões a R$ 299,9 milhões e para 48 meses (quatro anos) para valores entre R$ 300 milhões e 399,9 milhões.

Já os créditos de R$ 400 milhões a R$ 499,9 milhões deverão ser compensados no prazo mínimo de 50 meses. Para valor igual ou superior a R$ 500 milhões, o tempo mínimo é 60 meses (cinco anos).

Uma empresa que tem R$ 1 bilhão em créditos, por exemplo, poderá fazer a compensação ao longo de cinco anos, no valor de R$ 200 milhões anuais.

Impacto estimado

Segundo o Ministério da Fazenda, as decisões superiores a R$ 10 milhões representaram R$ 35 bilhões em créditos tributários em 2023. A limitação poderá elevar a arrecadação em cerca de R$ 20 bilhões em 2024.

 

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Loterias

Resultado da Dupla-Sena de hoje, concurso 2745, quinta-feira (29/11)

A Dupla-Sena tem três sorteios semanais, às segundas, quartas e sextas, sempre às 20h; veja quais os números sorteados no último concurso

29/11/2024 19h04

Confira o resultado da Dupla-Sena

Confira o resultado da Dupla-Sena Foto: Divulgação

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 2745 da Dupla Sena na noite desta sexta-feira, 29 de novembro de 2024, a partir das 20h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 400 mil.

Confira o resultado da Dupla-Sena de hoje!

Os números da Dupla Sena 2745 são:

Primeiro sorteio

  • 45 - 02 - 22 - 18 - 04 - 21

Segundo sorteio

  • 14 - 41 - 37 - 08 - 09 - 27

O sorteio da Dupla Sena é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal oficial da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: Dupla Sena 2746

Como a Dupla Sena tem três sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na  segunda-feira, 2 de novembro, a partir das 20 horas, pelo concurso 2746. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Dupla Sena é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

O apostador deve marcar de 6 a 15 números dentre os 50 disponíveis no volante e torcer. Caso prefira o sistema pode escolher os números para você através da Surpresinha ou ainda pode concorrer com a mesma aposta por 2, 3, 4, 6, 8, 9 ou 12 concursos consecutivos com a Teimosinha.

Com apenas um bilhete da Dupla Sena, você tem o dobro de chances de ganhar: são dois sorteios por concurso e ganha acertando 3, 4, 5 ou 6 números no primeiro e/ou segundo sorteios.

O preço da aposta com 6 números é de R$ 2,50.

É possível marcar mais números. No entanto, quanto mais números marcar, maior o preço da aposta.

Como jogar na Dupla-Sena

A Dupla-Sena tem três sorteios semanais: às segundas, quartas e sextas, às 19h (horário de MS).

O apostador deve marcar de 6 a 15 números dentre os 50 disponíveis no volante e torcer.

Caso prefira o sistema pode escolher os números para você através da Surpresinha ou ainda pode concorrer com a mesma aposta por 2, 3, 4, 6, 8, 9 ou 12 concursos consecutivos com a Teimosinha.

Com apenas um bilhete da Dupla Sena, você tem o dobro de chances de ganhar: são dois sorteios por concurso e ganha acertando 3, 4, 5 ou 6 números no primeiro e/ou segundo sorteios.

O preço da aposta com 6 números é de R$ 2,50.

É possível marcar mais números. No entanto, quanto mais números marcar, maior o preço da aposta.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

Para a aposta simples, com seis dezenas e preço de R$ 2,50, a probabilidade de acertar 6 números e ganhar o prêmio milionário é de 1 em 15.890.700 segundo a Caixa.

Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 3.174, ainda segundo a Caixa.

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Loterias

Resultado da Lotomania de hoje, concurso 2704, sexta-feira (29/11)

A Lotomania tem três sorteios semanais, às segundas, quartas e sextas, sempre às 20h; veja quais os números sorteados no último concurso

29/11/2024 19h03

Confira o resultado da Lotomania

Confira o resultado da Lotomania Foto: Divulgação

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 2704 da Lotomania na noite desta sexta-feira, 29 de novembro de 2024, a partir das 20h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 2 milhões.

Confira o resultado da Lotomania de hoje!

Os números da Lotomania 2704 são:

  • 94 - 16 - 21 - 93 - 06 - 00 - 14 - 52 - 79 - 57 - 38 - 42 - 48 - 13 - 51 - 43 - 26 - 07 - 83 - 98

O sorteio da Lotomania é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal oficial da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: Lotomania 2705

Como a Lotomania são três sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na segunda-feira, 2 de dezembro, a partir das 20 horas, pelo concurso 2705. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Lotomania é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 3,00 para um jogo simples. 

O apostador  marca entre 50  números, dentre os 100 disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 20, 19, 18, 17, 16, 15 ou nenhum número.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 2, 4 ou 8 concursos consecutivos através da Teimosinha.

Outra opção é efetuar uma nova aposta com o sistema selecionando os outros 50 números não registrados no jogo original, através da Aposta-Espelho.

Como jogar na Lotomania

Os sorteios da Lotomania são realizados às segundas, quartas e sextas-feiras, sempre às 19h (horário de MS).

O apostador  marca entre 50  números, dentre os 100 disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 20, 19, 18, 17, 16, 15 ou nenhum número.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 2, 4 ou 8 concursos consecutivos através da Teimosinha.

Outra opção é efetuar uma nova aposta com o sistema selecionando os outros 50 números não registrados no jogo original, através da Aposta-Espelho.

O preço da aposta é único e custa  R$ 3,00.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

A aposta é única, com 50 dezenas, e a probabilidade de acertar 20 números e ganhar o prêmio milionário é de 1 em 11.372.635 segundo a Caixa.

Para 0 números, que a Lotomania também premia, a probabilidade é a mesma, de 1 em 11.372.635.

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